A Igreja
tem corrido o sério risco de deixar de usufruir muitas bênçãos de Deus, pelo
simples fato de temer ser confundida com as seitas que fazem um uso equivocado
de determinado ensino bíblico. Como se tornou comum em nosso país, entre outras
explorações, a exploração religiosa, fazendo com que os fiéis entreguem às
igrejas seus bens como forma de negociar com Deus, nós, às vezes incorremos no
erro de não falar de dízimo e ofertas em nossas igrejas, deixando assim, de
tratar deste maravilhoso ensinamento bíblico, tão abençoador para o povo de
Deus. Vamos ao estudo.
1. O Dízimo no Antigo Testamento:
A) Entre os Patriarcas:
1)
Abraão dizimou os despojos da guerra
entregando-o a Melquisedeque (Gn 14.20). É importante observar que não há
nenhuma explicação do fato nem se menciona qualquer lei que obrigasse Abraão a
dar o dízimo. No entanto, a evidência é que essa prática fazia parte da vida
religiosa de Abraão. Outro ponto importante, é que Melquisedeque era um tipo de
Cristo (Hb 7.4,8,17). Portanto, Abraão neste ato não estava simplesmente
honrando a Melquisedeque mas, a Cristo, a Quem Melquisedeque tipificava,
apontando assim, para o caráter eterno do Seu sacerdócio.[1]
2)
Jacó se dispõe a dar o dízimo. A sua atitude foi
espontânea como resultado da sua experiência com Deus em Betel (Gn 28.18-22). É
provável que nessa época o dízimo fosse um elemento esporádico na tradição
religiosa dos patriarcas, ligado à necessidade de retribuir a Deus as suas
dádivas, como na vitória de uma batalha, ou no sucesso de uma jornada
importante.
B) Na Lei de Moisés:
Aqui
o dízimo passa a exercer papel de grande relevância. Podemos observar cinco
pontos importantes com respeito ao dízimo:
1)
O povo deveria dar os dízimos de todos os
produtos da terra e dos rebanhos (Lv 27.30). Vemos também aqui um fim
espiritual pedagógico: “Para que
aprendas a temer ao Senhor teu Deus
todos os dias” (Dt
14.22-23).
2)
Os dízimos pertencem ao Senhor (Lv 27.30).
Contudo, o seu propósito imediato era o sustento dos levitas – que não teriam
outra herança entre os filhos de Israel –, em troca dos serviços prestados na
Congregação. Por sua vez, os levitas davam o dízimo dos dízimos ao sacerdote
(Nm 18.21-32; Dt 12.12,19; 14.27).
3)
Outro propósito dos dízimos era o auxílio aos
necessitados – o estrangeiro, órfão, a viúva – que assim não ficariam
desamparados na terra de Israel (Dt
14.28-29; 26.12-13).
4)
Ainda outro propósito dos dízimos era a
celebração de uma refeição cultual pelas famílias do povo de Deus, juntamente
com os levitas de suas respectivas cidades (Dt 12.7,12). Certamente, nessa
refeição seria consumida apenas uma parte dos dízimos. Para evitar que os
deuses cananitas fossem honrados na época da ceifa, insiste-se que toda
cerimônia religiosa associada com a colheita e com o dízimo seja celebrada no
lugar determinado por Deus e não num santuário pagão (Dt 12.13,14; 14.23). Séculos depois, Deus
recrimina o povo de Israel pela sua insensibilidade espiritual em entender que
era Ele mesmo Quem lhe dava bens e fartura nas colheitas, não baal, à quem
atribuíam estas bênçãos, retribuindo-as com culto idólatra: “Israel é vide
luxuriante, que dá o fruto; segundo a abundância do seu fruto, assim
multiplicou os altares; quanto melhor a terra, tanto mais belas colunas
fizeram” (Os 10.1); “Eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços,
mas não atinaram que eu os curava” (Os 11.3). “Ela, pois, não soube que
eu é que lhe dei o grão, e o vinho, e o óleo, e lhe multipliquei a prata e o
ouro, que eles usaram para Baal” (Os 2.8/2.4). O povo preferia crer nos
deuses cananitas, por serem em geral deuses da fertilidade.
5)
Havia duas maneiras diferentes de se entregar o
dízimo:
a) Anualmente: Anualmente o dízimo era levado ao lugar
determinado por Deus para o culto (Dt
12.5,11; 14.22-23). No caso dos grãos e dos frutos, podiam ser substituídos por
um equivalente monetário; contudo, mais um quinto do valor deveria ser
adicionado (Lv 27.31). Contudo, os dízimos dos gados e dos rebanhos não podiam
ser remidos (Lv 27.32-33).
b) Trienalmente: A cada três anos, há um direcionamento
diferente do dízimo, que então era utilizado para os necessitados de cada
cidade ao invés de ser levado ao santuário central. O dízimo permanece nas
diferentes cidades de Israel sendo entregue aos levitas e aos necessitados da
cidade para seu sustento (Dt 14.28-29; 26.12-15). Contudo, quando o povo fosse
ao santuário central a fim de adorar, deveria fazer a sua confissão perante
Deus, indicando ter cumprido fielmente a ordem divina. (Cf. Dt 26.13-15).
C) Período Posterior ao
Pentateuco:
O povo constantemente quebrava a Lei; Deus
então o disciplinava e levantava homens para promoverem reformas em Israel. A infidelidade
na prática do dízimo sempre esteve ligada a derrocada espiritual de Israel.
Podemos mencionar alguns fatos:
1) A
Reforma de Ezequias teve como um dos elementos característicos, o restabelecimento
dos dízimos e ofertas, tendo o povo de Israel e de Judá superado às
expectativas (2Cr 31.4-12).
2) O
povo quando volta do exílio babilônico renova sua aliança com Deus, prometendo
entregar seus dízimos e ofertas (Ne 10.37-38; 12.44-47; 13.10-12).
3) A
Repreensão de Deus (Ml 3.6-12). Após o Cativeiro o povo voltou e reconstituiu a
sua vida, os muros, o templo... Promessas foram cumpridas, votos foram feitos
e renovados... Contudo, o tempo passou, o conforto, ainda que mesclado com
alguns dissabores, faz com que nos esqueçamos das angústias do passado. Malaquias
reflete um tempo posterior (c. 440 a.C.) quando o povo já se esquecera da
fidelidade à aliança de Deus. Os líderes do povo – Esdras, Neemias – tinham
morrido e parecia que nada de novo acontecia. Deus se esquecera do Seu povo?
Era uma pergunta comum. Neste contexto a religiosidade nem sequer era
aparente; o descaso era visível:
ofereciam a Deus pão imundo (Ml 1.7);
animal cego, coxo, enfermo, dilacerado (Ml
1.8,13). A fé se esfriara, o povo perdera a dimensão da realidade da
presença e do poder de Deus. É neste contexto que nos deparamos com a profecia
de Malaquias. Aqui Deus mostra como este abandono tem reflexos na vida
familiar. A aliança tem como ingrediente
incondicional a fidelidade. Deus mostra
que o povo de Judá o desonrava (Ml 1.6; 2.2): Nos seus pensamentos (1.7; 2.17); Nos sacrifícios e ofertas
(1.7,8); Nas palavras (1.2,13; 2.17; 3.13-15); Abandono da
Lei e da Instrução (2.6-9;3.7); Parcialidade
(2.9); Profanaram a aliança (2.8,10,11); Visão precipitada de Deus
(2.17; 3.14,15); Infidelidade nos dízimos e ofertas (3.8-10)
2. O Significado do Dízimo:
O dízimo baseia-se no
fato de Deus ser o proprietário da terra
e o originador de todas as bênçãos (Lv
25.23; Sl 24.1; 100.3). Ao entregar o
dízimo o israelita reconhecia que Deus era o dono da terra e de seus frutos
(1Cr 29.11,14) e, o melhor deve ser dado a Deus (1Sm 2.29; Ml 1.6-14).
O
homem é sempre responsável diante de Deus pelo que possui. Para recordar ao
homem esta responsabilidade, Deus estabeleceu certas leis com respeito:
1) Tempo:
Ex 20.10; Lv 25.11.
2) Entrega
do Primogênito: Ex 13.11-13; 22.29.
3) A
Propriedade: Lv 25.25-28.
A não
entrega do dízimo considerava-se como roubar a Deus (Ml 3.8,10), ou seja,
roubar-lhe o devido reconhecimento de que tudo pertence a Ele (Cf. Sl 50.1-23). “Deus ordenou ao povo de
Israel que Lhe oferecesse os primeiros frutos de milho, como uma mostra solene
de que lhe era ilegítimo gozar de uma bênção que primeiramente não houvesse
sido oferecida a Ele.”[2]
Como já
vimos, os dízimos serviam para o sustento dos levitas e o socorro aos necessitados
de Israel; por isso, devem ser olhados prazerosamente como uma oportunidade que
Deus nos concede de participar na obra de Deus e na Sua preocupação para com os
pobres e necessitados.
Entregar o
dízimo, traria a bênção divina (Dt 14.28-29; 26.14-15); retê-lo, traria maldição
(Ml 3.8-10).
3. O Dízimo no Novo Testamento:
Na realidade, não encontramos nenhuma
instrução no Novo Testamento dada à Igreja com respeito ao dízimo. Todavia a prática é mencionada e incentivada
nos moldes da Lei. Devemos também nos lembrar que esta instituição fazia parte
da vida cotidiana do judeu, não sendo uma instituição nova ou caduca; o que
precisava ser feito e foi, era insistir quanto ao espírito que deveria
acompanhar essa prática.
Paulo,
ainda que não se referindo especificamente ao dízimo, ensinou que o cristão deve contribuir
conforme tiver proposto em seu coração (2Co 9.7) e, de acordo com a sua
prosperidade (1Co 16.2).
A
contribuição parte da consciência de ser servo de Cristo (Rm 6.16; 1Co 7.22; Ef
6.6; 1Pe 2.16), sabendo que nem ele nem suas posses são realmente dele mesmo para
empregar como deseja (1Co 6.20), antes é
um mordomo encarregado com o manejar responsável dos bens do Seu Mestre (1Co
4.2; 1Pe 4.10) a Quem deverá prestar contas daquilo que faz com esses bens (Rm
14.12).
O cristão contribui porque tem a
generosidade de Cristo como seu modelo (2Co 8.9) e, o poder impulsionador do
Espírito de Deus dentro dele é sua motivação; por isso, a sua contribuição não
é feita com relutância ou compulsão (2Co 9.7), nem se limita a um dízimo da
renda de cada ano. O dízimo é o começo, não o fim.
4. O Dízimo na atualidade:
A) Desculpas dos não
dizimistas:
1)
“O dízimo é a Lei de Moisés, nós cristãos
não somos legalistas”:
R. Abraão viveu quase 500 anos
antes de Lei de Moisés, e a Bíblia nos diz que ele pagou o dízimo a
Melquisedeque (Gn 14.20). Notemos que Jesus não veio quebrar a Lei (Mt 5.17).
2)
“Eu administro o meu dízimo...dou até
mais!...”:
R. O dízimo deve ser entregue na
Casa do Senhor (Ml 3.10/Dt 12.5,11,13,14; 14.23). “Todo o dízimo deve ser levado à Casa de Deus onde
damos adoração. É parte dessa adoração. Não mandamos o hino para ser cantado
num hospital, nem escrevemos a oração para que a leiam num orfanato: damos a
Deus adoração integral em Sua casa.”[3] Outro ponto, é que
não compete a nós administrá-lo. Eu posso administrar o que é meu; no caso, o
dízimo pertence ao Senhor, nós apenas o devolvemos. As ofertas sim, essas são
além do dízimo. Não há ofertas sem fidelidade no dízimo!
3)
“Jesus aboliu o dízimo ou, não há base
Neotestamentária para a prática do dízimo”:
R. Jesus não o aboliu;
simplesmente repreendeu os escribas e fariseus porque se descuidavam de fazer
toda a vontade de Deus (Mt 23.23). A prática do dízimo não elimina as nossas
outras responsabilidades para com Deus; o nosso Deus, Senhor de todas as coisas
não pode ser subornado.
Como vimos, o Novo Testamento não insiste na prática do dízimo, visto que o
mesmo já era conhecido e praticado de um modo geral pelos judeus.
4)
“Ganho muito pouco... Meu dinheiro não
dá... Quando termino de pagar minhas contas, não sobra nada”:
R. O dízimo não é do que sobra,
antes, deve ser as primícias (Dt 18.4; 26.2/Ml 1.6-14). Quem não aprende a ser
fiel no pouco não será no muito (Dt 16.17; Lc 16.10). A vida cristã é um
compromisso de fé, no qual depositamos toda a nossa confiança na Palavra de
Deus; o dízimo é uma instituição divina e, a Palavra de Deus nos diz que a
vontade de Deus é boa (Rm 12.2). Deus nos desafia a prová-lo, sendo-Lhe fiel
(Sl 34.8/Ml 3.10).
B) O Que a Bíblia diz
dos que são infiéis no Dízimo:
1)
Ajunta dinheiro em saco furado: Ag 1.2-10.
2)
São amaldiçoados por estarem roubando a Deus: Ml
3.9-10.
3)
Não podem manter comunhão com Deus: Ml 3.9/1Jo
3.22. Como poderemos estar em comunhão com Deus se não fizermos o que Ele
manda?
C) Razões para a nossa
fidelidade na entrega dos dízimos:
1)
Porque o dízimo está situado no contexto total
da Lei Judaica; Lei esta que Jesus veio cumprir, não destruir; o dízimo tem suas
raízes na fé hebraica, conforme dada por Deus
segundo o testemunho infalível das Escrituras.
2)
Mesmo que
queiramos nos apartar da Lei Judaica, não podemos nos esquecer da necessidade
de estabelecer um princípio para a mordomia; e o crente fará bem se ao menos
começar ali onde tem um precedente bíblico; e, devemos considerar que Paulo
quando nos fala sobre o assunto, não nos aconselha a fazer menos do que a Lei
requer.
3)
Tudo foi criado por Deus e a Ele pertence:
a)
Ele criou tudo (Gn 1; Sl 19.1-6). A Ele pertence
a terra (Sl 24.1-2); o gado (Sl 50.10); a prata e o ouro
(Ag 2.8); os filhos que temos (Sl 127.3) e nós próprios (1Co
6.19-20).
b)
Deus permite que guardemos para nosso uso 9/10
do que ganhamos e só exige 1/10. Podemos observar a generosidade de Deus.
c)
O homem é apenas o administrador dos bens de
Deus (Gn 1.28-30) e, teremos de prestar contas a Deus (Rm 14.10-12; 2Co 5.10).
Quando Deus vê em nós administradores fiéis, Ele, conforme Sua determinação e
graça, nos confia mais da Sua propriedade para administrar.
4)
Deus deve ser glorificado com os nossos bens: Pv
3.9.
5)
O Dízimo é o mínimo: A viúva pobre depositou no
gazofilácio tudo o que tinha (Mc 12.41-44). Observemos nessa passagem que Jesus
Cristo se deteve em observar como as
pessoas entregavam as suas ofertas, não se impressionando com as grandes
quantias mas, com o significado da oferta para cada um.
6)
O Dízimo é ordenado por Deus: Dt 14.22.
7)
O Dízimo é santo ao Senhor: Lv 27.30.
8)
Jesus Cristo deseja que o seu povo seja
dizimista: Mt 22.21/Mt 23.23.
9)
O Dízimo é agradável a Deus: 2Co 9.7/Hb 13.16.
10) É
uma honra ter com que contribuir: Ex
35.22; 36.5; 1Cr 29.3-15; Ed 1.5-6; 2.68-69; 8.25; Lc 8.3; 2Co 8.3-4.
11) O dízimo é um ato de culto: O dízimo não é um
ato frio, mecânico, distante do culto. Antes, ele é uma forma de culto, não
devendo estar dissociado do mesmo (Dt 26.10-11; 1Cr 16.29).
12) Fortalece o espírito comunitário (At 4.32-37).
Na sua prática, revelamos uma responsabilidade recíproca, nos estimulando
mutuamente (2Co 9.2).
13) Proporciona melhor ambiente na Igreja,
acabando com as campanhas, festinhas, bazares, listas, etc.
14) O dízimo é uma forma de contribuição. Todo
membro da Igreja deve ser voluntário,
metódico e proporcional na sua contribuição. Se ele há de adotar
algum outro plano, fará melhor adotando o plano que o Senhor ensinou ao povo de
Deus. Por sua vez, a Igreja tem necessidades sistemáticas não meramente ocasionais.
15) A Igreja cresce: At 2.41-44.
16) Há amadurecimento espiritual do dizimista pela
sua experiência com Deus: Sl 37.23-25; Ml 3.10; Mt 6.25,33.
17) A entrega do dízimo torna a nossa consciência
mais sensível à nossa dependência de Deus, porque sem Ele nada teríamos, nem a
própria vida.
18) É uma expressão de fé: Ml 3.10; Sl
23.1; 40.17; 2Co 9.8.
19) É uma expressão de gratidão: O dízimo
expressa a nossa gratidão a Deus pelas bênçãos dispensadas: Dt 16.17; 1Cr 29.14.
1) Com amor: Mt 5.23-24; 1Co 13.3; 2Co 8.7-9.
2)
Com alegria: 2Co 8.2; 9.7.[4]
O texto sagrado diz que Deus ama a pessoa que dá com alegria, não o
dinheiro que foi dado.
3)
Com espírito voluntário: Ex 25.2; 35.5; Ed 8.28;
2Co 8.3,4,12.
4)
Com liberalidade: 1Cr 29.9; 2Cr 15.18; 31.2-12;
Rm 12.8; 2Co 8.7; 9.11-13.
5)
Regularmente:
a) Cada
semana: 1Co 16.2.
b) Sem
demora: Ex 22.29-30; Ne 13.10-12.
7)
Ser entregue no lugar determinado por Deus: Dt
12.5,6; Ml 3.10/Mc 12.31.
6. As promessas de Deus para os seus fiéis mordomos:
1)
Multiplica as Suas bênçãos: Ml 3.10b; Mt 25.21;
2Co 9.9-10.
2)
Haverá mantimento na Casa do Senhor; não
faltarão meios para dar prosseguimento ao Seu Trabalho: Ml 3.10a/2Cr 31.2-5;Ne
13.10-14.
3)
Produtividade nos campos e nos negócios: Ml 3.11; Pv 3.9-10.
4)
Reconhecimento das bênçãos por parte do mundo:
Ml 3.12.
Anotações Finais:
Devemos ter
em mente que somos nós que precisamos devolver aquilo que pertence a Deus. Deus
não precisa de nossos dízimos e ofertas, nós é que carecemos dizimar (Sl
50.1-23). Não pensemos que isto seja coisa secundária. Jesus Cristo, em Seu
curto e urgente Ministério terreno, ocupou-se em observar o como as
pessoas contribuíam e, diz o texto sagrado que Ele chamou os Seus discípulos e
disse-lhes: “Em verdade vos digo
que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os
ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua
pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento” (Mc 12.43-44). Notemos o quão importante
Jesus considerou a atitude daquela viúva a ponto de reunir seus discípulos para
comentar o assunto. Entregar nossos dízimos é um testemunho de fé no cuidado providente
de Deus e gratidão pela sua manutenção diária. O desafio de Deus continua
ressoando até nossos dias: “provai-me
nisto” (Ml 3.10). “Oh!
provai, e vede que o Senhor é bom; bem aventurado o homem que nele se refugia”
(Sl 34.8).
[1] Vd. Boanerges
Ribeiro, Terra da Promessa, São
Paulo, O Semeador, 1988, p. 60; João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo, Paracletos, 1997, in. loc.
[2]João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo, Novo Século, 2000, p. 37.
[3] Boanerges Ribeiro, Terra da Promessa, p. 63.
[4] Devemos nos lembrar
que estas passagens (2Co 8-9) não se referem ao dízimo, no entanto, o espírito
que orienta esta contribuição deve ser o mesmo.
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