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December 12, 2012

Caio Fábio enaltece Chico Xavier


Parece que Caio Fábio decidiu esvaziar o inferno. Veja o vídeo e depois continue lendo.


A Bíblia condena claramente a consulta aos mortos. Veja os textos abaixo:

1. A consulta aos mortos (necromancia) é condenada na Bíblia:

“Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” Lv 19.31

“Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.” Lv 20.6

"O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.” Lv 20.27

“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor, teu Deus.” Dt 18.10-13

“... queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira.” 2Cr 33.6

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? 20 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.” Is 8.19,20

“O espírito dos egípcios se esvaecerá dentro deles, e anularei o seu conselho; eles consultarão os seus ídolos, e encantadores, e necromantes, e feiticeiros.” Is 19.3

2. A consulta aos mortos é condenada por Jesus

Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” Lc 16.19-31

3. A consulta aos mortos é condenada na vida de Saul:
“Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não ao Senhor, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” 1Cr 10.13,14

Chico Xavier passou a vida consultando mortos, comportamento que Deus sempre abominou. Como pode alguém achar que este homem pode ter sido salvo?

December 9, 2012

Teologia no cartão de Natal

Pense no desenho de um cartão de Natal. O que você vê? A manjedoura, os reis magos, os pastores, José, Maria, o recém-nascido Jesus, a estrela resplandecente, os presentes, os animais... Estas figuras refletem exatamente a história do Natal, certo? Errado. Estudando com atenção os textos que narram o natal de Jesus você vai perceber que a maioria de nós crê em uma versão distorcida do seu nascimento. Versão recebida do Catolicismo Romano e diferente do que encontramos na Bíblia. Vejamos:

Os magos

Magos ou reis magos? Esta é a primeira questão. A tradição católico romana diz que eram “reis magos”, porém, a Bíblia não diz isso. Em nenhum lugar das Escrituras encontramos a expressão “reis magos”. De acordo com Mateus, eles eram apenas, e tão somente, magos (Mt 2.1).

E o que eram os magos naquela época? Magos, ou sábios (como aparece em algumas versões da Bíblia em inglês) eram aqueles que se dedicavam ao estudo das estrelas. Vieram do Oriente, de terras em que a astronomia era praticada, provavelmente, dos países que conhecemos hoje sob o nome de Irã e Iraque.

E quantos eram eles? A Bíblia não diz. Diz apenas “uns magos”. Imaginou-se três por causa dos três presentes que a criança recebeu (Mt 2.11). Contudo, podem ter sido dois, seis, nove, doze, dezoito, vinte... A tradição oriental cria em doze magos e entre eles os armênios falavam em quinze. Não sabemos, a Bíblia não diz. Não sabemos também os seus nomes. A Igreja Católica os chama de Melchior, Baltazar e Gaspar, porém, sem nenhuma base bíblica.

Vemos que os magos são personagens misteriosos dentro da história de Jesus. Pouco sabemos a respeito deles. O que sabemos é que eles desempenham um papel especial na história de Cristo. Eles mostram que Jesus é o salvador não apenas dos judeus, mas de todos os povos. Ele é digno de toda honra e adoração, por isso a longa viagem e a entrega de presentes tão valiosos.

Estes são os verdadeiros magos (não reis-magos) da história de Cristo. Vamos ver agora outro elemento da história do Natal que também tem sido mal comprendido...

A estrela
Como a estrela que guiou os magos até Jesus é geralmente apresentada? Na maioria das figuras ela é grande e com intenso brilho. Em alguns casos, ela aparece até com uma grande cauda, própria de cometa. Como terá sido esta estrela, na realidade?

O texto de Mateus nos leva a crer que era uma estrela de proporções normais. Os magos somente a identificaram porque eram estudiosos das estrelas. Conheciam os astros celestes e perceberam que aquela estrela era especial. E, de fato, se fosse uma estrela gigantesca, com intenso brilho e fulgor, como geralmente aparece representada, não só os magos a teriam visto, mas também Herodes e todo o povo de Jerusalém. Tamanho astro celeste não passaria despercebido por aquelas terras em que a iluminação vem sempre do céu. Todos iriam atrás da estrela, não só os magos.

Deus falou com os magos por meio de uma linguagem que só eles compreendiam – uma estrela.

E como eles associaram esta estrela ao nascimento de Jesus? Teriam eles acesso às Escrituras para, como os judeus, esperar a vinda do Messias? Conheciam os magos a profecia de Números 24.17? “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete.” Ou teriam tido uma revelação mais direta de Deus quanto ao significado desta estrela? Todas as respostas são possíveis, porém, não sabemos qual é a correta. A Bíblia não diz.

O que sabemos, e o que Mateus deixa bem claro no registro bíblico, é que os magos chegaram em Jerusalém com um firme propósito: “... vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (v.2). E eles conseguiram. O verso 11 nos mostra os magos prostrando-se, adorando o menino rei e lhe entregando seus presentes. A estrela, guiada por Deus, os conduziu àquele que é a luz do mundo.

Onde estava Jesus
A nossa última questão é: Onde estava Jesus quando os magos vieram adorá-lo. O que você acha? Na estrebaria? Então leia o versículo 11, de Mateus 2. A resposta correta é: em uma casa.

Quando os magos chegaram em Belém, Jesus não estava mais na manjedoura. Ele estava com seus pais em uma casa. A viagem dos magos foi longa. Meses de percurso. Mais de um ano havia se passado e José e Maria não estavam mais naquela moradia provisória em que Jesus nasceu. Ao contrário do que muitos pensam, quando os magos chegaram, Jesus já tinha mais de um ano de idade. Podemos inferir isso analisando a sangrenta ordem do rei Herodes:

“Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos” (Mt 2.16).

Herodes mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo. Mas, por que dois anos? Que cálculo ele fez para chegar a este limite de idade? A resposta está no versículo 7: “Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera”; e no final do verso 16: “... de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos”.

A informação que Herodes obteve dos magos, quanto ao aparecimento da estrela, o levou à idade de dois anos para baixo. Exterminando os meninos dentro deste limite de idade, com certeza, o maquiavélico rei atingiria o menino Jesus.

Assim sendo, podemos sugerir que Jesus tinha menos de dois e mais de um ano de idade quando os magos o visitaram. Isto porque, se a informação dos magos levasse Herodes a concluir que Jesus estava com apenas alguns meses de vida, não haveria o porquê de se estipular o limite de dois anos para a chacina. Matando os meninos de um ano para baixo já seria o suficiente para atingir Jesus. Se ele estabeleceu “de dois anos para baixo” é porque Jesus já tinha mais de um ano de idade.

E os pastores? Onde entram nesta história? Entram bem no ínicio dela. Eles foram os primeiros a ver o rei Jesus. Os pastores o encontraram logo após o seu nascimento, ainda na manjedoura (Lc 2.12,16).

Ao contrário do que geralmente aparece desenhado nos cartões de natal, os pastores não viram a estrela e nem se encontraram com os magos. Eles foram ao encontro de Jesus Cristo, o viram, e voltaram glorificando e louvando a Deus (Lc 2.20). Os magos, como vimos, chegaram muito tempo após a vinda dos pastores.

Qual seria, então, a ordem correta dos acontecimentos, de acordo com a Bíblia? Simplificando a história, a ordem seria esta:

1. José e Maria sobem para Belém, a fim de alistarem-se (Lc 2.1-5).
2. Jesus nasce e Maria o deita em uma manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria (Lc 2.6,7)
3. Nos campos, um anjo acompanhado por uma milícia celestial anuncia a uns pastores o nascimento do Salvador (Lc 2.8-14).
4. Os pastores imediatamente vão ver Jesus e o encontram deitado na manjedoura (Lc 2.15-19)
5. Os pastores voltam para os campos glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto (Lc 2.20).

(...) Em algum momento, que só Deus sabe, uma estrela aparece aos magos em algum país ao oriente de Jerusalém.
(...) Os magos iniciam a sua longa jornada.

6. Após meses de viagem, os magos chegam em Jerusalém (Mt 2.1,2).
7. Herodes chama os magos, se informa quanto ao tempo em que a estrela apareceu a eles, e pede aos magos que o avisem assim que encontrarem o rei Jesus (Mt 2.7,8).
8. Os magos partem para Belém (Mt 2.9).
9. Os magos continuam seguindo a estrela e chegam na casa em que está Jesus (Mt 2.9-11).
10. Os magos entram na casa e encontram Jesus com sua mãe. Prostram-se e o adoram. Abrem os seus tesouros e lhe entregam as suas ofertas: ouro, incenso e mirra (Mt 2.11).
11. Em sonho, recebem a advertência de Deus para não voltarem à presença do rei Herodes (Mt 2.12).
12. Os magos regressam, por outro caminho, para a sua terra (Mt 2.12). 
13. Em sonho, um anjo do Senhor manda José fugir com Maria e Jesus para o Egito, para escapar das mãos de Herodes (Mt 2.13).
14. José, de noite, toma Jesus e Maria e vai para o Egito (Mt 2.14).
15. Herodes percebe que foi enganado pelos magos e manda matar todos os meninos de Belém e arredores, de dois anos para baixo. Mas Jesus está a salvo, por causa da obediência de José.

A história continua e é bom a lermos sempre para não sermos influenciados pelas versões que encontramos por aí.

Muito tem sido falado sobre Jesus. As informações vêm de todos os lados: da tradição Católica, dos programas de televisão, das revistas e até dos cartões de Natal. Contudo, é necessário que a nossa fonte de informações sobre Cristo seja sempre a Bíblia.

A minha oração é que neste Natal Deus nos ajude a compreender a lição que aqueles magos nos deixaram. Que a nossa disposição para servir a Deus seja como a daqueles homens, que não mediram esforços para adorar a Deus. Enfrentaram a distância, os desconfortos e os perigos da viagem para se prostrar perante o Rei Eterno. Que a nossa fé seja firme como a daqueles sábios.

E que, em todos os momentos da nossa vida, nós possamos, como aqueles homens, ter os olhos fixos nos céus. Que o nosso olhar esteja sempre voltado para o alto, para o rei sublime.

Olhando para os céus, seguiremos a nossa jornada amparados por Deus e sempre na direção certa. Boa viagem.

December 6, 2012

Lei da Palmada - Reclamação importante


No último dia 04 de Dezembro, a votação do PL 7672/2010, mais conhecido como a "Lei da Palmada" não aconteceu. Os deputados Anthony Garotinho, Ronaldo Fonseca e Marcos Rogério conseguiram retirá-lo da pauta. Estes deputados também são contrários ao projeto por entenderem que educação e disciplina familiar são atribuições da família e não do Estado.

No dia seguinte, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) apresentou uma reclamação contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei, pela comissão. Defendeu o deputado que a tramitação do PL está incorreta. Que assunto desta natureza não pode ter apreciação conclusiva em uma comissão, mas diante de todo o plenário da Câmara.

De fato, o plano do governo é aprovar esta lei na própria Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde os membros não representam a opinião de todo o plenário.

Na verdade, as chances deste PL passarem no plenário são pequenas, pois os deputados sabem que a opinião esmagadora da população é contrária ao projeto.

Leia abaixo o texto integral da reclamação do Deputado Marcos Rogério:


RECLAMAÇÃO Nº 7 DE 2012
(Do Deputado  MARCOS ROGÉRIO)
  
Reclamação contra a apreciação conclusiva do PL 7.672, de 2010.
        
           Senhor Presidente,

A presente reclamação está fundamentada no art. 24,II, “e” c/c art. 96, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e no art. 68, § 1º, inciso II da Constituição Federal,  com base nos seguintes fatos: 
O Projeto de Lei n. 7.672, de 2010, que “altera a Lei n. 8.069, de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante” está em tramitação na Câmara dos Deputados desde 16/07/2010 e teve despacho inicial do Presidente da Câmara para a apreciação conclusiva da proposição.
No entanto, o objetivo da presente reclamação é insurgir-se a apreciação conclusiva da proposição, por contrariar os arts. 24, II, “e” do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e art. 68, §1º, II, Constituição Federal, pois dispõe sobre matéria que não é objeto de delegação legislativa.  
A proposição, ao tratar, em seu art. 17-A, do direito da criança de  ser educada, cuidada, tratada ou vigiada sem uso de castigo corporal ou tratamento cruel ou degradante, discute matéria que se insere no âmbito normativo do inciso III, do art. 5º da Constituição Federal, rol inequívoco de direitos individuais. Afora o fato de que o projeto diz respeito à disciplina do exercício do pátrio poder, indiscutivelmente inserto no âmbito da intimidade da vida privada da família, também arrolada como direito individual no inciso X do mesmo dispositivo constitucional.
Nesse sentido, o art. 68, em seu § 1º da Constituição Federal, ao tratar das matérias que não podem ser objeto de delegação legislativa, elenca em seu inciso II, aquelas sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais. Como já exposto, a matéria em debate trata de direitos individuais e, por conta disso, não deveria ter a apreciação conclusiva por parte das comissões permanentes, já que o poder conclusivo atribuído às comissões é uma delegação legislativa.
Segundo o jurista Manoel Ferreira Filho, o Poder Conclusivo “é a delegação interna corporis, em que o poder de legislar pertencente, à Casa legislativa, é conferido às comissões”[1]. Assim, fica evidente que a lógica do poder conclusivo é atribuir as comissões temáticas o poder de legislar conclusivamente, sem anuência do Plenário, sobre matéria pertencente à Casa legislativa.

No entanto, esse poder não é universal e, por isso, sofre as limitações estabelecidas não no art. 68 da Constituição Federal e no próprio art. 24, II do Regimento Interno, especialmente na alínea “e” do inciso II do artigo citado:

            “Art. 24. Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência, e às demais Comissões, no que lhes for aplicável, cabe:
            II- discutir e votar projetos de lei, dispensada a competência do Plenário, salvo o disposto no § 2º do art. 132 e excetuados os projetos:
(...)
            e) relativos a matéria que não possa ser objeto de delegação, consoante o § 1º do art. 68 da Constituição Federal.”

Ciente disso e com o objetivo de corrigir a tramitação da proposição, o signatário da presente reclamação apresentou, juntamente com outros deputados, seis recursos contra a apreciação conclusiva da matéria, conforme art. 58, § 2º, inciso I da Constituição Federal c/c os arts. 58, § 1º e 132, § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.  Vale ressaltar que um desses recursos (Recurso n. 115/2012) apresentava 136 signatários.
Insatisfeito com os recursos, um grupo de parlamentares favoráveis ao conteúdo da matéria, usando de argumentos eticamente questionáveis, apresentou requerimento de retirada de tramitação para cada recurso, com o propósito de evitar que a matéria fosse corretamente apreciada pelo Plenário da Casa. Em razão disso, a matéria se encontra em fase de redação final na CCJC, contrariando, assim, os dispositivos regimentais e constitucionais já mencionados no presente instrumento.

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, com base no art. 17, I, “n” e “p” do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que submeta o Projeto de Lei n. 7.672/2010 à discussão do Plenário, anulando assim o despacho inicial que erroneamente atribuía o poder conclusivo à matéria.


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Sala das Sessões, em 04 de dezembro de 2012.


Deputado MARCOS ROGÉRIO
PDT/RO


[1] FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 5ª ed. rev. ampl. e atual.São Paulo: Saraiva, 2002 (pág. 137).

Uma tentação a ser resistida...

Parte do discurso de Jailson Santos, na formatura do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (JMC), em 2011.

December 5, 2012

Análise exegética do livro de Rob Bell


Reproduzo abaixo o excelente Post do blog Pão & Vinho

Após todo o alvoroço que precedeu o lançamento da obra, Kevin DeYoung lê e revisa Love Wins [O Amor Vence] - um dos livros mais comentados dos últimos tempos que trata da existência do inferno e da redenção daqueles que morreram sem Cristo.
Algumas pessoas podem se impressionar com a quantidade de versos bíblicos que Rob Bell usa em sua obra. Mas há menos conteúdo do que a primeira impressão de nossos olhos. Seguidas vezes, os pilares da teologia de Rob Bell se sustentam em erros exegéticos. A seguir uma lista parcial de dez destes erros, que não seguem nenhuma ordem específica:
1) Bell cita Salmos 65, Isaías, Sofonias, Filipenses 2 e Salmos 22 para provar que todas as pessoas se reconciliarão com Deus no final. O que ele não menciona é que algumas destas promessas são feitas ao povo de Deus, outras são promessas generalizadas de redenção às nações que se voltarão ao Senhor e outras profetizam que todos reconhecerão que Jesus Cristo é o Senhor (o que não quer dizer que todos terão a fé que salva) no último dia. Nenhuma destas passagens embasa aquilo que Bell defende.
2) Bell lista várias passagens que citam uma restauração no final dos tempos – Jeremias 5, Lamentações 3, Oséias 6 e 14, Sofonias 2 e 3, Isaias 57, Joel 3, Amós 9, Naum 2, Zacarias 9 e 10 e Miqueias 7 (pp. 86-87). Qualquer pessoa familiarizada com estes profetas sabe que eles sempre concluem sua profecia com uma promessa de uma bênção futura. E qualquer pessoa que conhece estes profetas deve saber também que estas promessas são para o povo de Deus que está sob Pacto, nas bases da fé e do arrependimento, cumpridas em Cristo.
3) Bell parece ver que tais promessas de restauração estão atreladas a um Pacto, e faz uma ginástica exegética para provar que a restauração não é somente para o povo de Deus. Ele cita Isaias 19, onde está profetizado que um altar ao Senhor será levantado no meio da terra do Egito. Bell conclui que nenhuma falha é permanente em seus efeitos e que suas más consequências podem ser corrigidas (pp. 88-89). Mas Isaias 19 não tem nada a ver com oportunidades pós-morte de arrependimento. O texto fala do plano de Deus para humilhar o Egito, onde o povo de Israel clamou a Deus por libertação. “E ferirá o Senhor aos egípcios; feri-los-á, mas também os curará; e eles se voltarão para o Senhor, que ouvirá as súplicas deles e os curará.” (Isaias 19:22). Deus nunca prometeu que toda a nação do Egito seria salva. O que ele realmente promete, assim como os profetas fizeram por várias vezes, é que se eles clamassem ao Nome do Senhor, ele teria misericórdia deles. Não há nenhuma indicação de que isso ocorreria no além.
4) Bell não faz o menor esforço para entender João 14:6 em seu contexto. Depois de reconhecer que Jesus é o caminho, a verdade, a vida e o único caminho para o Pai, Bell rapidamente acrescenta: “O que ele não diz é como, ou quando ou de que maneira funciona o mecanismo que leva as pessoas a Deus por meio de Jesus. “Ele sequer diz que aqueles que vêm ao Pai por meio de Jesus saberão que estão chegando ao Pai exclusivamente por meio dele. Ele simplesmente diz que tudo o que Deus está fazendo para conhecer, redimir, amar e restaurar o mundo está acontecendo por meio de Jesus” (p. 154). Até mesmo uma lida superficial de João 14 nos mostra que a conclusão no verso 16 se refere à fé. O capítulo começa dizendo “credes em Deus, crede também em mim.” O verso 7 fala a respeito de conhecer a Deus. Versos 9 e 10 explicam que vemos e conhecemos o Pai ao crer que Jesus está no Pai e o Pai está nele. Versos 11 e 12 falam sobre a fé, novamente. Ir ao Pai por meio de Jesus significa ir ao Pai por meio da fé em Cristo. Essa interpretação se alinha com o propósito do Evangelho de João (Jo 20:31).
5) Bell pensa que a pergunta do homem rico: “Que devo fazer para herdar a vida eterna?” não tem nada a ver com a vida após morte. Ele não está perguntando como chegar ao céu depois que morrer (p. 30). Ele simplemente quer saber como participar das coisas boas que Deus fará em um mundo vindouro (pp. 31, 40).  Novamente, Bell ignora todo o contexto que aponta para o contrário daquilo que ele defende. Levando em consideração que a ressurreição era tema de debate nos dias de Jesus (ver Marcos 12:18-27), o jovem rico provavelmente está dizendo: “Como posso ter a certeza de que serei salvo no dia da ressurreição final?” Ele está pensando na vida após morte. Por isso ele usa a palavra “herdar” e Marcos 10:13-16 dá uma resposta aos questionamentos de Bell acerca de “quem entrará no Reino”. Além disso, o verso 30 deixa claro que algumas das bençãos resultantes de seguir a Jesus virão na vida porvir – aquilo que Jesus se refere como “a vida eterna no mundo vindouro.” Se a vida eterna é equivalente ao mundo vindouro (p. 31), então Jesus é o mestre da redundância. Mas os dois termos não são idênticos. Vida eterna aqui significa vida que dura para sempre.
6) Bell coloca bastante ênfase nas passagens em que Paulo fala sobre disciplina. Paulo entregou Himeneu e Alexandre a Satanás para que aprendessem a não blasfemar. Ele disciplinou um homem em Corinto para que seu espírito pudesse ser salvo no dia do Senhor. Portanto, conclui Bell, as falhas não são permanentes (pp. 89-90). Mas declarar o propósito e a esperança da disciplina (como fez Paulo) é uma coisa; supor que o arrependimento ocorreu de fato, é outra coisa; e pensar que qualquer coisa neste texto nos dá uma brecha para crermos em um arrependimento pós-morte, é deduzir algo que o texto não diz.
7) Às vezes, Bell simplesmente ignora os versos que contrariam sua tese. Ao dizer que devemos ser muito cuidadosos ao julgar de maneira negativa o destino eterno das pessoas, Bell cita as palavras de Jesus em João 3:17 que dizem que “ele não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo.” (p.160). Estas palavras, de acordo com Bell, são “um mistério gigantesco, expansivo e generoso”, que nos levam a esperançosamente concluir que “afinal, o Céu é cheio de surpresas.” As especulações universalistas de Bell teriam sido silenciadas de forma significativa se ele continuasse lendo as palavras de Jesus no verso 18: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Igualmente, de acordo com João 3:36 “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
8 ) A visão que Bell tem de Apocalipse é tão superficial que ignora as duras passagens que ele não quer enxergar. Bell explica que Apocalipse é um livro escrito pelo povo de Deus em tempos em que estavam sendo perseguidos. Portanto, o livro descreve várias coisas erradas sendo corrigidas e pessoas prestando contas por seus erros (p. 112). Mas ele diz que “a carta não termina com sangue e violência” (p.112). Termina com o mundo permeado pelo amor de Deus (p.114). Não se trata de um mau resumo, mas os três pontos que ele extrai desta narrativa são problemáticos. Primeiro, ele explica os julgamentos recordando-nos de que as pessoas sempre rejeitam o amor e a alegria em frente deles e “escolhem viver os seus próprios infernos pessoais, todo o tempo” (p. 114). Mas até mesmo uma leitura superficial de Apocalipse nos mostra julgamentos severos sendo decretados diretamente do trono de Deus. Eles são derramados de taças sobre toda a terra. Cristo vem em um cavalo de guerra com uma espada afiada em sua boca. O texto não diz que os ímpios estão sofrendo em vida pelas más decisões que tomaram. Eles lamentam porque aquele a quem eles transpassaram está voltando nas nuvens para exigir sua recompensa (Apocalipse 1:7).
Segundo, Bell sugere que talvez os portões do inferno “nunca se fecharão” porque novos cidadãos continuarão chegando na cidade até que todos sejam reconciliados com Deus (p. 115). Esta interpretação claramente se contrasta com o resto de Apocalipse 21 e 22, que enfatiza várias vezes que haverá pessoas anátemas que serão deixadas para fora da cidade (21:8, 27; 22:3, 14-15, 18-19). O tema do julgamento divino está bem claro no final do livro. Além disso, aqueles que passarão pelo julgamento serão jogados no lago de fogo, onde o tormento é eterno (20:10; 21:8). Em nenhum lugar vemos a idéia de uma segunda chance pós-morte; tudo indica que haverá um julgamento irreversível decretado sobre cada alma no final dos tempos.
Terceiro, de acordo com Bell, o anúncio “Eis que faço novas todas as coisas” sugere novas possibilidades. Consequentemente, isso indica que devemos deixar as portas abertas, pois o destino eterno de cada pessoa ainda não foi determinado (p. 116). Novamente, esta suposição não encontra nenhum respaldo no texto, onde as coisas novas do céu se referem a um novo estado de santidade, um novo mundo, uma nova existência livre de dores, e uma nova proximidade com Deus. O céu não se fará novo porque as pessoas que estão no inferno terão uma segunda chance para se arrepender.
9) O que Bell faz com Sodoma e Gomorra deveria arrepiar até mesmo seus defensores mais ferrenhos. Na verdade, tal abordagem gera dúvidas quanto ao interesse de Bell em estudar o texto de maneira séria. Embasado em Ezequiel 16:53, Bell argumenta que, uma vez que o destino de Sodoma será restaurado, o destino eterno de todos será igualmente restaurado (p. 84). Deveria ser óbvio, porém, que a restauração descrita em Ezequiel é da cidade de Sodoma, não dos indivíduos que nela habitavam e que já foram julgados em Gênesis 19. As pessoas que foram julgadas com fogo e enxofre 1500 antes não estavam tendo uma segunda chance para o arrependimento após a morte. Somente a cidade será restaurada. Além disso, o propósito da restauração de Sodoma é envergonhar Samaria (Ez 16:54), para que esta cidade pagasse pela abominação de seus atos (Ez 16:58). Isso não se encaixa com a visão que Bell tem de Deus e do julgamento. E se isso não fosse suficiente, suas outras opiniões sobre Sodoma são ainda piores. Porque Jesus disse que haveria menos rigor para Sodoma no dia do juízo do que para Cafarnaum (Mateus 11:23-24), Bell conclui que há esperança para todas as outras “Sodomas e Gomorras” (p. 85). Bell se utiliza de uma passagem sobre julgamento – o julgamento de Cafarnaum que, de tão ruim, será pior do que o de Sodoma – para embasar seu universalismo. As advertências de Jesus não falam nada sobre uma nova oportunidade para Sodoma. A escritura fala sobre o triste destino da incrédula Cafarnaum.
10) Não nos surpreende que Bell frequentemente recorre às promessas paulinas em Efésios 1 e Colossenses 1 de que Deus está reconciliando ou unindo todas as coisas em Cristo (p. 149). Estas são as passagens favoritas dos universalistas, mas elas não transmitem o significado que o universalistas desejam que elas tenham. Vejamos Efésios 1, por exemplo. Paulo disse que o plano de Deus na plenitude dos tempos é o de unir todas as coisas em Cristo, coisas no céu e na terra (Efésios 1:10). A palavra grega traduzida como “unir” é longa:anakephalaiōsasthai. Quer dizer somar, reunir em um ponto central, juntar. É como um autor finalizando o ultimo capítulo de seu livro, ou um maestro conduzindo uma orquestra da cacofonia à sinfonia. É uma promessa gloriosa, já iniciada em alguns aspectos pela Palavra de Cristo. Mas concluímos pelo resto de Efésios que Paulo não espera que todas as pessoas se reconciliem com Deus. Ele cita os filhos da desobediência e filhos da ira no capítulo 2. No capítulo 5 ele deixa claro que a imoralidade sexual e a avareza não têm lugar no Reino de Cristo. Em Efésios 5:6 ele adverte que a ira de Deus vêm sobre os filhos da desobediência. A união de todas as coisas não implica na salvação de todas as pessoas. Quer dizer que tudo no universo – céu e terra, o mundo spiritual e o mundo físico – será, finalmente, submetido ao senhorio de Cristo, processo no qual alguns estarão louvando alegremente seu amado Salvador, e outros encontrarão a justa punição por sua perversão. No final, Deus vence.

Conclusão

Uma última consideração a respeito da exegese de Bell: Bell tem a reputação de ser brilhante e criativo, e provavelmente é em certos aspectos. Mas o modo como usa a Bíblia não demonstra nenhuma destas caracteríticas. Na verdade, sua abordagem é ingênua e rasa. Ele simplifica todas as coisas, seja para fazer a teologia tradicional parecer rídicula e inconsistente, ou para construir toda uma teologia em cima de um texto fora de seu contexto. Não se esforça para interpretar metáforas, gênero literário ou simbolismos. Não faz o menor esforço para harmonizar sua teoria a qualquer passagem que possa comprometer sua nova interpretação da Bíblia. Ele ama a tradição judaica, mas demonstra pouca familiaridade com o enredo e o formato do Antigo Testamento. Seu estilo pode ser atraente para alguns, mas leia as passagens com seus próprios olhos, utilizando-se de uma Bíblia de estudo respeitada ou um comentário bíblico básico. Você passará a questionar seriamente a maneira como Bell se utiliza das Escrituras.
Revisão Completa: The Gospel CoalitionTradução: Pão & Vinho.

December 4, 2012

Crianças podem mesmo participar da Ceia?


É possível um bebê ou uma criança pequena participar da Ceia do Senhor, diante do exposto nos catecismos de Westminster?


Pergunta 97. Que se exige para participar dignamente da Ceia do Senhor?
Resposta: Exige-se daqueles que desejam participar dignamente da Ceia do Senhor que se examinem sobre o seu conhecimento em discernir o corpo do Senhor, sobre a sua fé para se alimentarem dele, sobre o seu
arrependimento, amor e nova obediência, para não suceder que, vindo indignamente, comam e bebam para si a condenação. (Breve Catecismo)


Pergunta 171. Como devem os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor preparar-se para o receber?
Resposta: Os que recebem este sacramento devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito dos seus pecados e necessidades, da verdade e medida do seu conhecimento, fé, arrependimento, amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; dos seus desejos de ter Cristo e da sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa. (Catecismo Maior)


Pergunta 172. Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada, deverá ir à Ceia do Senhor? 
Resposta: Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada para participar da Ceia do Senhor, pode ter um verdadeiro interesse em Cristo, embora não tenha ainda a certeza disto; mas aos olhos de Deus o tem, se está devidamente tocada pelo receio da falta desse interesse e sem fingimento deseja ser achada em Cristo e apartar-se da iniqüidade. Neste caso, desde que as promessas são feitas, e este sacramento é ordenado para o alívio até dos cristãos fracos e que estão em dúvida, deve lamentar a sua incredulidade e esforçar-se para ter as suas dúvidas dissipadas; e, assim fazendo, pode e deve vir à Ceia do Senhor para ficar mais fortalecida. (Catecismo Maior)


Pergunta 173. Pode alguém que professa a fé e deseja participar da Ceia do Senhor ser excluído dela?
Resposta: Os que forem achados ignorantes ou cometerem escândalos, não obstante a sua profissão de fé e o desejo de participar da Ceia do Senhor, podem e devem ser excluídos desse sacramento, pelo poder que Cristo deixou à sua Igreja, até que recebam instrução ou tenham melhor procedimento. (Catecismo Maior)


Pergunta 174. Que se exige dos que recebem o sacramento da Ceia, na ocasião de celebrar-se?
Resposta: Exige-se dos que recebem o sacramento da Ceia que durante a sua celebração, esperem em Deus, nessa ordenança, com toda a santa reverência e atenção; que diligentemente observem os elementos e os atos sacramentais; que atentamente discirnam o corpo do Senhor e cheios de amor, meditem na sua morte e sofrimentos, e assim se despertem a um exercício das suas graças, julgando-se a si mesmos e entristecendo-se pelo pecado; tendo fome e sede ardentes em Cristo, alimentando-se nele pela fé, recebendo da sua plenitude, confiando nos seus méritos, regozijando-se no seu amor, sendo gratos pela sua graça e renovando o pacto que fizeram com Deus e o amor que votaram a todos os crentes. (Catecismo Maior)


Pergunta 175. Qual é o dever dos crentes depois de receberem o sacramento da Ceia do Senhor?
Resposta: O dever dos crentes, depois de receberem este sacramento é de seriamente considerar como se portaram nele, e com que proveito; se foram vivificados e confortados, devem bendizer a Deus por isto, pedir a continuação do mesmo, vigiar contra a reincidência no pecado, cumprir os seus votos e animar-se a assistir freqüentemente a esta ordenança; se não acharem, porém, nenhum benefício, deverão refletir novamente, e com mais cuidado, na sua preparação para esta ordenança e no comportamento que tiverem na ocasião, podendo, em uma e outra coisa, apoiar-se em Deus e em suas consciências, esperando com o tempo o fruto da sua participação; se perceberem, porém, que nessas coisas foram remissos, deverão humilhar-se, e para o futuro assistir a esta ordenança com mais cuidado e diligência. (Catecismo Maior)


Pergunta 177. Em que diferem os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor?
Resposta: Os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor diferem em dever o Batismo ser administrado uma vez só com água, para ser sinal e selo da nossa regeneração e união com Cristo, e administrado também às crianças; ao passo que a Ceia do Senhor deve ser celebrada freqüentemente, com os elementos de pão e vinho, para representar e dar Cristo, como o alimento espiritual para a alma; e para confirmar a nossa continuação e crescimento nele e isso somente aqueles que têm a idade e aptidão para se examinarem a si mesmos. (Catecismo Maior)

Para terminar, João Calvino sobre o tema:

"Finalmente objetam que, segundo esta razão, deveria administrar-se a Ceia do Senhor às crianças, as quais, no entanto, de modo algum são admitidas. Como se a Escritura não assinalasse de todas as formas haver entre eles larga diferença! De fato foi isto freqüentemente praticado na Igreja antiga, como se constata de Cipriano e Agostinho; mas esse costume, com razão, se fez obsoleto. Ora, se ponderarmos a natureza e o caráter específico do batismo, na realidade ele é um como que ingresso e uma, pode-se dizer, iniciação à Igreja, mercê da qual somos contados no povo de Deus: sinal de nossa regeneração espiritual, através da qual somos nascidos de novo para ser filhos de Deus; quando, em contrapartida, a Ceia foi atribuída aos mais adultos que, ultrapassada a infância mais tenra, já estejam em condições de suportar alimento sólido, distinção que se demonstra mui evidentemente na Escritura; porque aí, quanto concerne ao batismo, o Senhor não faz nenhuma seleção de idades. A Ceia, porém, não a exibe à participação de todos igualmente; pelo contrário, somente àqueles que sejam idôneos para discernir-se o corpo e o sangue do Senhor, para examinar-se a própria consciência, a anunciar-se a morte do Senhor, a ponderar-se sua eficácia. Queremos algo mais evidente do que o que o Apóstolo ensina, quando exorta que “cada um se prove e examine a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice” [1Co 11.28]? Impõe-se, pois, examinar-se primeiro, o que
em vão se espera de crianças. De igual modo: “Quem come indignamente, come e bebe para si condenação, não discernindo o corpo do Senhor” [1Co 11.29]. Se não podem participar dignamente, senão aqueles que saibam distinguir corretamente a santidade do corpo de Cristo, por que a nossos filhos ainda tenros ofereçamos veneno em vez de alimento vivificante? Que significa este preceito do Senhor: “Fazei-o em memória de mim” [Lc 22.19; 1Co 11.25]? Que significa este outro preceito que o Apóstolo deduz daí: “Sempre que comerdes este pão, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” [1Co 11.26]? Que memória deste fato, pergunto, exigiremos de crianças, memória que nunca apreenderam pelo senso? Que pregação da cruz de Cristo, cuja virtude e benefício ainda não compreendem com a mente?

Nada dessas coisas se prescreve no batismo, porquanto mui grande é a diferença entre estes dois sinais, os quais também já notamos em sinais similares sob o Antigo Testamento. A circuncisão, com efeito, que se observou ser correspondente ao nosso batismo, fora destinada às crianças [Gn 17.12]. A páscoa, porém, cujo lugar assume agora a Ceia, não admitia a todos e quaisquer convivas indiscriminadamente; antes, era corretamente comida por aqueles que, pela idade, pudessem indagar-lhe a respeito do significado [Ex 12.26]. Se uma simples migalha de cérebro sadio restasse a esses, porventura se fariam cegos para uma causa tão clara e óbvia?" (As Institutas, IV, 16, 30.)

Precisa de mais argumentos? Então leia este artigo dBrian M. Schwertley




November 19, 2012

Laicização do Estado - 10 Dicas para Ateus


Aproveitando a recente tentativa do Procurador da República Jefferson Aparecido Dias de retirar das cédulas de Real a expressão "Deus seja louvado" tomando como argumento a laicidade do Estado, gostaria de ajudar os ateus propondo 10 dicas para que eles tornem o Brasil laico, de uma vez por todas:

1ª Dica: À semelhança do Procurador Jefferson, entrem com ações contra o Banco Central exigindo a retirada da expressão "Deus seja louvado" das cédulas de Real.

2ª Dica: Exijam do governo a troca dos nomes dos Estados da Federação que contém alguma nomenclatura religiosa, a saber: Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo.

3ª Dica: Exijam, igualmente, a troca dos nomes das capitais do país: Salvador, São Luiz, Belém, Natal e São Paulo.

4ª Dica: Da mesma forma, não podem ficar de fora as demais cidades do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o país tem 2.500 localidades com nomes de santos. Alguns exemplos de cidades que devem ter os seus nomes trocados: Santo Antônio (e variações), São João (idem), São Francisco, Santa Maria, Santo André, São Caetano, São Bernardo, Santos, São Vicente, São José dos Campos, Santa Bárbara do Oeste, etc...

5ª Dica: É preciso que instituições públicas não tenham nomes religiosos. Estão nesta categoria hospitais, abrigos, creches, asilos, escolas, etc...

6ª Dica: Os feriados religiosos também devem ser banidos. Acabe-se portanto com a Páscoa, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal.

7ª Dica: É preciso fazer uma constituinte para que se retirem da Constituição Federal todas as leis que mencionam religião, a saber, 1) o artigo 5º, VI, que estipula ser inviolável a liberdade de crença e assegura o livre exercício de cultos religiosos e a proteção dos locais de culto; 2) o inciso VII do mesmo artigo, que assegura a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; 3) o inciso VIII, ainda do artigo 5º, que garante que ninguém pode ser privado de direitos por motivo de crença religiosa; 4) o artigo 19, I, que veda aos Estados, Municípios, à União e ao Distrito Federal tanto o estabelecimento quando o embaraço de cultos religiosos ou igrejas; 5) o artigo 143, § 1º, que dá competência às Forças Armadas atribuir serviço alternativo aos que, em tempos de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência decorrente de crença religiosa; 6) o artigo 150, VI, "b", que veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto; 7) o artigo 210, § 1º, que prevê o ensino religioso, de matrícula facultativa, nas escolas públicas de ensino fundamental; 8) o artigo 213 que prevê que recursos públicos podem ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas; e 9) o artigo 226, § 3º, que estabelece que o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

8ª Dica: Na constituinte que expurgará todo direito religioso do cidadão brasileiro, expurgue-se também o preâmbulo da Constituição Federal onde se diz: "... promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL".

9ª Dica: Para que não haja memória do tempo em que o país não era laico, é bom que se revisem os livros de história do Brasil para se apagar as referências religiosas do início de nossa nação, como, por exemplo, seus primeiros nomes: Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz.

10ª Dica: Por fim, assim que a expressão "Deus seja louvado" for retirada de nossas cédulas, é recomendável que o pais entre com uma ação na ONU exigindo a retirada do "In God we trust" (nós confiamos em Deus) do dólar americano... Afinal, temos que ensinar os EUA a serem uma nação laica...

Não é preciso dizer que este post é irônico. O Brasil é um país laico, mas não ateu. Estado laico é aquele que tem separação entre Igreja e Estado, mas que permite a existência das demais religiões. Estado ateu é aquele que suprime a liberdade de expressão religiosa.

Veja o que diz o jurista Ives Gandra sobre este assunto:

"Quando se sustenta que o Estado deve ser surdo à religiosidade de seus cidadãos, na verdade se reveste esse mesmo Estado de características pagãs e ateístas que não são e nunca foram albergadas pelas Constituições brasileiras. A democracia nasce e se desenvolve a partir da pluralidade de idéias e opiniões, e não da ausência delas. É direito e garantia fundamental a livre expressão do pensamento, inclusive para a adequada formação das políticas públicas. Pretender calar os vários segmentos religiosos do país não apenas é antidemocrático e inconstitucional mas traduz comportamento revestido de profunda intolerância e prejudica gravemente a saudável convivência harmônica do todo social brasileiro."


Portanto, Estado laico sim, mas ateu não. Que Deus ilumine nossos governantes para que percebam esta diferença.

November 12, 2012

Parada gay, cabra e espinafre

J.R. Guzzo
Revista Veja – 12/11/2012

Já deveria ter ficado para trás no Brasil a época em que ser homossexual era um problema. Não é mais o problema que era, com certeza, mas a verdade é que todo o esforço feito há anos para reduzir o homossexualismo a sua verdadeira natureza – uma questão estritamente pessoal – não vem tendo o sucesso esperado. Na vida política, e só para ficar num caso recente, a rejeição ao homossexualismo pela maioria do eleitorado continua sendo considerada um valor decisivo nas campanhas eleitorais. Ainda agora, na eleição municipal de São Paulo, houve muito ruído em tomo do infeliz “kit gay” que o Ministério da Educação inventou e logo desinventou, tempos atrás, para sugerir aos estudantes que a atração afetiva por pessoas do mesmo sexo é a coisa mais natural do mundo. Não deu certo, no caso, porque o ex-ministro Fernando Haddad, o homem associado ao “kit”, acabou ganhando – assim como não tinha dado certo na eleição anterior, quando a candidata Marta Suplicy (curiosamente, uma das campeãs da “causa gay” no país) fez insinuações agressivas quanto à masculinidade do seu adversário Gilberto Kassab e foi derrotada por ele. Mas aí é que está: apesar de sua aparente ineficácia como caça-votos, dizer que alguém é gay, ou apenas pró-gay, ainda é uma “acusação”. Pode equivaler a um insulto grave – e provocar uma denúncia por injúria, crime previsto no artigo 140 do Código Penal Brasileiro. Nos cultos religiosos, o homossexualismo continua sendo denunciado como infração gravíssima. Para a maioria das famílias brasileiras, ter filhos ou filhas gay é um desastre – não do tamanho que já foi, mas um drama do mesmo jeito.

Por que o empenho para eliminar a antipatia social em torno do homossexualismo rateia tanto assim? O mais provável é que esteja sendo aplicada aqui a Lei das Consequências Indesejadas, segundo a qual ações feitas em busca de um determinado objetivo podem produzir resultados que ninguém queria obter, nem imaginava que pudessem ser obtidos. É a velha história do Projeto Apollo. Foi feito para levar o homem à Lua; acabou levando à descoberta da frigideira Tefal. A Lei das Consequências Indesejadas pode ser do bem ou do mal. É do bem quando os tais resultados que ninguém esperava são coisas boas, como aconteceu no Projeto Apollo: o objetivo de colocar o homem na Lua foi alcançado – e ainda rendeu uma bela frigideira, além de conduzir a um monte de outras invenções provavelmente mais úteis que a própria viagem até lá. É do mal quando os efeitos não previstos são o contrário daquilo que se pretendia obter. No caso das atuais cruzadas em favor do estilo de vida gay, parece estar acontecendo mais o mal do que o bem. Em vez de gerar a paz, todo esse movimento ajuda a manter viva a animosidade; divide, quando deveria unir. O kit gay, por exemplo, pretendia ser um convite à harmonia – mas acabou ficando com toda a cara de ser um incentivo ao homossexualismo, e só gerou reprovação. O fato é que, de tanto insistirem que os homossexuais devem ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos, ou como uma espécie ameaçada, a ser protegida por uma coleção cada vez maior de leis, os patronos da causa gay tropeçam frequentemente na lógica – e se afastam, com isso, do seu objetivo central.

O primeiro problema sério quando se fala em “comunidade gay” é que a “comunidade gay” não existe – e também não existem, em consequência, o “movimento gay” ou suas “lideranças”. Como o restante da humanidade, os homossexuais, antes de qualquer outra coisa, são indivíduos. Tem opiniões, valores e personalidades diferentes. Adotam posições opostas em política, religião ou questões éticas. Votam em candidatos que se opõem. Podem ser a favor ou contra a pena de morte, as pesquisas com células-tronco ou a legalização do suicídio assistido. Aprovam ou desaprovam greves, o voto obrigatório ou o novo Código Florestal – e por aí se vai. Então por que, sendo tão distintos entre si próprios, deveriam ser tratados como um bloco só? Na verdade, a única coisa que têm em comum são suas preferências sexuais – mas isso não é suficiente para transformá-los num conjunto isolado na sociedade, da mesma forma como não vem ao caso falar em “comunidade heterossexual” para agrupar os indivíduos que preferem se unir a pessoas do sexo oposto. A tendência a olharem para si mesmos como uma classe à parte, na verdade, vai na direção exatamente contrária à sua principal aspiração – a de serem cidadãos idênticos a todos os demais.

Outra tentativa de considerar os gays como um grupo de pessoas especiais é a postura de seus porta-vozes quanto ao problema da violência, imaginam-se mais vitimados pelo crime do que o resto da população; já se ouviu falar em “holocausto” para descrever a sua situação. Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos. Os homossexuais são vítimas de arrastões em prédios de apartamentos, sofrem sequestros-relâmpago, são assaltados nas ruas e podem ser mortos com um tiro na cabeça se fizerem o gesto errado na hora do assalto – exatamente como ocorre a cada dia com os heterossexuais; o drama real, para todos, está no fato de viverem no Brasil. E as agressões gratuitas praticadas contra gays? Não há o menor sinal de que a imensa maioria da população aprove, e muito menos cometa, esses crimes; são fruto exclusivo da ação de delinquentes, não da sociedade brasileira.

Não há proveito algum para os homossexuais, igualmente, na facilidade cada vez maior com que se utiliza a palavra “homofobia”; em vez de significar apenas a raiva maligna diante do homossexualismo, como deveria, passou a designar com frequência tudo o que não agrada a entidades ou militantes da “causa gay”. Ainda no mês de junho, na última Parada Gay de São Paulo, os organizadores disseram que “4 milhões” de pessoas tinham participado da marcha – já o instituto de pesquisas Datafolha, utilizando técnicas específicas para esse tipo de medição, apurou que o comparecimento real foi de 270000 manifestantes, e que apenas 65000 fizeram o percurso do começo ao fim. A Folha de S.Paulo, que publicou a informação, foi chamada de “homofóbica”. Alegou-se que o número verdadeiro não poderia ter sido divulgado, para não “estimular o preconceito” - mas com isso só se estimula a mentira. Qualquer artigo na imprensa que critique o homossexualismo é considerado “homofóbico”; insiste-se que sua publicação não deve ser protegida pela liberdade de expressão, pois “pregar o ódio é crime”. Mas se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei, afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for. Na verdade, não obriga ninguém a gostar de ninguém; apenas exige que todos respeitem os direitos de todos.

Há mais prejuízo que lucro, também, nas campanhas contra preconceitos imaginários e por direitos duvidosos. Homossexuais se consideram discriminados, por exemplo, por não poder doar sangue. Mas a doação de sangue não é um direito ilimitado – também são proibidas de doar pessoas com mais de 65 anos ou que tenham uma história clínica de diabetes, hepatite ou cardiopatias. O mesmo acontece em relação ao casamento, um direito que tem limites muito claros. O primeiro deles é que o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa. Pessoas do mesmo sexo podem viver livremente como casais, pelo tempo e nas condições que quiserem. Podem apresentar-se na sociedade como casados, celebrar bodas em público e manter uma vida matrimonial. Mas a sua ligação não é um casamento – não gera filhos, nem uma família, nem laços de parentesco. Há outros limites, bem óbvios. Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar. Não pode se casar com a própria mãe, ou com uma irmã, filha, ou neta, e vice-versa. Não poder se casar com uma menor de 16 anos sem autorização dos pais, e se fizer sexo com uma menor de 14 anos estará cometendo um crime. Ninguém, nem os gays, acha que qualquer proibição dessas é um preconceito. Que discriminação haveria contra eles, então, se o casamento tem restrições para todos? Argumenta-se que o casamento gay serviria para garantir direitos de herança – mas não parece claro como poderiam ser criadas garantias que já existem. Homossexuais podem perfeitamente doar em testamento 50% dos seus bens a quem quiserem. Têm de respeitar a “legítima”, que assegura a outra metade aos herdeiros naturais – mas essa obrigação é exatamente a mesma para qualquer cidadão brasileiro. Se não tiverem herdeiros protegidos pela “legítima”, poderão doar livremente 100% de seu patrimônio – ao parceiro, à Santa Casa de Misericórdia ou à Igreja do Evangelho Quadrangular. E daí?

A mais nociva de todas essas exigências, porém, é o esforço para transformar a “homofobia” em crime, conforme se discute atualmente no Congresso. Não há um único delito contra homossexuais que já não seja punido pela legislação penal existente hoje no Brasil. Como a invenção de um novo crime poderia aumentar a segurança dos gays, num país onde 90% dos homicídios nem sequer chegam a ser julgados? A “criminalização da homofobia” é uma postura primitiva do ponto de vista jurídico, aleijada na lógica e impossível de ser executada na prática. Um crime, antes de mais nada, tem de ser “tipificado” – ou seja, tem de ser descrito de forma absolutamente clara. Não existe “mais ou menos” no direito penal; ou se diz precisamente o que é um crime, ou não há crime. O artigo 121 do Código Penal, para citar um caso clássico, diz o que é um homicídio: “Matar alguém”. Como seria possível fazer algo parecido com a homofobia? Os principais defensores da “criminalização” já admitiram, por sinal, que pregar contra o homossexualismo nas igrejas não seria crime, para não baterem de frente com o princípio da liberdade religiosa. Dizem, apenas, que o delito estaria na promoção do “ódio”. Mas o que seria essa “promoção”? E como descrever em lei, claramente, um sentimento como o ódio?

Os gays já percorreram um imenso caminho para se libertar da selvageria com que foram tratados durante séculos e obter, enfim, os mesmos direitos dos demais cidadãos. Na iluminadíssima Inglaterra de 1895, o escritor Oscar Wilde purgou dois anos de trabalhos forçados por ser homossexual; sua vida e sua carreira foram destruídas. Na França de 1963, o cantor e compositor Charles Trenet foi condenado a um ano de prisão, pelo mesmo motivo. Nada lhe valeu ser um dos maiores nomes da música popular francesa, autor de mais de 1000 canções, muitas delas obras imortais como Douce France – uma espécie de segundo hino nacional de seu país. Wilde, Trenet e tantos outros foram homens de sorte – antes, na Europa do Renascimento, da cultura e da civilização, homossexuais iam direto para as fogueiras da Santa Madre Igreja. Essas barbaridades não foram eliminadas com paradas gay ou projetos de lei contra a homofobia, e sim pelo avanço natural das sociedades no caminho da liberdade. É por conta desse progresso que os homossexuais não precisam mais levar uma vida de terror, escondendo sua identidade para conseguir trabalho, prover o seu sustento e escapar às formas mais brutais de chantagem, discriminação e agressão. É por isso que se tornou possível aos gays, no Brasil e no mundo de hoje, realizar o que para muitos é a maior e mais legítima ambição: a de serem julgados por seus méritos individuais, seja qual for a atividade que exerçam, e não por suas opções em matéria de sexo.

Perder o essencial de vista, e iludir-se com o secundário, raramente é uma boa ideia.

November 8, 2012

Criaturas incríveis

Besouro Bombardeiro



Girafa



Pica-Pau



Pássaro Incubador Australiano



Ovo



Castor



Aranha



Lagartixa



Homem



Baleia



Tarambola Dourada



Libélula



Hipopótamo



Vagalume



Urso



Minhoca



Elefante



Medite



Pardal



O amor de Deus

October 16, 2012

Nada mudou em Roma...



Nada mudou em Roma. Atenção para as frases:


1. "Permissão de culto".
2. "Vocês podem cultuá-lo".
3. "A Igreja prescreve o culto".
4. "O Papa ordena que aquela pessoa seja cultuada no mundo inteiro".
5. " O Papa também não atesta com o poder pontifício que aquela pessoa está no céu. O que ele está dizendo é somente isto: Podem cultuá-la".
6. "Existem outros meios para se chegar à salvação. Existe o purgatório, por exemplo".

O que a Bíblia tem a dizer sobre estas afirmações?

"Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto." Mateus 4.10

"Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem." Atos 10.25,26

"O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões. Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles" Atos 14.13-15

"Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus." Apocalipse 19.10

"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo..." Hebreus 9.27


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