Jesus disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim,
pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado” (Marcos 2:27- 28)
Assim como vimos em “Sobre o Ensino Referente
ao Sábado Eterno” (25), Jesus ensinou por essas palavras que ele é o Senhor
do verdadeiro sábado de descanso
que viria com a Sua obra, morte e ressurreição, e ao qual o seu povo teria acesso por meio da fé. Nós vimos que “sábado”
significa descanso, e que está escrito “Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele
descanso” (Hebreus 4:3). O crente tem em princípio o descanso de Deus agora em Cristo e de fato vive agora no descanso do sábado eterno de Deus, pois a lei do sábado foi cumprida em
Cristo.
Jesus também reivindicou autoridade sobre o descanso e sobre o sábado como um dia de adoração. Ele é Senhor. Ele declara o propósito
de Deus no dia do Sábado, que ele “foi
feito por causa do homem” (Marcos 2:27). Quando Deus entregou ao seu povo o mandamento “Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo” (Êxodo
20:8) e designou a eles um dia
regular para adoração, Ele estava
transmitindo ao seu povo Sua bênção: um dia de consagração santa em comunhão
com o seu Deus. Por meio desse dia, expresso
na lei, eles foram conduzidos pela
fé a Cristo e para a promessa da consumação da
Sua obra. Uma vez que essa obra consumada veio agora em Cristo, para o cristão, todo dia é o início
do descanso do sábado eterno no serviço de Deus em Cristo. A forma do sábado do sétimo dia do Antigo Testamento cessou. Guardá-lo é uma rejeição
da obra consumada da cruz e do verdadeiro descanso sabático em Cristo.
Isso significa que o princípio da adoração
pública regular a Deus ensinada na lei
cessou? Existem agora nove mandamentos ao invés de dez? A resposta é não. Quando Cristo cumpriu a lei, não
aboliu os seus princípios morais nem seus limites. Jesus expôs um exemplo de obediência
pelo fato de antes da Sua morte Ele ter sido encontrado na
sinagoga em adoração nos termos do sábado do Antigo Testamento. Após a Sua ressurreição Jesus definiu um padrão
para a comunhão com os seus discípulos
na
igreja do Novo Testamento sobre o primeiro dia da semana, através da Sua
ressurreição, através dos aparecimentos pós-ressurreição, e pelo
derramar do Seu Espírito no Dia do Senhor (Atos 2; Apocalipse 1:10). Por
estar em comunhão com Deus em Cristo na adoração regular do domingo, Cristo
possibilita ao seu povo viver toda a semana a partir da fé nas bênçãos do sábado eterno.
Portanto a Palavra de Deus diz com respeito a “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos”, que isso deve ocorrer de forma tal que “Não
deixemos de reunir-nos como
igreja, segundo o
costume de alguns,
mas
procuremos
encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima
o Dia” (Hebreus 10:23,25).
Negligenciar intencionalmente a adoração pública regular, a assembléia da
igreja tal como instituída por Cristo pela
pregação da Sua Palavra, é pecado. É o
caminho daqueles que andam
na incredulidade. É evidência de que é falsa a alegação de uma
pessoa que reivindica ser cristã. Não querer estar na igreja é não querer estar em
Cristo! Pela mesma razão,
o princípio moral
de que nós não devemos
seguir o nosso
prazer pessoal no dia da adoração (Isaías 58:13) permanece.
O primeiro dia da semana, domingo, como um dia
de adoração segundo o padrão
estabelecido por Cristo, está vinculado à igreja do Novo Testamento, como nos mostra o depoimento, a prática e o testemunho dos apóstolos em
obediência a Cristo. Nós lemos acerca da igreja de Trôade “No primeiro dia da semana reunimo-nos
para partir o pão, e Paulo falou ao povo” (Atos 20:7). O primeiro dia da semana
era o dia de adoração regular em Trôade. Tal como a
dádiva cristã, um ato de adoração pública, nós
lemos “No primeiro dia da semana,
cada um de vocês separe
uma quantia, de acordo com a
sua renda” (1 Coríntios 16:2). A igreja não decidiu o dia da adoração. O Senhor do sábado é que o fez. Você professa a
Cristo, o Senhor do sábado? Você procede a
adoração pública regular no domingo,
em obediência àquilo que Cristo mostrou?
Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 26.
Tradução: Marcelo Herberts
Fonte: Monergismo
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