Pesquise no Blog

October 6, 2010

Dilma vai dar um tiro no pé




JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO
05 de Outubro de 2010


'Se mentir sobre o aborto, ela vai dar um tiro no próprio pé', diz deputado baiano

Luiz Bassuma, eleito deputado federal pelo PT da Bahia, mudou-se para o PV quando a antiga legenda o suspendeu por ser contra legalização

05 de outubro de 2010 | 22h 04

Marcelo de Moraes / SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo
Em setembro do ano passado, o deputado federal Luiz Bassuma teve suspensos seus direitos partidários dentro do PT pelo prazo de um ano por decisão da direção nacional da legenda. O motivo: era contra a orientação do partido a favor da legalização do aborto. Integrante da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, Bassuma preferiu pedir sua desfiliação do PT, entrando no PV de Marina Silva e disputando o governo da Bahia pelo partido.
Agora, com a questão da legalização do aborto tirando votos da candidata Dilma Rousseff, Bassuma critica o que considera mudança de opinião da petista em relação ao assunto. "Acho que vai piorar a situação dela se mentir sobre o aborto por razões eleitoreiras. Vai ser um tiro no próprio pé", afirma.
O senhor foi punido pelo PT por ser contra a legalização do aborto. Agora, esse tema passou a ser um dos principais problemas da campanha presidencial de Dilma Rousseff e o PT se esforça para dizer que não defende a proposta. Qual é a sua avaliação sobre isso?
Ninguém pode apagar a história. Fui punido com um ano de suspensão pelo PT apenas por querer continuar a favor de uma ideia que sempre defendi. Não queria que ninguém pensasse igual a mim. Só queria que o partido respeitasse meu direito de ter opinião diferente.
O senhor acha que o PT agiu errado com o senhor?
Cumpri quatro mandatos pelo PT e um dos motivos que me fizeram ser filiado ao partido era justamente o artigo interno que permitia aos integrantes terem direito à liberdade de opinião, de religião, de pensamento. Comigo não valeu.
O senhor acha que há setores do partido que realmente são contra o aborto?
É possível. Mas fui punido quase por unanimidade pela direção do partido por ser contra a proposta. Dilma era a ministra chefe da Casa Civil na ocasião. Durante a análise do meu caso, o PT deixou claro que é a favor da legalização e não concordo.
Nos últimos dias, a candidata Dilma tem negado publicamente ser a favor do aborto. O PT, então, deveria propor uma punição interna para ela como fez no caso do senhor?
Acho que eles têm que assumir a verdade e dizer o que pensam sobre o assunto. Vai piorar a situação dela se mentir sobre o aborto por questões eleitoreiras. Vai ser um tiro no próprio pé. Na minha opinião, ela é materialista. O presidente Lula não. Todo mundo sabe que ele realmente tem uma posição diferente. Ele sempre disse que era contra o aborto.
Esse tratamento mais flexível do PT sobre o tema faz com que o senhor se sinta injustiçado por ter sido punido?
Pelo contrário. Eu me sinto honrado por ter sido suspenso pelo PT por ter defendido a vida. Essa é a bandeira da minha vida. Minha principal causa política. E o PT não respeitou esse meu direito. Envergonhado eu estaria se tivesse defendido o mensalão. Eu acho que o aborto significa matar uma vida.
Sua candidata, a senadora Marina Silva, está fora do segundo turno. Entre José Serra e Dilma Rousseff, quem o senhor pretende apoiar no segundo turno?
O PV e Marina ainda vão definir suas posições sobre a sucessão presidencial. Mas eu vou votar e fazer campanha por José Serra em Salvador. Já estou anunciando esse meu apoio publicamente.

October 5, 2010

Se eu fosse profeta...


Se eu fosse profeta, eu diria que a disputa pela presidência do país, agora no 2º turno, será de extrema hipocrisia.

Eu diria que candidatos que sempre foram favoráveis ao aborto, agora se declararão contrários.

Eu diria que candidatos ateus se proclamarão cristãos e simpatizantes do povo evangélico.

Eu diria que pastores e padres aparecerão na propaganda política eleitoral defendendo a fé do seu candidato.

Eu diria que candidatos se assessorarão de pastores e tornarão isto público para tentarem obter o voto dos fiéis.

Eu diria que candidatos visitarão as principais denominações evangélicas do país, como se religiosos fossem.

Eu diria que o Presidente da República aparecerá no horário político eleitoral falando de Deus e dizendo que confia Nele.

Eu diria que um candidato prometerá a criação de um ministério religioso formado por representantes de diversas igrejas.

Eu diria que favores começarão a ser oferecidos a líderes religiosos em troca de apoio político.

Eu diria que líderes religiosos venderão sua honra e respeito em troca de fama e prestígio.


“... já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens. Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido. Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente, pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?” Salmo 12.1-4

“... porque todos eles são adúlteros, são um bando de traidores; curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem (...) Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniqüidade. Vivem no meio da falsidade; pela falsidade recusam conhecer-me, diz o SENHOR.” Jeremias 9.1-9

PT, Dilma e o aborto



Jornal Folha de São Paulo
05/10/2010 - 07h45


PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos


Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso.

A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.

O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas. "O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra", disse em seu Twitter.

A pílula do dia seguinte é um dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída pelo Ministério de Saúde. Diferentemente do que Vargas sugere, sua adoção foi decidida antes de o tucano José Serra, rival de Dilma no segundo turno, ser titular da pasta.
O secretário de Comunicação do PT defende ainda o isolamento da ala do partido pró-legalização. "Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra".

Um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, reconhece que a resolução do PT, pró-descriminalização do aborto, não é unânime no partido e não é a posição de Dilma.

Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática --o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista "Marie Claire".
Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.

O tema se tornou tão incômodo que ontem, ao "Jornal Nacional", Dilma o citou mesmo sem ter sido questionada (ela teve um minuto e meio para "dar uma mensagem aos eleitores").
"Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões".

A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a defesa da descriminalização do aborto pode até ser defendida por algumas alas do partido, mas pode "custar a Presidência da República".

Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), puxador de votos evangélicos, disse que chegou a perder votos porque defendia Dilma, que "erroneamente" era associada a afirmações anticristãs.

Além do PT, o PMDB também defende uma ação para combater a associação de Dilma ao tema aborto, que virou onda de e-mails e comentários em meios religiosos.

Os peemedebistas querem que a candidata divulgue, enfim, um programa de governo deixando claro ser contra a legalização.

Ontem, Dilma reconheceu que a campanha percebeu muito tarde a onda associando seu nome ao tema do aborto e a uma fala, que ela não disse, de que nem Jesus Cristo tiraria dela a vitória.

Sobre a presença do presidente Lula na campanha, Dilma não precisou seu papel. "O presidente Lula a gente não pode falar em dose, ele não é o remédio é solução", disse.

September 30, 2010

A candidata Dilma está mentindo...


Preocupada com sua recente queda nas pesquisas, ontem a candidata Dilma reuniu padres e pastores para "negar já ter defendido a interrupção da gravidez". A candidata disse as seguintes palavras: "Eu, pessoalmente, sou contra o aborto e considero a questão como de saúde pública". Posição diferente da que declarou à revista Marie Claire, em Abril de 2009, quando não era candidata à presidência da República. Veja abaixo: 

http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML1697826-1739-3,00.html

September 6, 2010

Carta aos meus amigos

Caros amigos,

As linhas que escrevo agora são fruto de muita reflexão e oração. Há semanas venho ensaiando escrever isto e o mero desejo de meu coração tornou-se uma necessidade de minha consciência. Muitos de nós têm acompanhado de perto o desenvolvimento de questões ligadas à vida e à família em nossa nação. Sem dúvida alguma, nestas questões a sociedade brasileira tem trilhado no caminho da impiedade por conta de um governo que, além de permitir a iniqüidade, em muitos casos a apóia.

Antes de continuar, deixe-me dizer que, como a Bíblia instrui, oro pelo presidente da República e por seu governo. Mais do que orar, durante muito tempo nutri admiração pelo nosso presidente. Sua história de pobreza no sertão nordestino e sua ascensão ao cargo mais alto da nação era algo que me fascinava. No passado, votei no Lula. Sendo eu filho de um bravo nordestino, metalúrgico e ligado ao sindicato, então, logo simpatizei com a figura do nosso presidente. Todavia, meus olhos se abriram. Como pastor presbiteriano, não posso me calar diante das iniqüidades que seu governo tem cometido e que ainda pretende cometer em nossa nação. Exponho a partir de agora quais são estas iniqüidades:

1. Erotização de nossas crianças

O Governo Federal, através dos Ministérios da Saúde e da Educação, tem produzido material com imoralidade para ser distribuído aos nossos filhos sob o pretexto de educação sexual. Veja por si mesmo nos links abaixo:



O Governo Federal, que deveria ser o guardião da educação de nossos filhos é hoje quem mais os encaminha para a imoralidade sexual.

A Bíblia diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". (Provérbios 22.6). Deus vai cobrar do atual governo o que ele tem feito na educação de nossas crianças.

2. Incentivo ao homossexualismo

No dia 14/05/2009 o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O plano é formado por 51 diretrizes que têm o objetivo de influenciar todos os segmentos da sociedade com a filosofia homossexual. O Governo Federal é o maior patrocinador do movimento homossexual no Brasil. Veja os links abaixo:




Em paralelo a estas ações de expansão de incentivo ao homossexualismo, o Governo também trabalha na aprovação do Projeto de Lei 122/2006, apelidado de "lei da mordaça", que pretende criminalizar a discordância ao Homossexualismo. Se aprovado, o projeto atentará contra a liberdade de expressão prevista em nossa constituição e permitirá ao Estado punir qualquer indivíduo que demonstrar discordância quanto à prática homossexual.

A Bíblia diz: "Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável" (Levítico 20.13). "Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." (Romanos 1.24-27)

3. Defesa do aborto

Em Setembro de 2007 o PT aprovou seu apoio à legalização do aborto:


Em 2008 a Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, liberou R$ 80 mil para a filmagem do vídeo "O fim do silêncio", que mostra depoimentos de mulheres que abortaram seus filhos e defendem a descriminalização da prática. A diretora Thereza Jessouroun diz, na reportagem, ter idealizado o roteiro ao ouvir declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a favor da descriminalização do aborto. De acordo com ela, o projeto se materializou após a abertura do edital da Fiocruz, cuja direção é nomeada pelo ministro. Veja notícia do Jornal O Globo abaixo:


Por ser o PT oficialmente favorável ao aborto, em Setembro de 2009 ele puniu dois deputados federais por serem contrários à posição abortista: Veja a matéria abaixo:


Além disso, o novo Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo presidente em Dezembro/2009, defende a legalização do aborto, o que gerou manifestações de grupos contrários ao aborto em todo o país:


Diante destes fatos que atentam contra a família, a vida e contra nossas crianças, torno pública minha intenção de voto: Votarei pela não continuidade deste governo.

Quem me conhece sabe que nunca misturei política com ministério, todavia, creio que o momento é grave e necessita de um posicionamento dos líderes religiosos. Todo cristão deve atentar para o que está acontecendo e manifestar o repúdio às iniqüidades deste governo por meio do seu voto. Não podemos deixar que as iniqüidades continuem.

Conclamo você, meu amigo, a continuar orando pelas nossas autoridades, a orar pelas eleições que se aproximam e a votar conscientemente, não escolhendo aqueles que praticam a impiedade. Termino com alguns versículos:

“Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a iniqüidade e maquinam o mal! À luz da alva, o praticam, porque o poder está em suas mãos.” Miquéias 2.1

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” Isaías 5.20

“... se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. 2 Crônicas 7.14



Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr.

Pastor Presbiteriano

Post-Scriptum de 2014
- Os militantes do PT dirão que o PSDB também apoia tudo isso. Pode ser. Mas eu não julgo com base em possibilidades, mas com base na realidade dos fatos acima. Ou, em outras palavras, o PT fez tudo isso e merece ser parado imediatamente. Quanto ao PSDB, só Deus conhece o futuro.

August 16, 2010

Igreja contextualizada ou secularmente conformada?


O vídeo abaixo é uma bela crítica à nova tendência que começa a chegar no Brasil. Trata-se de um movimento que, sob o pretexto de contextualização cultural, tem deformado alguns pontos importantes de nossa tradição bíblico-reformada. Para estas igrejas o importante é a mensagem cultural, não a mensagem bíblica. Algumas marcas são comuns a este movimento:

1. As igrejas não se chamam igrejas, mas "comunidades", pois, na visão do movimento, "igreja" é uma palavra que mais assusta do que atrai;
2. Não há púlpito. No lugar dele, uma mesinha com laptop e um banquinho para o pregador apoiar-se;
3. Os pregadores usam sempre roupa informal, nunca terno e gravata;
4. A decoração do salão de cultos é repleta de imagens, banners, ou cartazes com frases de efeito;
5. O sermão nunca é chamado desta forma, mas de "palestra" ou "conversa";
6. No Brasil, músicas seculares de compositores como Vinícius de Morais, Toquinho, etc, são usadas dentro do culto.



No livro "Com Vergonha do Evangelho", John F. MacArthur Jr. descreve bem este tipo de igreja:

"Quando Charles Spurgeon nos advertiu a respeito daqueles que 'gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças', foi menosprezado como um alarmista. Mas a profecia de Spurgeon se cumpriu diante de nossos olhos. As igrejas modernas são construídas assemelhando-se a teatros ('casas de divertimento', Spurgeon as chamou). Em lugar do púlpito, o enfoque está no palco. As igrejas estão contratando, em regime de tempo integral, especialistas em mídia, consultores de programação, diretores de cenas, professores de teatro, peritos em efeitos especiais e coreógrafos.

Tudo isso não passa da extensão natural de uma filosofia norteada por marketing seguida pelas igrejas. Se a igreja funciona apenas com o objetivo  de promover um produto, é bom mesmo que seus líderes prestem atenção aos métodos da Avenida Madison. Afinal, a maior competição para a igreja é um mundo repleto de diversões seculares e uma gama de bens e serviços mundanos. Portanto, dizem os especialistas de marketing, jamais conquistaremos as pessoas até que desenvolvamos formas alternativas de entretenimento a fim de ganhar-lhes a atenção e a lealdade, desviando-as das ofertas do mundo. Desta forma, esse alvo estipula a natureza da campanha de marketing.


E o que há de errado nisso? Por um lado, a igreja não deveria mercadejar seu ministério, como sendo uma alternativa aos divertimentos seculares (1 Ts 3.2-6). Isto acaba corrompendo e barateando a verdadeira missão da igreja. Não somos apresentadores de carnaval, ou vendedores de carros usados, ou camelôs. Somos embaixadores de Cristo (2 Co 5.20). Conhecendo o temor do Senhor (v.11), motivados pelo amor a Cristo (v. 14), tendo sido completamente transformados por Ele (v. 17), imploramos aos pecadores que se reconciliem com Deus (v. 20).


Também, em lugar de confrontar o mundo com a verdade de Cristo, as mega igrejas norteadas por marketing estão promovendo com entusiasmo as piores técnicas da cultura secular. Alimentar o apetite das pessoas por entretenimento apenas agrava o problema das emoções insensatas, da apatia e do materialismo. Com toda franqueza, é difícil conceber uma filosofia de ministério mais contrária ao padrão que o Senhor nos confiou.


Proclamar e expor a Palavra, visando o amadurecimento e a santidade dos crentes deveria ser âmago do ministério de toda igreja. Se o mundo olha para a igreja e vê ali um centro de entretenimento, estamos transmitindo a mensagem errada. Se os cristãos enxergam a igreja como um salão de diversões, a igreja morrerá. Uma senhora, inconformada com sua igreja, que tinha abraçado todas essas excentricidades modernas, queixou-se recentemente: “Quando é que a igreja vai parar de tentar entreter os bodes e voltar a alimentar as ovelhas?”


Nas Escrituras, nada indica que a igreja deveria atrair as pessoas a virem a Cristo através do apresentar o Cristianismo como uma opção atrativa. Quanto ao evangelho, nada é opcional: “E não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). Tampouco o evangelho tem o objetivo de ser atraente, no sentido do marketing moderno. Conforme já salientamos, freqüentemente a mensagem do evangelho é uma “pedra de tropeço e rocha de escândalo” (Rm 9.33; 1 Pe 2.8). O evangelho é perturbador, chocante, transtornador, confrontador, produz convicção de pecado e é ofensivo ao orgulho humano. Não há como “fazer marketing” do evangelho bíblico. Aqueles que procuram remover a ofensa, ao torná-lo entretenedor, inevitavelmente corrompem e obscurecem os pontos cruciais da mensagem. A igreja precisa reconhecer que sua missão nunca foi a de relações públicas ou de vendas; fomos chamados a um viver santo, a declarar a inadulterada verdade de Deus – de forma amorosa, mas sem comprometê-la – a um mundo que não crê." John MacArthur Jr, Com Vergonha do Evangelho: Quando a Igreja se torna como o mundo, Editora Fiel, p. 78.

Leia também:
A simplicidade do evangelho e a sofisticação da Igreja
Qual o problema com as Comunidades Presbiterianas?
IPB e a ética dos Juízes
Sproul e Mohler sobre a "igreja amigável"
O Palhaço e o Profeta
Plantão Médico e o Evangelho Açucarado
Não desperdice o seu Púlpito - John Piper
Na era do entretenimento até funeral vira show



August 9, 2010

Ives Gandra sobre o Divórcio Relâmpago


A emenda constitucional, que aprovada pelo Congresso, objetiva facilitar a obtenção do divórcio, suprimindo requisito relativo ao lapso temporal -de um ano contado da separação judicial e dois anos da separação de fato- , denominada de a “PEC do divórcio relâmpago”, a meu ver, fragiliza ainda mais a família, alicerce da sociedade, nos termos do artigo 226 “caput” da Constituição Federal.

Na medida em que os mais fúteis motivos puderem ser utilizados para que a dissolução conjugal chegue a termo, sem qualquer entrave burocrático, possivelmente, não possibilitando nem o aconselhamento de magistrados e nem o de terceiros para a tentativa de salvar o casamento, o divórcio realmente será relâmpago.

Não poucas vezes, casais que estão dispostos a separar-se, não percebendo o impacto que a separação pode causar nos filhos gerados, quando aconselhados e depois de uma reflexão mais tranquila e não emocional, terminam por se conciliar.

Conheço inúmeros exemplos nos quais o ímpeto inicial foi contido por uma meditação mais abrangente sobre a família, os filhos e a vida conjugal, não chegando às vias do divórcio pela prudência do legislador ao impor prazos para concedê-lo e pela tramitação que permite , inclusive , a magistrados aconselharem o casal em conflito.

A Emenda mencionada autoriza que, no auge de uma crise conjugal, a dissolução do casamento se dê, sem prazos ou entraves cautelares burocráticos. Facilita, assim, a tomada de decisões emotivas e impensadas, dificultando, portanto, uma solução de preservação da família, que foi o objetivo maior do constituinte ao colocar no artigo 226 , que o Estado prestará especial proteção à família.

Entendo que a "PEC do divórcio relâmpago" gera insegurança familiar, em que os maiores prejudicados serão sempre, em qualquer separação, os filhos , que não contribuíram para as desavenças matrimoniais, mas que viverão a turbulência da divisão dos lares de seus pais, não podendo mais ter o aconchego e o carinho, a que teriam direito -por terem sido por eles gerados ou adotados- de com eles viverem sob o mesmo teto.

Como educador há mais de 50 anos, tenho convivido com os impactos negativos que qualquer separação causa nos filhos, que levam este trauma, muitas vezes, por toda a vida.

Por isto, sou favorável à maior prudência, como determinou o constituinte de 88, no § 6º do artigo 226 da Lei Maior. Tenho para mim, inclusive, que o capítulo da Família na Carta Magna de 88, por ser a família a espinha dorsal da sociedade, deveria ser considerado cláusula pétrea.

Ives Gandra da Silva Martins
Advogado. Doutor em Direito. Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e do Centro de Extensão Universitária.

Pensador inglês critica o Ateísmo




Crítico inglês vê impasse entre o excesso e a falta de fé no mundo


MAURICIO STYCER
Crítico do UOL
Em Paraty (RJ)

O mundo está preso num impasse “entre a falta de crença e o excesso de crença”. Esta é a opinião do britânico Terry Eagleton, um dos mais influentes críticos em atividade, que defendeu ideias originais e distribuiu bordoadas a granel na manhã deste sábado (7) na Festa Literária de Paraty.

Apresentado como um “velho marxista católico e punk” por Silio Boccanera, Eagleton reagiu com um misto de irritação e ironia. “Essa introdução sensacionalista me faz parecer mais como um lutador peso-pesado do que um intelectual”.

Mas o fato é que Eagleton não mede palavras no combate de ideias. Seu livro mais recente, “Reason, Faith, and Revolution: Reflections on The God Debate”, questiona diretamente as teses do evolucionista Richard Dawkins, defendidas em “Deus, um Delírio”.


“Minha objeção a Dawkins não é que ele não acredita em Deus, como muita gente, é que ele não tem a menor ideia do que significa acreditar em Deus. A doutrina da criação não tem nada a ver com como o mundo começou, como Dawkins erroneamente acredita”, disse Eagleton.


“A maioria dos ateus compra o ateísmo de forma barata”, diz. “Eles nem foram confrontados com o catolicismo de forma a rejeitá-lo. Você precisa lutar por isso, rejeitar alguma coisa sólida. É um sacrifício”, defendeu o crítico.


“Por que todo mundo está falando de Deus? Quer dizer, Leonardo di Caprio não está falando de Deus, mas Madonna está falando...”, começou, fazendo piada. “Quando Deus parecia ter se aposentado do debate público, ele está de volta. Deixe eu sugerir uma resposta: 11 de setembro.”


Islamismo x Ocidente

O duelo entre os islamismo radical e as sociedades ocidentais, na visão de Eagleton, transformou-se numa luta da fé contra a incapacidade de acreditar. “Cada parte empurra a outra para um extremo ainda maior. Quanto mais sem fé se tornar a civilização, mais a outra parte vai reagir. Estamos presos neste impasse”.

O radicalismo islâmico levou a uma distorção no debate sobre fé, acredita Eagleton. Intelectuais autodenominados liberais entendem que o problema da civilização, hoje, é a religião. “Eles acreditam que se tirássemos a religião da nossa frente poderíamos caminhar para um novo iluminismo. Não consigo pensar em uma coisa mais preconceituosa do que isso."


Eagleton cita especificamente os escritores Christopher Hitchens e Martins Amis como defensores desta “visão preconceituosa”. Também menciona, com menos ênfase, o escritor Salman Rushdie, que na noite de sexta-feira se mostrou ofendido com as 
menções do crítico à sua posição e o chamou de “desonesto”.


Provocado por Boccanera a explicar melhor sua divergência com Rushdie, Eagleton falou: “As pessoas que fizeram críticas mais fortes sobre o islamismo, como Hitchens, Amis, Ian McEwan, Salman Rushdie, pessoas que rotulam genericamente os muçulmanos como terroristas, se proclamam intelectuais liberais. Supostamente são as pessoas que deveriam falar em nome da tolerância. Islamismo radical é um fenômeno feio. Não há como defender isso. Mas os que exageram são os liberais literários da Inglaterra”.


Em seguida, Eagleton minimizou a sua crítica a Rushdie. “Obviamente há diferenças individuais no grupo que acabei de mencionar. Estamos falando de islamofobia. A linha foi cruzada muitas vezes por Amis e Hitchens. Eles odeiam o islamismo porque odeiam toda a religião. Mas não têm o direito de confundir uma minoria com todos os muçulmanos.”


O crítico arrancou aplausos ao dizer que “a civilização ocidental é permeada de formas de fundamentalismo evangélicos”. E acrescentou: “Talvez porque a União Soviética não exista mais, as pessoas precisam de um novo bicho papão. Gostaria de ouvir Rushdie e Amis falarem isso de forma mais alta. Como se os bárbaros fossem só os outros.”


Na visão de Eagleton “barbárie e civilização” caminham juntas. “A crença liberal ilustrada por Dawkins é que houve barbárie e depois civilização e que sempre podemos voltar para trás. Os marxistas sempre defenderam que barbárie e civilização são sincrônicos.”


http://entretenimento.uol.com.br/flip/ultimas-noticias/2010/08/07/critico-ingles-ve-impasse-entre-o-excesso-e-a-falta-de-fe-no-mundo.jhtm



August 5, 2010

Mulheres priorizando suas famílias


A revista Veja, em sua edição de 14 de Julho passado, publicou uma matéria sobre mulheres que estão saindo dos seus empregos por amor às suas famílias. É interessante observarmos a satisfação destas mulheres em priorizarem a educação dos seus filhos e percebermos que, do ponto de vista bíblico, este é o melhor caminho mesmo. Confira abaixo a reportagem completa. (clique na imagem para ampliação)




July 24, 2010

Em viagem


Prezado leitor, estamos em uma viagem missionária no Rio Grande do Sul, um dos estados menos evangelizados do país. Ore por nós e acompanhe notícias do trabalho no seguinte link:

http://www.projetodespertandovocacoes.blogspot.com/

July 9, 2010

Plantão Médico e o Evangelho Açucarado


Os roteiristas do seriado norte-americano ER (Plantão Médico) tiveram um momento de grande lucidez ao criarem uma cena em que um médico à beira da morte é aconselhado por uma capelã "evangélica" pós-moderna. Assista agora: 

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails