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June 7, 2011

Homossexual mata a família


Homossexual mata mãe, irmão e tenta matar o pai porque não aceitavam sua prática sexual.




Manaus, 08 de Abril de 2011
JOANA QUEIROZ
O rapaz que matou a mãe, o irmão e feriu o pai é músico e gostava de tocar ao teclado a música “Como vai você”, de Roberto e Erasmo Carlos.
Hoje, trancado em uma cela da Delegacia de Homicídios, Alciney Gomes Silveira, 19, está dormindo em uma cama feita com jornais e veste apenas cuecas.
Como ele se diz arrependido e afirma querer colocar fim à própria vida, foram tiradas dele as demais peças de roupa para evitar que as usasse para cometer suicídio.
Na entrevista a seguir, Alciney assume que gosta tanto de homens quanto de mulheres. Diz que teve a primeira relação sexual com outro homem aos 13 anos de idade e que mantinha com a mãe, que era evangélica, uma relação complicada, visto que ela não aceitava sua condição de homossexual.
O que lhe motivou matar a sua mãe, seu irmão e tentar matar o seu pai?
Não sei. Eu estava em casa quando ela chegou dizendo que tinha descoberto que eu era homossexual e começou a brigar comigo e a me bater com as mãos. Ela era forte e batia forte e isso me deixou chateado, irritado.
Você é homossexual? A sua família sabia?
Sou. Desde criança eu já sentia atração por homens. A minha primeira relação homossexual aconteceu aos 13 anos de idade, com um vizinho. Também me relaciono com mulheres, mas a minha preferência é por homens. A minha mãe descobriu agora. Ela era evangélica e não aceitava. Já o meu irmão, vivia me chamando de bicha.
Você planejou os crimes?
Não. Ela começou a brigar comigo, a gritar. Nesse momento não sei o que me deu que eu peguei o pé-de-cabra e dei uma cacetada nela e ela caiu. Depois arrastei o corpo para o banheiro. Eu estava todo sujo de sangue e pensei em tomar banho para ir à delegacia me apresentar. Foi quando meu irmão chegou em casa e, ao ver a mamãe morta,  veio para cima de mim e me derrubou no chão. Nesse momento peguei o mesmo pé-de-cabra que tinha usado para matar a  mamãe e matei ele também. Quando eu já estava saindo chegou o papai e pensei que ele ia fazer alguma coisa contra mim. Por causa disso, eu ataquei ele também.
Qual foi o seu sentimento no momento em que estava matando a sua mãe? Ela chegou a gritar, pediu para você parar?
Ela não ofereceu nenhuma reação. Já caiu desmaiada.  Eu a matei chorando porque eu sabia que ela não merecia tudo aquilo. Já o meu irmão, ele me atacou, foi para cima de mim. Eu queria sair de casa e me matar.
Como era o relacionamento  que você tinha com seus pais?
A minha mãe era bem legal para os outros, mas para mim não. Era eu quem lavava as minhas roupas, fazia a minha comida. Sempre ajudei em casa e na nossa loja de material de construção.
Como foi a sua infância? Você guarda alguma lembrança, seja boa ou ruim, da sua infância?
Tive um vida normal. Sempre morei no bairro São José, mas desde criança eu sempre vivi muito só. Não tinha amigos. Eu era muito gordo, cheguei a pesar 170 quilos, e na escola  me chamavam de “baleia”, “bola de sebo” e outros apelidos. Isso fazia com que eu me isolasse de todos.
O que você fazia nas horas de folga?
Ficava no meu quarto,  vendo desenho na televisão, lendo livros de autoajuda, a maioria do autor Augusto Cury, porque eu me identificava com alguns deles. Também aproveitava para tocar teclado e cantar.
Você é músico há muito tempo?
Aprendi a tocar sozinho na adolescência. Trabalhei e comprei os meus instrumentos. Hoje tenho uma aparelhagem que uso nos meus shows e, às vezes, alugo.
Você costuma se apresentar em que locais? Você tem alguma música que gosta de tocar?
Eu toco em festas quando sou convidado. A música preferida é “Como vai você”, de Roberto e Erasmo Carlos, porque é isso que eu gostaria que alguém me perguntasse, mas ninguém dizia.
O que você espera de seu pai?
Estou arrependido do que fiz. Ontem ele esteve aqui (na DEHS) e mandou um abraço para mim. Eu não queria matá-lo, não mesmo.

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