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October 8, 2014

O ex-covarde


Nelson Rodrigues
Entro na redação e o Marcelo Soares de Moura me chama. Começa: — “Escuta aqui, Nélson. Explica esse mistério.” Como havia um mistério, sentei-me. Ele começa: — “Você, que não escrevia sobre política, por que é que agora só escreve sobre política?” Puxo um cigarro, sem pressa de responder. Insiste: — “Nas suas peças não há uma palavra sobre política. Nos seus romances, nos seus contos, nas suas crônicas, não há uma palavra sobre política. E, de repente, você começa suas “confissões”. É um violino de uma corda só. Seu assunto é só política. Explica: — Por quê?”
Antes de falar, procuro cinzeiro. Não tem. Marcelo foi apanhar um duas mesas adiante. Agradeço. Calco a brasa do cigarro no fundo do cinzeiro. Digo: — “É uma longa história.” O interessante é que outro amigo, o Francisco Pedro do Couto, e um outro, Permínio Ásfora, me fizeram a mesma pergunta. E, agora, o Marcelo me fustigava: — “Por quê?” Quero saber: — “Você tem tempo ou está com pressa?” Fiz tanto suspense que a curiosidade do Marcelo já estava insuportável.
Começo assim a “longa história”: — “Eu sou um ex-covarde.” O Marcelo ouvia só e eu não parei mais de falar. Disse-lhe que, hoje, é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a tv. Quase tudo e quase todos exalam abjeção.
Marcelo interrompe: — “Somos todos abjetos?” Acendo outro cigarro: — “Nem todos, claro.” Expliquei-lhe o óbvio, isto é, que sempre há uma meia dúzia que se salve e só Deus sabe como. “Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo.” E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso.
O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. Diria Marcelo que estou fazendo uma caricatura até grosseira. Nem tanto, nem tanto. Mas o medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Fomos nós que fabricamos a “Razão da Idade”. Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total.
Sim, os pais têm medo dos filhos, os mestres dos alunos. O medo é tão criminoso que, outro dia, seis ou sete universitários curraram uma colega. A menina saiu de lá de maca, quase de rabecão. No hospital, sofreu um tratamento que foi quase outro estupro. Sobreviveu por milagre. E ninguém disse nada. Nem reitores, nem professores, nem jornalistas, nem sacerdotes, ninguém exalou um modestíssimo pio. Caiu sobre o jovem estupro todo o silêncio da nossa pusilanimidade.
Mas preciso pluralizar. Não há um medo só. São vários medos, alguns pueris, idiotas. O medo de ser reacionário ou de parecer reacionário. Por medo das esquerdas, grã-finas e milionários fazem poses socialistas. Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário. É o medo que faz o Dr. Alceu renegar os dois mil anos da Igreja e pôr nas nuvens a “Grande Revolução” russa. Cuba é uma Paquetá. Pois essa Paquetá dá ordens a milhares de jovens brasileiros. E, de repente, somos ocupados por vietcongs, cubanos, chineses. Ninguém acusa os jovens e ninguém os julga, por medo. Ninguém quer fazer a “Revolução Brasileira”. Não se trata de Brasil. Numa das passeatas, propunha-se que se fizesse do Brasil o Vietnã. Por que não fazer do Brasil o próprio Brasil? Ah, o Brasil não é uma pátria, não é uma nação, não é um povo, mas uma paisagem. Há também os que o negam até como valor plástico.
Eu falava e o Marcelo não dizia nada. Súbito, ele interrompe: — “E você? Por que, de repente, você mergulhou na política?” Eu já fumara, nesse meio-tempo, quatro cigarros. Apanhei mais um: — “Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc, etc. Na guerra, ouvi um comunista dizer, antes da invasão da Rússia: — “Hitler é muito mais revolucionário do que a Inglaterra.” E eu, por covardia, não disse nada. Sempre achei que a história da “Grande Revolução”, que o Dr. Alceu chama de “o maior acontecimento do século XX”, sempre achei que essa história era um gigantesco mural de sangue e excremento. Em vida de Stalin, jamais ousei um suspiro contra ele. Por medo, aceitei o pacto germano-soviético. Eu sabia que a Rússia era a antipessoa, o anti-homem. Achava que o Capitalismo, com todos os seus crimes, ainda é melhor do que o Socialismo e sublinho: — do que a experiência concreta do Socialismo,
Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Primeiro, foi em 1929, no dia seguinte ao Natal. Às duas horas da tarde, ou menos um pouco, vi meu irmão Roberto ser assassinado. Era um pintor de gênio, espécie de Rimbaud plástico, e de uma qualidade humana sem igual. Morreu errado ou, por outra, morreu porque era “filho de Mário Rodrigues”. E, no velório, sempre que alguém vinha abraçar meu pai, meu pai soluçava: — “Essa bala era para mim.” Um mês depois, meu pai morria de pura paixão. Mais alguns anos e meu irmão Joffre morre. Éramos unidos como dois gêmeos. Durante 15 dias, no Sanatório de Correias, ouvi a sua dispnéia. E minha irmã Dorinha. Sua agonia foi leve como a euforia de um anjo. E, depois, foi meu irmão Mário Filho. Eu dizia sempre: — “Ninguém no Brasil escreve como meu irmão Mário.” Teve um enfarte fulminante. Bem sei que, hoje, o morto começa a ser esquecido no velório. Por desgraça minha, não sou assim. E, por fim, houve o desabamento de Laranjeiras. Morreu meu irmão Paulinho e, com ele, sua esposa Maria Natália, seus dois filhos, Ana Maria e Paulo Roberto, a sua sogra, D. Marina. Todos morreram, todos, até o último vestígio.
Falei do meu pai, dos meus irmãos e vou falar também de mim. Aos 51 anos, tive uma filhinha que, por vontade materna, chama-se Daniela. Nasceu linda. Dois meses depois, a avó teve uma intuição. Chamou o Dr. Sílvio Abreu Fialho. Este veio, fez todos os exames. Depois, desceu comigo. Conversamos na calçada do meu edifício. Ele foi muito delicado, teve muito tato. Mas disse tudo. Minha filha era cega.
Eis o que eu queria explicar a Marcelo: — depois de tudo que contei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: — “Sou um ex-covarde.” É maravilhoso dizer tudo. Para mim, é de um ridículo abjeto ter medo das Esquerdas, ou do Poder Jovem, ou do Poder Velho ou de Mao Tsé-tung, ou de Guevara. Não trapaceio comigo, nem com os outros. Para ter coragem, precisei sofrer muito. Mas a tenho. E se há rapazes que, nas passeatas, carregam cartazes com a palavra “Muerte”, já traindo a própria língua; e se outros seguem as instruções de Cuba; e se outros mais querem odiar, matar ou morrer em espanhol — posso chamá-los, sem nenhum medo, de “jovens canalhas”.

May 28, 2014

Lya Luft e a banalização da linguagem


Aulas de mediocridade
Lya Luft

            A velha história: a gente pensa que viu tudo, mas novamente um desses choques que me fazem pensar num engano, não pode ser, vou ler de novo. Era verdade: um projeto já em execução, financiado em parte pelo Ministério da Cultura, banca a edição de centenas de milhares de livros de autores clássicos brasileiros "facilitados", começando com Machado de Assis. Facilitados para quem? Para o leitor ignorante, é claro, despossuído da inteligência necessária ou da necessária educação para ler esse autor, o primeiro a sofrer tão abominável mutilação. Troca de vocábulos e talvez frases inteiras, em suma, reescrevem Machado; portanto, o que for lido não será ele. Inútil trabalho, gasto inútil, logro do leitor, o livro não será de Machado de Assis. 
             Volto, pois, ao meu velho tema: a mediocrização paulatina e permanente de tantos setores do Brasil. Desta vez, em lugar de elevar o nível do nosso ensino, em todos os graus, há um triste esforço para reduzir tudo ao mais elementar, ao mais primário. Alunos saem das primeiras séries muitas vezes sem saber ler nem escrever direito; assim passam pelo 2º grau, em que é preciso esforço para ser reprovado. Acho que nem se usa mais esse termo, para não traumatizar os alunos com bobagens como essa; aliás, eliminam-se punições inclusive nos casos mais sérios, reprovações, até mesmo notas. Tudo transcorre de mansinho, com alunos iludidos, pais e professores perplexos, e a ideia de que a vida deve ser um jardim de infância. 
             Alguns chegam à universidade via Enem, sempre confuso, via cotas de toda sorte que considero humilhantes e irreais, pois reforçam o preconceito: você tem preferência não por ter estudado, por ter preparo, mas por sua raça, sua origem, seu nível econômico. Por ter lido um falso autor brasileiro clássico? 
             Jovens universitários não conhecem ortografia, e pior: não conseguem exprimir com simplicidade e correção seus pensamentos porque em geral nem os têm. Desabituados à argumentação e ao questionamento, ao esforço por aprender, a horas e horas em cima dos livros (desabituados de livros, aliás) ou de reais pesquisas na internet quando têm computador (não se iludam quanto à posse generalizada de notebooks), jovens entram e saem da universidade com quase igual despreparo. Os bons alunos se queixam do baixo nível, da falta de professores, de material, de instalações adequadas. Os outros, sem culpa alguma pelos erros do sistema, acabam exercendo sua profissão do jeito que conseguem. Doentes mal diagnosticados e erradamente tratados, construções rachadas e erodidas, estradas mal asfaltadas, pesquisas frustradas, e frustração dos outros que, por esforço e muito estudo, procuram níveis de excelência para si e para o país. 
             É impossível uma pessoa simples ouvir e apreciar um concerto de música clássica? Engano. Pode não conhecer a biografia do compositor, o uso dos instrumentos, a elaboração das partituras, mas a música a atingirá porque os simples têm emoções, delicadeza, sentimento e gosto pelo belo. Pessoas simples, ou jovens, até crianças, conseguem de maneira surpreendente curtir bons quadros e esculturas, mesmo sem ser especialistas em artes. Não é preciso conhecer teoria para enxergar beleza, harmonia ou qualquer sugestão de um objeto de arte: a arte pode ser democrática sem ser distorcida ou facilitada. Para ler um romance de Machado, não é preciso ser um gênio nem é necessário traduzir os termos ou frases mais difíceis para um linguajar coloquial: basta colocar no fim do livro, como já vi ser feito, um conjunto de verbetes explicando os termos menos usados, como num minúsculo dicionário. O leitor aprende, cresce, instrui-se, e, mesmo que não vire leitor dos clássicos, terá uma ideia do que o país já produziu nesse sentido. 
             Mas não damos ao nosso aluno esse privilégio: se for possível, se tal projeto já aprovado e financiado pelo Ministério da Cultura se afirmar, o culto à mediocridade, que impera, vai ter feito mais um gol de vitória. Mas, afinal, é a Copa.

Lya Luft é escritora, colunista da Revista Veja. O artigo acima foi publicado na Revista Veja, edição 2374, de 21 de maio de 2014.

May 22, 2014

Reflexão óbvia sobre os palavrões - Norma Braga



Sempre tive uma certa simpatia para com palavrões, confesso. Inspirava-me não só na óbvia associação de seu uso a um espírito de espontaneidade e rebeldia, mas nos ditames de minha formação lingüística e literária, segundo a qual "todas as palavras são boas e utilizáveis". Tinha como certo que um profissional da palavra deveria se manter isento de melindres para com o principal instrumento de seu métier. Porém, como qualquer pessoa civilizada e também ciente da noção de registro – a adequação da linguagem a cada situação – , sempre os evitei em público, recorrendo a eles quando sozinha ou com amigos mais próximos. Mantive assim a boca razoavelmente "suja" sem questionamentos até que me converti, aos 24 anos. Perdi quase todos os meus amigos não-cristãos, que de modo natural começaram a se afastar, e por força do meio decidi suprimir todas as palavras feias de uma vez só, desde as mais simples às mais cabeludas. No que fui bem-sucedida.

Um dia, surpreendi-me comigo mesma quando, conversando com uma irmã após o culto, ouvi-a dizer m**** em meio a um discurso irritado. Não deixei que ela percebesse, mas aquele palavrão provocou em mim uma reação tão forte que não hesitei em classificá-lo como um nada previsível escândalo. Veio então o escândalo do escândalo: horrorizada por ter ficado tão escandalizada com um simples m****, resolvi, dali em diante, revogar a decisão anterior. Recomecei a dizer palavrões normalmente, não com a mesma freqüência que no período pré-conversão, mas com regularidade quando sozinha e em companhia de cristãos tão "descolados" quanto eu.

Depois de algum tempo, porém, comecei a me sentir incomodada com o recurso freqüente aos palavrões. Sozinha, bastava ficar irritada, que lá vinha um bem cabeludo, e em voz alta. Inquietava-me diante de Deus e também diante de um possível “flagra” dos homens: e se algum pastor, dentre meus conhecidos, passasse na rua exatamente em um momento desses? Somava-se a essas considerações uma vergonha especial: eu, não só profissional da palavra, mas uma missionária de idéias segundo minha própria definição, ciosa por abençoar a igreja com o que digo e escrevo, poria muito a perder com uma boca destemperada. Além disso, o ato de praguejar, longe de servir como vazão à raiva, apenas contribuía para confirmar a disposição errada de espírito. Tudo estava errado, mas eu ainda não me convencia totalmente de que deveria voltar a me abster dos palavrões.

Comecei então a orar a Deus sobre isso, até me dar conta do óbvio-mais-que-óbvio, algo de uma obviedade tão grande que passa despercebida da maioria dos simpatizantes de palavrões. Percebi que todos os palavrões, dos menores aos maiores, têm algo em comum: remetem invariavelmente ao sexo. São menções aos genitais, a coitos indesejados e/ou ilícitos, prostitutas e filhos de prostitutas, materiais fecais etc. A lógica do palavrão é estranha: ele une o ato de esbravejar e xingar aos dejetos do corpo ou ao ato sexual. E, mais estranho ainda, os palavrões que tratam de dejetos são bem menos fortes e mais tolerados socialmente que os que tratam do ato sexual. Palavrões, portanto, em suas formas mais pesadas, associam o sexo a explosões de raiva, a punições, ao descontrole entre pessoas que não se amam. E a conclusão é inevitável e aterradora: palavrões são formas de perversão. Se Deus criou o sexo como a expressão máxima do amor perpétuo, compromissado, entre um homem e uma mulher, é de um profundo desamor que nascem as aberrações sexuais – a masturbação, o "sexo casual", o aviltamento de partes do corpo até que se estraguem. Palavrões são cristalizações, no idioma, da alienação total de si e do outro pela busca de um prazer sempre deslocado, desgarrado, fora da alma: um prazer masoquista, misturado a ódio e desespero. Por que essas expressões tão opostas ao amor de Deus deveriam povoar a linguagem de um cristão?

Depois dessas reflexões decidi, não por pressão do meio, mas por mim mesma, que não quero que nada do que digo tenha parte nisso. Nem quando eu estiver sozinha, nem em pensamento.


Norma Braga Venâncio é doutora em literatura francesa pela UFRJ e mestranda em teologia filosófica pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper. Desde 2005, escreve em seu blog (www.normabraga.blogspot.com) sobre cosmovisão cristã, teologia, arte e política. É casada com André Venâncio e reside atualmente em Natal.

May 20, 2014

Sobre a "bíblia Freestyle"


No dia 16/05/14 eu participei do Programa Vejam Só, da RIT-TV, tratando do tema "Igrejas underground e Bíblia Freestyle: Até que ponto estamos adaptando o Evangelho ao nosso gosto?". Ao meu lado estavam o Pr. Eber Cocareli, mediando o debate, e o criador da "bíblia Freestyle", o Pr. Ariovaldo Jr.

Tive uma boa impressão do Pr. Ariovaldo Jr. Percebi que estava diante de um homem crente e bem intencionado. Todavia, nossas posições foram opostas quanto ao assunto. Infelizmente, com um filho no hospital, eu não estava 100% no debate e, por isso, deixei de usar muita argumentação que poderia ter lançado para esclarecer melhor o tema.

Portanto, posto abaixo as razões pelas quais eu acho que a "bíblia Freestyle" é totalmente inapropriada para a leitura dos crentes e para qualquer tipo de evangelização.

1. Usa palavrões

Sempre foi ponto pacífico que crentes não falam palavrões. O povo de Deus sempre foi reconhecido por sua linguagem sadia e isso nunca precisou de defesa. Mas agora eis que surge uma geração dizendo que palavrão não tem importância, pois é algo "cultural e relativo". Vejamos o que a Bíblia nos diz: 

Mateus 5.22 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito ao inferno de fogo.”

Mateus 12.36,37 “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado"

1 Coríntios 15.33 "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes".

Efésios 4.29 "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem".

Efésios 5.3,4 “Mas a impudicícia [falta de pudor – no grego pornéia] e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe [aischrotes – conversa imoral, baixa, obscena], nem palavras vãs [morologia – conversação boba] ou chocarrices [eutrapelia – linguagem baixa, libertinagem], coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.”

Filipenses 4.8 "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento".

Colossenses 3.5-8 “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena [aischrologia – conversa imoral, baixa, obscena], do vosso falar".

Colossenses 4.6 "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um".

Tito 2.7,8 “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível [akatagnostos – que não cabe censura, nem reprovação], para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.”

Tiago 1.26,27 “Se alguém supõe ser religioso deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.”

E onde estão os palavrões da "bíblia Freestyle"? Perdoem-me os irmãos que, como eu, não falam palavras torpes, mas é necessário, neste caso, mostrar o absurdo:

  • "E Jesus terminou a explicação: "Pois o Reino de Deus é desse naipe! Vai ter gente safada, ladrões, cobradores de impostos, putas e traficantes que vão entrar no céu na frente de vocês." Mateus 21
  • Porra! Pra que zoar a desprezar a Igreja de Deus e envergonha os que nem comida tem? Vamo parar com essa palhaçada! 1 Coríntios 11
  • "Ahhh maluco! Teu jeito de falar dá a entender que você é um deles sim!". E pra escapar de ser pego, Pedro começou a xingar e a jurar: "Puta que o pariu, viu! Quantas vezes vou ter que falar que eu juro que não conheço esse homem?". Mateus 26 
  • Tá foda a coisa por aqui, e chorando muitão eu escrevi pra que vocês conhecessem o amor que sinto por cada um aí. 2 Coríntios 2
  • E Jesus respondeu: “Vocês tão forçando a amizade pra ver se eu concordo com a putaria né? Pois o erro de vocês é não conhecer nem a Bíblia e nem o poder de Deus. Marcos 12
  • Vivam honestamente! Não vivam comendo ou bebendo além do que convém. Não fiquem procurando negócios desonestos, nem se metam com putarias, nem invejem ou briguem. Romanos 13
  • Tão falando por aqui que entre vocês andou rolando uma putaria dum tamanho que nem entre os pagãos se ouviu falar. 1 Coríntios 5
  • Os nossos corpos são membros de Cristo! Então pelamordeDeus, não façam do corpo de Cristo membros de uma puta. Não! Nããããão! Não sabem vocês que quem transa com uma puta, torna-se um corpo só com ela? 1 Coríntios 6
  • E como é justo entre os santos, que as putarias de todo tipo e o apego ao dinheiro nem exista entre vocês. Efésios 5
  • Uns ficam contando vantagem que preencheram a ficha de inscrição pra organizada comigo, outros com Apolo, uns com Pedro e outros com Cristo. Porra, gente! Por acaso faz diferença? 1 Coríntios 1
  • Mas mesmo eu sendo o mais foda nesse dom, ainda sim prefiro falar cinco palavras da minha própria inteligência pra que outros possam aprender algo, do que dez mil em idiomas desconhecidos. 1 Coríntios 14
  • E junto foi aquele brother que teve em todas as Igrejas conhecido o quanto o cara é foda no evangelho. 2 Coríntios 8
  • Ao ver esta cena, o religioso começou a falar baixinho: "Se Jesus fosse mesmo tão foderoso quando dizem, saberia que essa vagabunda aí não vale nada". Lucas 7

2. Usa palavras chulas

Palavras chulas são palavras baixas, grosseiras, inapropriadas. Na história da tradução da Bíblia os linguistas sempre se preocuparam em escolher termos dignos da santidade da Palavra de Deus. Esse cuidado não aconteceu na "bíblia freestyle". Alguns exemplos:

  • Se o seu computador é impecilho pra te deixar ser perfeito, quebra essa merda e joga no lixo. Mateus 5
  • Jesus sacou que os caras tavam falando merda e comentou: "Quem precisa de médico é quem tá doente. Mateus 9
  • "Se algum dos seus amigos fizer alguma merda, puxe ele no canto e quebre o pau. Se ele cair na real e pedir desculpas, você salvou seu amigo. Mas se o mané teimar, leva mais uns dois ou três pra por pressão. Se nem assim o safado reconhecer a cagada, leva a gangue inteira pra lhe dar uma surra moral! E se ainda sim o desgraçado não assumir o que fez, então nem considerem ele como amigo." Mateus 18
  • Prepararam o jegue colocando uns panos pra Jesus sentar sem machucar a bunda. Mateus 21
  • "As coisas que eu ensino vão ser repetidas no mundo inteiro, pra que nenhum bunda mole possa dizer que nunca ouviu falar do caminho que salva o homem, aí em seguida o mundo vai acabar." Mateus 24
  • Judas, percebendo a merda que havia feito, procurou os religiosos pra devolver o dinheiro que havia recebido. E lamentava dizendo: "Putz gente! Ferrei com Jesus! Mateus 27
  • Quando passou o cagaço, os guardas correram e avisaram os religiosos tudo que havia acontecido. Ao perceberem a merda que aquilo tudo ia virar, subornaram os guardas com muito dinheiro pra eles ficarem na miúda e fingirem que não sabiam de nada. Se cagaram de medo de Pilatos ficar sabendo de tudo. Mateus 28
  • “Pra entrar ladrão no banco, primeiro tem que ver se a segurança tá rendida. Senão mano, o ladrão se ferra. E já vou avisando vocês que falam essas asneiras todas que quem falar merda sobre o Espírito Santo não vai ser perdoado. Posso perdoar todo tipo de coisa, mas isso aí já é apelação!” Marcos 3
  • Jesus então tirou grandão seus discípulos: "Até agora vocês tão nessa bundamolice de não crer?". E a negada toda meio que sujou a cueca só de pensar nas coisas que Jesus era capaz de fazer. Afinal, quem era ele? Marcos 4
  • Precisamos é de tudo novo daqui pra frente. Se tentarmos remendar as coisas velhas, vai virar merda." Lucas 5
  • Mas uma viúva que era bem pobre, colocou duas moedas de 1 centavo na caixa. Tá ligado que com 2 centavos você não compra merda nenhuma, né? Marcos 12
  • Mas Deus não errou com ninguém! Quem faz um vaso tem poder pra escolher se ele será pra colocar flores ou pra ficar no banheiro recebendo merda de todos que ali moram. Tá achando ruim saber que Deus com muita paciência permitiu que viesse à existência um monte de vaso sanitário cheio de merda, que servem exatamente pra que Ele mostrasse sua raiva e poder? Romanos 9
  • O profeta Elias falou com Deus sobre a merda que tava virando o povo escolhido e a resposta que recebeu é que o próprio Deus havia separado pra si sete mil homens que não haviam mijado no barranco. Romanos 11
  • Tem gente que vive de datas especiais, mas outros acham que todos os dias são a mesma merda. Romanos 14
  • Tô falando de nego abusando da mulher do próprio pai! Vocês tão se achando os bonzões e nem se afetam a ponto de desejar afastar de perto de vocês quem faz essas merdas. 1 Coríntios 5
  • O guarda que vigiava Jesus, junto com os religiosos, vendo tudo que aconteceu, se mijaram. Mateus 27
  • Zacarias se cagou todo e gaguejava como uma criança pega fazendo arte em flagrante. O anjo o acalmou, dizendo: "Calma aí Zaca, eu não vim pra te sacanear não! Lucas 1
  • Aí Paulo respondeu: "Ô otoridade! Fique sabendo que eu sou judeu da cidade de Tarso, que não é pouca bosta na Cilícia não!". Atos 21
  • Se a rejeição do povo de Deus é salvação pro mundo, com certeza a aceitação deles será vida até pros mortos! Se o ovo tá podre, a gemada inteira vai ficar uma bosta. Romanos 11

3. Faz piada com o texto bíblico

A Bíblia sempre foi chamada de "sagrada" porque nela caminhos de vida e de morte são definidos. Ela não é um livro comum, mas um livro santo, inspirado por Deus. Davi o louva porque Ele magnificou acima de tudo o Seu nome e a Sua Palavra (Sl 138.2). Mesmo traduções e até paráfrases levam isso em consideração. Não a versão "freestyle", pois faz piada com o texto bíblico. Veja apenas alguns exemplos:
  • No meio dessa tentativa ridícula de "ajudar", uma nuvem os rodeou rapidamente e deu pra ouvir uma voz mais sinistra que do Cid Moreira: "Esse meu Filho é o cara! Só traz alegria ao meu coração. Fiquem quietos e escutem o que ele diz.". E os três seguidores de Jesus quase se mijaram de medo. Mateus 17
  • Aí os discípulos perguntaram: “Aí Jesus! Quer que a gente ore pra Deus mandar uma Genki Dama do céu pra destruir essa merda dessa cidade?”. E Jesus, dando bronca geral, explicou: “Putz, vocês realmente não sabem de que lado estão. Manés, eu não vim pra matar as pessoas, eu vim pra salvar!”. Lucas 9
  • Enquanto elas pensavam se ligavam pra polícia ou se iam no setor de achados e perdidos, apareceram duas pessoas que brilhavam muito. Não, não eram os vampirinhos emo da série Crepúsculo. Eram dois anjos. Elas obviamente se mijaram de medo. E os anjos disseram: "Pra que tão procurando gente viva em túmulo? Tão ficando loucas é? Jesus tá vivo. Ele avisou lá na Galiléia o que ia rolar." Lucas 24
  • Esse tal de José era especial por que quando a dona Maria (sua noiva) apareceu dizendo que tava grávida do Espírito Santo, ele obviamente sentiu que isso cheirava a chifre. Mas sendo um cara legal pra caramba, resolveu terminar o noivado discretamente. Mas naquela noite um anjo apareceu no meio de um sonho e de maneira bem convincente o persuadiu a aceitar a missão de ser pai do filho de Deus, que se chamaria Jesus. Eita homem santo esse tal de José! O moleque que se chamaria Jesus, além de nascer de uma virgem (pra não desmentir a profecia), também viria pra salvar o povo das cagadas deles. José, cabra macho e obediente, não transou com a dona Maria até que nascesse o menino que o ultrassom celestial havia prometido. Mateus 1
  • Tendo nascido Jesus em Belém, enquanto Herodes era governador, vieram a Jerusalém uns mágicos do oriente. Seus nomes eram David Copperfield, David Blaine e Criss Angel. Tá, não sabemos o nome deles. Mas que foi legal a piada, foi! Mateus 2
  • Aí o Espírito Santo levou Jesus pra um rolê, no deserto. E lá ficou cheio de propostas indecorosas por parte do diabo. Jesus acabou 40 dias e noites sem comer nada, mesmo havendo muitos Habbibs por perto. Mateus 4
  • Insatisfeito com a resposta de Jesus, o diabo o levou pra cima do World Trade Center (na época as duas torres ainda existiam), propondo que ele fizesse base jump dali. Jesus retrucou suave como uma voadora no peito: Não tente fazer Deus de otário. Mateus 4
  • Por fim o diabo levou Jesus pra frente da TV e mostrou tudo que tem de bom nesse mundo (incluindo Bacon, a Megan Fox e cerveja), prometendo dar todas aquelas coisas em troca de Jesus adorar o capiroto. Como Jesus não era besta nem nada, respondeu que só a Deus devemos adorar, até por que ele é o criador do bacon, Megan Fox e cervejas. Só restou então ao diabo vazar com o rabinho entre as pernas. Imediatamente após o capiroto vazar, os anjos trouxeram uma caixa de esfirras do Habbibs e uma Coca Cola bem gelada. Mateus 4
  • Sorte de quem for xingado, cuspido, e denunciado como abusivo no Facebook por causa de defender as minhas coisas. Pulem de alegria, por que fizeram o mesmo com os meus trutas antes de vocês, homens que tinham o poder do Espírito Santo de soltar Hadouken. Mateus 5
  • Deus faz gente boa e gente ruim ganhar na Mega Sena. Ele é igualmente justo para com todos. Mateus 5
  • "Quem me aceita é como se estivesse aceitando o Pai. Também quem receber vocês como profetas, serão recompensados de maneira justa. Quem der ainda que um copo de Coca-Cola e uma bolacha de água e sal pra alguém que está encarregado da minha missão, pode ficar tranquilo que não vai faltar bolacha recheada no céu". Mateus 10
  • Terminando de contar todas estas histórias, Jesus foi lááááá pro final da Judéia, pra lá do rio Jordão (acho que Judas perdeu suas botas aí, surgindo a expressão "onde o Judas perdeu as botas"). Um monte de gente ia junto, tipo quando o Forest Gump resolveu correr. Jesus resolvia todos os problemas de saúde da galera, na maior facilidade. Mateus 19
  • E Jesus soltou o hadouken final: "Se você quer ser 'o cara', então vende tudo o que tem e dá pra quem não tem nada. Faz a diversão dos pobres, mano! Aí vem viver comigo, nessa nossa vida loka". Então o cara abaixou a cabeça e saiu de fininho, por que era rico pra caramba e sentiu pena de se livrar dos carros, videogames, da empresa e do apartamento no Guarujá. Mateus 19
  • E Jesus explicou: "Vocês que largaram tudo pra serem meus seguidores, vou garantir umas cadeiras estilosas no céu, pra julgarem as doze tribos de Israel. Quem deixou as coisas materiais ou a família por minha causa, vai receber cem vezes mais no céu (menos sogra, claro), além da vida eterna." Mateus 19
  • Saindo Jesus do prédio do templo, os seus seguidores começaram a pagar pau pro tamanho da construção. Era igual ao que a Universal tá construindo em Sampa, só que mais bonito. Aí Jesus disse: "Tão vendo isso tudo? Não vai sobrar nada!". Mateus 24
  • "Aí vocês verão o meu Bat-Sinal no céu. Todo mundo vai ver e se lamentar. Vão me ver chegando em cima das nuvens, soltando hadoukens (com todos os especiais possíveis) e lasers pelos olhos. Vai ser o maior espetáculo da Terra!" Mateus 24
  • Se você soubesse quando o ladrão ia entrar na sua casa, ficaria esperto e faria umas armadilhas (tipo Esqueceram de Mim). Mateus 24
  • E ele pirou o cabeção. E gritava: "JESUS, FILHO DE DAVI! DÁ MORAL PRA MIM!". Ele então mandou chamar o cego e perguntou o que queria. O cego respondeu: "Eu queria uma moto Dafra... PEGADINHA DO MALANDRO! Ô Jesus! Eu quero enxergar!". E Jesus disse: "Enxerga então manolo! A sua plena convicção a respeito de quem sou te salvou." Lucas 18
  • Por isso é sabido que obter o favor de Deus não depende do que queremos ou do que fazemos. Mas depende somente de Deus (onde está seu livre-arbítrio agora, heim? HÁÁÁÁÁÁÁÁÁ). Romanos 9
  • Mas vocês FIEL, são de Jesus Cristo. 1 Corinthians 1

4. Distorce o sentido do texto

Como já deve ter ficado claro, a versão "freestyle" não é a Palavra de Deus apenas com linguagem diferente. É uma versão feita em cima do texto bíblico, mas sem exatidão alguma quanto ao escrito inspirado por Deus. O próprio autor insiste em dizer que não é uma tradução. E não é mesmo porque o sentido dos textos, em sua maioria, não é o original. Veja apenas três exemplos disso:

MATEUS 1.1-17
Na Tradução Almeida Revista e Atualizada:
Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias; Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias; Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde; Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Matã; Matã, a Jacó. E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze.

Na "bíblia Freestyle"
Livro da geração de Jesus, o cara. Da descendência de Davi e também de Abraão. Depois de Abraão, muito sexo foi feito e muitas crianças nasceram por conta disso. Essas crianças cresceram, tornaram-se adultos e também fizeram mais sexo ainda. Até que quarenta e uma gerações se passaram e nasceu um cara muito jóia chamado José.

Onde está a distorção? No texto original o Espírito Santo escolheu cuidadosamente os personagens marcantes da genealogia de Cristo para nos ensinar algumas lições como, por exemplo, que o Messias descende de Abraão e Davi (v. 1-6), descende de uma linhagem de reis (v. 6-12) e de pessoas que não mereciam estar em uma genealogia messiânica, mas Deus as inseriu para mostrar sua graça e misericórdia. Estas pessoas são Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba e Judá.

A versão "freestyle" subtrai todo este ensino. Deus não colocou textos sem propósito nas Escrituras. Retirá-los é adulterar a Palavra de Deus.

MATEUS 5.13-16
Na Tradução Almeida Revista e Atualizada:
Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

Na "bíblia Freestyle"
Vocês são a vodka da caipirinha, mas se a vodka for vagabunda, como que alguém vai beber essa porcaria? Não serve pra mais nada, senão pra acender a churrasqueira. Vocês trazem capacidade de enxergar a verdade nesse mundo. Não dá pra esconder um gordo atrás da cortina. Seja referência! A luz de dentro da geladeira é legal, mas não tem muita serventia quando a porta tá fechada. Brilhem do lado de fora, pra ninguém trupicar no pé da cama.

Na época de Jesus o sal tinha muita importância na preservação dos alimentos. Quando se matava um animal para alimentação, a forma de não deixar a carne apodrecer era salgando-a toda. Não foi sem sentido, então, que Jesus chamou os discípulos de sal da terra, pois em um mundo de apodrecimento, eles são o diferencial da preservação. A outra figura usada por Jesus, a da luz, aponta para o testemunho do cristão por meio das suas obras que devem ser vistas por todos, para que glorifiquem a Deus. A paródia "freestyle" perdeu totalmente o sentido desta mensagem ao usar outros símbolos.

JOÃO 2.1-11
Na Tradução Almeida Revista e Atualizada:
Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram. Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.

Na "bíblia Freestyle"
Depois que passaram dois dias, Jesus e a sua mãe foram chamados para uma festa de casamento. Que diferente do tal “os noivos receberão os cumprimentos na igreja” resolveram dar uma big de uma festa com direito a poder levar os penetras. Pois é, igual aquela festa de igreja, acabou o vinho. A mãe de Jesus reclamou que o vinho acabou e pediu para Ele dar um jeito. Sabe como é, um milagre aqui outro ali que tal fazer o vinho brotar da água? Nessa Jesus responde pra mãe dele que não era hora dele sair do mocó. Mas sabe como é mãe, ela sempre tá disposta a mostrar foto feia, contar seus defeitos e mandar você fazer o negócio de qualquer jeito. A boa senhora manda o garçom cumprir exatamente o que o filho dela iria manda fazer. Rapaz, os caras juntaram um monte de barril de 120 litros, 120 litros malandro! Encheram de água e záz-tráz, virou vinho do porto. Aí o noivo que só tava pagando a conta, foi chamado pelo MC e ganhou um parabéns pela qualidade do vinho. Afinal, em festa com cunhando se serve primeiro patinho, picanha só no final, né não zezão?!


A versão "freestyle" joga fora o mais importante do texto: a presença dos discípulos. Jesus nunca fez um milagre sem propósito. Ele sempre tinha algo a ensinar. Por isso, os milagres são chamados de "sinais", porque apontam para um ensino. No caso do primeiro milagre, transformação da água em vinho, o objetivo era gerar fé no coração dos discípulos. Por isso o versículo 11 conclui o evento: "Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galileia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele." Aquele foi um milagre para os discípulos, por isso a multidão nem tomou conhecimento do ocorrido. Ao omitir isso, a versão "freestyle" corta o principal da mensagem, distorcendo o objetivo do ensino.

Conclusão
Concluo este texto dizendo que a "bíblia freestyle" é um equívoco. A linguagem é pecaminosa e blasfema. Por mais que o autor tenha tido boas intenções, deveria parar este trabalho e excluir o site. Não é linguagem apropriada para as coisas de Deus. Paulo instruiu a Tito dizendo: "No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tt 2.7,8) Não há reverência e linguagem irrepreensível na "freestyle".

Quanto ao argumento de que as pessoas estão gostando, ora, nestes dias confusos há pessoas para todos os gostos e crenças. Até figuras folclóricas como "Inri Cristo" têm seguidores. O critério não é aprovação popular, é aprovação divina. E, geralmente, o que é aprovado por Deus não é popular entre homens. Paulo mostra isso claramente: "Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e, sim, a Deus, que prova o nosso coração." (1Ts 2.3,4)

Quanto ao argumento de que não é uma bíblia para crentes, mas para os não-crentes marginalizados, ele não se sustenta. As igrejas evangélicas têm nos seus bancos ex-bandidos, ex-drogados, ex-homossexuais, ex-bêbados, ex-punks, analfabetos e semi-analfabetos e todos foram alcançados pela Graça divina, por meio da pregação e explicação da Bíblia. Deus nunca precisou de uma versão com palavrões para atingir a estas pessoas. Pensar que Deus precisa deste tipo de "ajuda" é limitar o seu poder, é não confiar no poderoso Evangelho descrito em Romanos 1.16.

Nós precisamos pregar o Evangelho sim, a toda a criatura, mas sem nos esquecermos que "as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus" (2Co 10.4). Confiemos nisso.

Leia também:
Palavrão? @#%*!!!! Como assim?! - Augustus Nicodemus
Palavrão – "só pra garantir esse refrão"? - Solano Portela
Crente boca suja - Sandro Baggio
Reflexão óbvia sobre os palavrões - Norma Braga






As Igrejas Históricas evangelizam?


Vamos tratar disso em dois pontos:

1. A humildade deve nos levar a aceitar críticas prontamente. Como não somos perfeitos, qualquer crítica deve ser assimilada com atenção, pois pode ser verdadeira ou, ao menos, ter um fundo de verdade. Quando irmãos criticam as igrejas históricas quanto à evangelização, fazemos bem em ouvir o que estão dizendo porque, nem nós, nem eles fazemos uma evangelização perfeita. Logo, todos temos campo para melhorar.

2. Assimilar a crítica do ponto 1, não significa admitir que as igrejas históricas não evangelizam. Muito longe disso! Presbiterianos, Congregacionais, Luteranos, Metodistas e Batistas estão há mais de um século evangelizando o Brasil. Incluo também as igrejas pentecostais históricas, como a Assembleia de Deus. Além das milhares de igrejas e conversões, ainda resta o enorme impacto no campo da educação e da ação social.

Quanto à Igreja Presbiteriana do Brasil, com 154 anos aqui, apenas o órgão central da Igreja (Supremo Concílio) investe cerca de 20 milhões de reais em missões e evangelização (54% do seu orçamento anual). Isso sem falar das mais de 6 mil igrejas que, individualmente, têm seus projetos evangelísticos locais. Fora do Brasil, só a nossa igreja sustenta hoje 145 missionários em 16 países. Investimento pesado em evangelização tem sido feito no Rio Grande do Sul, por exemplo, visando plantar algumas dezenas de igrejas nos próximos anos. Eu mesmo já estive lá, algumas vezes, em viagens missionárias com seminaristas de todo o país, evangelizando nas ruas, praças, de casa em casa e em escolas. E isso é apenas uma gota no oceano. Temos igrejas em São Paulo avançando no objetivo de plantar trabalhos em todas as cidades do Estado; no Nordeste o "Projeto Rumo ao Sertão" com mais de 30 igrejas organizadas nos últimos anos; Seminários Teológicos enfatizando cada vez mais a necessidade da evangelização e um número crescente de vocações missionárias entre os jovens de nossas igrejas.

Temos campo para melhorar? Com certeza. Mas ninguém ouse dizer que as igrejas históricas são omissas, pois não é verdade. Aliás, a grande maioria das denominações mais novas do país, com menos de 50 anos, saíram das igrejas históricas. Os líderes destas igrejas se converteram nas históricas e depois saíram. Cabe a estes, pelo menos, respeito e gratidão. Que Deus abençoe a sua Igreja em nosso país. E continuemos a evangelizar, sem esmorecer, até que nosso Senhor volte!

Para que não restem dúvidas, veja a interessante reportagem produzida pelo Jornal Nacional em 2009:








March 27, 2014

Os liberais são assim...


Os liberais que rastejam na Igreja possuem algumas características:

1°) Identificam-se como reformados;

2°) Não escrevem aquilo que pensam – fazer isso seria produzir provas contra si mesmos;

3°) Querem poder, mas não trabalho – se você quer encontrá-los, não procure onde o trabalho está sendo distribuído, mas onde há cargos importantes sendo votados;

4°) São mentirosos. Quando confrontados, negam;

5°) São covardes. Quando denunciados não assumem o que pensam – retiram vídeos do ar, apagam artigos da internet, excluem contas nas redes sociais;

6°) São parasitas. Mesmo discordando da doutrina e das resoluções da Igreja, vivem dela, sugando recursos e gerando crias;

7°) São infiéis. Na ordenação prometem lealdade aos Símbolos de Fé e à Constituição da Igreja e, no primeiro impasse, quebram as promessas.

Sobre estes escreveu Judas (12-16). Contra estes devemos lutar, para o bem da Igreja de Cristo.

January 26, 2014

A produção de teologia brasileira é pobre?


O site de notícias cristãs Gospel Prime publicou uma entrevista com Fernando Cintra, pastor batista, com o título: A produção de teologia brasileira é pobre. Como ideias devem ser discutidas e isso é saudável quando a abordagem é respeitosa, gostaria de contrapor as afirmações do pastor em sua entrevista. O texto dele está em vermelho e o meu em preto.

“a produção de teologia brasileira é pobre em todos os sentidos. Ainda estamos lendo em nossos seminários teólogos da década de 60 escritos por teólogos que já estão ultrapassados em suas conclusões”.

Parece que houve edição truncada no texto original, pois está confuso. A produção de teologia é algo diferente do que os alunos leem nos seminários. A produção de teologia é feita, basicamente, por meio das publicações dos teólogos, seja em livros ou em trabalhos acadêmicos. Já a leitura dos seminários depende da linha teológica de cada instituição.

Vamos, então, considerar que a crítica está endereçada ao que se lê nos seminários. O pastor diz que "ainda estamos lendo em nossos seminários teólogos da década de 60 escritos por teólogos que já estão ultrapassados em suas conclusões”. Faltou detalhamento na crítica. Quando o pastor diz "nossos seminários" ele está se referindo à sua denominação batista ou a todos os seminários do Brasil? A afirmação provocativa "produção de teologia brasileira" parece favorecer à segunda possibilidade. Se é isso, seria necessário que o autor declinasse mais dados. Será que ele tem conhecimento de tudo o que se lê em todos os seminários do Brasil? A que teólogos da década de 60 ele se refere? E quais conclusões estão ultrapassadas? Tudo isso fica no ar, sem respostas.

Entre as muitas questões polêmicas dentro das igrejas tradicionais está a ordenação feminina. Este mês a Ordem dos Pastores Batistas aprovou essa questão que divide a denominação. Para Fernando, a questão é simples: “Quando Deus começa uma obra ninguém pode segurar, mas Ele trabalha em nossa história… Nosso sistema congregacional é uma bênção, mas tem suas limitações e uma delas é que cada um pensa de um jeito”.

Não está claro se o pastor entrevistado é a favor ou contra a ordenação feminina. Quanto à decisão da Ordem dos Pastores Batistas, particularmente creio que houve erro. A ordenação feminina só prevalece diante da argumentação cultural. Denominações que têm pressupostos bíblicos não ordenam mulheres ao pastorado. O grande perigo (e que algumas igrejas ainda não perceberam) é que a mesma abertura que o argumento cultural dá à ordenação feminina, a saber "os tempos mudaram... hoje a mulher conquistou o seu lugar, etc...", já está sendo usado por igrejas norte-americanas e europeias para a ordenação de homossexuais ao ministério.

Para ele, parte da culpa é das editoras evangélicas do país. “Há muita coisa em termos de teologia bíblica evangélica brasileira, mas não há um parque gráfico operante. As editoras preferem traduzir livros de outros países. O que não acontece com a teologia brasileira católica”, acredita.

Texto confuso novamente. Se "há muita coisa em termos de teologia bíblica evangélica brasileira" como "as editoras preferem traduzir livros de outros países"? Afinal, as editoras estão publicando livros de autores nacionais ou não? Eu respondo: as editoras brasileiras têm feito as duas coisas. Há bastante produção estrangeira sendo traduzida, como também há um número crescente de autores nacionais sendo publicado. Quanto à afirmação de que "não há um parque gráfico operante" é bom esclarecer que parque gráfico diz respeito ao maquinário de impressão apenas, o final do processo. Quem produz livros não é a gráfica, mas a editora. A gráfica apenas imprime todo o processo que foi feito na editora.

Além disso, lembra que a maioria dos seminários brasileiros só ensinam sobre “os teólogos da primeira década do século XX e nem sabem os nomes dos teólogos brasileiros evangélicos e latinos”. Ou seja, de certa forma estamos “parados no tempo” ao longo das últimas décadas.

Novamente, a que teólogos (agora, da primeira década do século XX) ele se refere? E a acusação de que os seminários não sabem os nomes dos teólogos brasileiros e latinos é bastante imprudente. Os seminários da Igreja a que sirvo (Igreja Presbiteriana do Brasil) contemplam em sua grade curricular sete semestres de Teologia Sistemática, abordando os temas teológicos no decorrer da história da Igreja, e mais dois semestres contemplando a Teologia Contemporânea, isto é, o desenvolvimento teológico dos últimos séculos até as últimas décadas. Além disso, a crítica que se faz à teologia de tempos passados não é justa. Nem sempre a vanguarda das ideias é sinônimo de sabedoria. No início do século 20, por exemplo, o melhor caminho para as igrejas bíblicas não foi o embarcar na síntese entre Cristianismo e Iluminismo, com seus pressupostos racionalistas, mas retornar aos conceitos bíblicos e ancorar a fé nos seus fundamentos. Mais tarde, este movimento fundamentalista descaracterizou-se, mas seu início, com a publicação do "The Fundamentals" (12 volumes escritos por 64 teólogos ingleses e americanos e 3 milhões de cópias publicadas) deu um norte para as denominações reformadas, livrando-as do canto da sereia do liberalismo teológico. Se aquelas igrejas tivessem embarcado na "vanguarda teológica" teriam afundado.

Para as igrejas mais tradicionais isso teve um resultado claro: a perda de terreno para o movimento neopentecostal e a “explosão” de denominações como a Universal, a IMPD e outras. “Os tradicionais erraram em não falarem a língua do povo e nem de tratar o povo como indivíduos e não massa. O Deus imanente ficou muito mais visível pelos pentecostais e nas novas igrejas do que pelos tradicionais que não foram bons na divulgação”, assevera o pastor.

Essa análise é puramente pragmática. Atribui vitória ao movimento neopentecostal e fracasso ao protestantismo histórico. O pastor cita a Igreja Universal e a Igreja Mundial do Poder de Deus como exemplos de sucesso. Não é preciso muito para demonstrar o equívoco. As igrejas citadas estão longe da Palavra. Mercantilizaram a fé. Trouxeram de volta os comerciantes do templo, outrora expulsos pelo próprio Jesus. Pregam outro evangelho, humanista, triunfalista, materialista. Servem ao deus Mamon, não ao Deus verdadeiro. O crescimento destas igrejas não deve ser atribuído, de forma alguma, ao êxito na comunicação, como defende o pastor, mas à lei comercial de oferta e demanda: Para um povo doente e sem acesso à saúde, oferece-se cura. Para um povo carente de dinheiro, oferece-se prosperidade. Para um povo cheio de problemas e necessidades, joga-se a culpa nos demônios e resolve-se tudo com exorcismo. Com este tipo de relação, em que as pessoas sempre acham o que procuram, estas igrejas sempre estarão com seus bancos cheios. Mas isso está  bem longe da aprovação de Deus. O texto de Mateus 7.22 e 23 se aplica.

Sendo assim, constata-se que existe um dilema com o crescimento estatístico no número de evangélicos do Brasil: o número de seminários não acompanhou, prejudicando assim a formação de novos líderes para essas novas igrejas.

De fato, o número de seminários não acompanhou o crescimento numérico dos evangélicos. Mas é questionável se um número maior de seminários geraria mais líderes para estas igrejas, visto que a maioria delas não valoriza a formação teológica. Algumas denominações neopentecostais ordenam seus pastores com cursos rápidos, de poucos meses. Em muitos casos, vale mais o carisma pessoal do que os dons e talentos para o pastorado.

Concluo dizendo que, em minha opinião, a produção de literatura teológica no Brasil nunca esteve melhor. A despeito da existência de algumas vertentes equivocadas, o interesse pela teologia séria e bíblica está crescendo. Há pouco mais de 20 anos, quando comecei a estudar teologia, havia pouco material em português. Muita coisa era lida em espanhol, por meio da FELIRE, que nos beneficiava com livros reformados, ou em inglês mesmo. Hoje, além da boa literatura disponível, temos grandes conferências de teologia espalhadas por todo o país. Desta forma, nossa produção teológica não pode ser chamada de pobre...

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