Há muito tempo estava desejando escrever um "post" sobre este tema, mas os afazeres cotidianos não me estavam dando sossego.
Então, fico feliz, pelo menos, com a oportunidade de alinhavar alguns comentários sobre a eleição presidencial de 2010, pois este blog tem me fornecido bastante subsídio para isso.
Estou verdadeiramente espantando com o aproveitamento eleitoral de temas importantes para a religião cristã, sobretudo por dois candidatos (e boa parte das respectivas militâncias) que não são cristãos e não desejam outra coisa senão o voto oportunista e ideológico (voltamos aos cabrestos?).
O Estado brasileiro é laico. Não se pode misturar as crenças pessoais com políticas governamentais.
Dilma e Serra não são legisladores. Se um dos dois for eleito, irão para o mais alto posto do Executivo nacional, não para o Congresso.
Não me lembro desse estardalhaço todo em torno do aborto e da união civil de homossexuais em relação aos já eleitos deputados federais.
Fico triste com o uso eleitoreiro da fé e que figuras conhecidas como Silas Malafaia compareçam à programas partidários para subsidiar ideologicamente o voto em determinado candidato, ainda mais quando se sabe que Deus é quem estabelece as autoridades, quaisquer que sejam elas (Ciro era ateu ou judeu?).
Ademais, faz um bom tempo que Estado e Igreja andam separados e a história já nos mostrou que não deve ser diferente.
Púlpito não combina com política, seja ela de qualquer matiz. A centralidade de Jesus Cristo na Igreja e em nossas vidas não pode ser sublimada por outra questão. Creio que a nossa frente de batalha é outra. A pregação sincera do evangelho transforma as pessoas unicamente pelo agir do Espírito Santo de Deus e ele já escolheu soberanamente todos os nossos presidentes, do passado e do futuro.
Fernando Henrique era ateu. E Lula? E os Presidentes-ditadores?
Rev.Ageu, não perca o foco, não misture as coisas, seu blog é um instrumento de pregação da palavra de Deus, não de cooptação de eleitores. Resista contra as influências do mundo na trincheira do evangelho, não da política.
Cada irmão (cidadão) tem a liberdade de escolher em quem votar ou mesmo de votar em branco. Isso é democracia.
Portanto, fico com as palavras do magistral poeta nordestino Jessier Quirino, quando diz que o cara para ser político no Brasil ele deve, entre outras coisas:
"gritar aleluia em igreja pegue e pague, alegrar sessão espírita, assistir meia missa e sair comungado, batizar "minino" feio com o nome de Desmenielisson Jerry, dar de comer do melhor e comer porcaria".
Assim, "depois de prometer como sem falta e faltar como sem dúvida"(Jessier, mais uma vez), dará as costas aos seus eleitores em nome da governabilidade ou conveniência política, ambos sabemos o que é isso.
E, após a patifaria do segundo turno, Machado de Assis mais uma vez terá razão:
"Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".
Em Cristo, Jáder Bitencourt Andrade Oliveira, membro da Igreja Presbiteriana Vale de Bençãos - Itabuna - Ba.
Prezado irmão, apreciei muito seu escrito e lhe digo que (usando sua linguagem) eu sempre estive nas trincheiras do Evangelho, sem dar muita importância à política até que a política começou a ameaçar a minha liberdade de lutar pelo Evangelho.
Não fomos nós, evangélicos, que subimos ao congresso leis sobre o aborto ou sobre a união civil homossexual. Estas propostas de leis é que começaram a pairar sobre nós, tais como urubus, ameaçando destruir valores que tanto prezamos como o direito à vida e à família.
Com esta ameaça, e fiéis ao espírito de luta de nossos antepassados, viramos nosso fogo contra o novo adversário que, na verdade, sempre foi o mesmo, desde o Éden.
Desta forma, caro irmão, o que ocorre neste blog não é uma militância política, mas a constante denúncia de pecados que, neste período eleitoral, abundam na nossa nação.
Ah, tá. Faltou postar, ao menos por ainda, sobre o dito não dito que o outro candidato disse e não disse. É só consultar a "Isto é" dessa semana.
Claramente, há partidarismos no fecundo solo da igreja tupiniquim. O que se tem perdido é o princípio em si, pois o que se quer é promover o não-voto em Dilma ou em Serra. Naquela, principalmente, pois este repousa nos braços esplêndidos da tal imprensa livre paulistana/fluminense.
5 comments:
Há muito tempo estava desejando escrever um "post" sobre este tema, mas os afazeres cotidianos não me estavam dando sossego.
Então, fico feliz, pelo menos, com a oportunidade de alinhavar alguns comentários sobre a eleição presidencial de 2010, pois este blog tem me fornecido bastante subsídio para isso.
Estou verdadeiramente espantando com o aproveitamento eleitoral de temas importantes para a religião cristã, sobretudo por dois candidatos (e boa parte das respectivas militâncias) que não são cristãos e não desejam outra coisa senão o voto oportunista e ideológico (voltamos aos cabrestos?).
O Estado brasileiro é laico. Não se pode misturar as crenças pessoais com políticas governamentais.
Dilma e Serra não são legisladores. Se um dos dois for eleito, irão para o mais alto posto do Executivo nacional, não para o Congresso.
Não me lembro desse estardalhaço todo em torno do aborto e da união civil de homossexuais em relação aos já eleitos deputados federais.
Fico triste com o uso eleitoreiro da fé e que figuras conhecidas como Silas Malafaia compareçam à programas partidários para subsidiar ideologicamente o voto em determinado candidato, ainda mais quando se sabe que Deus é quem estabelece as autoridades, quaisquer que sejam elas (Ciro era ateu ou judeu?).
Ademais, faz um bom tempo que Estado e Igreja andam separados e a história já nos mostrou que não deve ser diferente.
Púlpito não combina com política, seja ela de qualquer matiz. A centralidade de Jesus Cristo na Igreja e em nossas vidas não pode ser sublimada por outra questão. Creio que a nossa frente de batalha é outra. A pregação sincera do evangelho transforma as pessoas unicamente pelo agir do Espírito Santo de Deus e ele já escolheu soberanamente todos os nossos presidentes, do passado e do futuro.
Fernando Henrique era ateu. E Lula?
E os Presidentes-ditadores?
Rev.Ageu, não perca o foco, não misture as coisas, seu blog é um instrumento de pregação da palavra de Deus, não de cooptação de eleitores. Resista contra as influências do mundo na trincheira do evangelho, não da política.
Cada irmão (cidadão) tem a liberdade de escolher em quem votar ou mesmo de votar em branco. Isso é democracia.
Portanto, fico com as palavras do magistral poeta nordestino Jessier Quirino, quando diz que o cara para ser político no Brasil ele deve, entre outras coisas:
"gritar aleluia em igreja pegue e pague, alegrar sessão espírita, assistir meia missa e sair comungado, batizar "minino" feio com o nome de Desmenielisson Jerry, dar de comer do melhor e comer porcaria".
Assim, "depois de prometer como sem falta e faltar como sem dúvida"(Jessier, mais uma vez), dará as costas aos seus eleitores em nome da governabilidade ou conveniência política, ambos sabemos o que é isso.
E, após a patifaria do segundo turno, Machado de Assis mais uma vez terá razão:
"Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".
Em Cristo, Jáder Bitencourt Andrade Oliveira, membro da Igreja Presbiteriana Vale de Bençãos - Itabuna - Ba.
Caro irmão Jáder, obrigado por sua visita.
Prezado irmão, apreciei muito seu escrito e lhe digo que (usando sua linguagem) eu sempre estive nas trincheiras do Evangelho, sem dar muita importância à política até que a política começou a ameaçar a minha liberdade de lutar pelo Evangelho.
Não fomos nós, evangélicos, que subimos ao congresso leis sobre o aborto ou sobre a união civil homossexual. Estas propostas de leis é que começaram a pairar sobre nós, tais como urubus, ameaçando destruir valores que tanto prezamos como o direito à vida e à família.
Com esta ameaça, e fiéis ao espírito de luta de nossos antepassados, viramos nosso fogo contra o novo adversário que, na verdade, sempre foi o mesmo, desde o Éden.
Desta forma, caro irmão, o que ocorre neste blog não é uma militância política, mas a constante denúncia de pecados que, neste período eleitoral, abundam na nossa nação.
Receba aí meu forte abraço.
Ah, tá.
Faltou postar, ao menos por ainda, sobre o dito não dito que o outro candidato disse e não disse.
É só consultar a "Isto é" dessa semana.
Claramente, há partidarismos no fecundo solo da igreja tupiniquim.
O que se tem perdido é o princípio em si, pois o que se quer é promover o não-voto em Dilma ou em Serra. Naquela, principalmente, pois este repousa nos braços esplêndidos da tal imprensa livre paulistana/fluminense.
Feliz cada novo dia...
Obrigado Rev. Ageu pela atenção e solicitude.
Sou um frequentador assíduo deste blog.
Deus abençoe sua vida, família e ministério.
Grande abraço!
Pq ainda não falaram aqui no blog sobre o apoio do Serra a união civil HOMOSEXUAL??????
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