Quando eu tinha 9 anos de idade,
em 1981, o primeiro McDonald’s de São Paulo chegou na Avenida Paulista. Foi um
evento! Naquela época não havia muitas opções de restaurantes. Na verdade, ir a
um restaurante era algo apenas para quem tinha muito dinheiro. Não havia também
a enormidade de shoppings centers que hoje temos no país, com suas grandes
praças de alimentação. Em São Paulo, em 1981, só havia dois shoppings. Bebida
também era algo de pouca opção: Refrigerantes, tubaína, Tang e algumas poucas marcas
de sucos.
Trinta e poucos anos depois e o universo
de comidas e bebidas ficou imenso. Você entra em uma praça de alimentação e tem
todo tipo de opções, para todos os tipos de paladares e bolsos. Você vai a um
hipermercado e encontra todo tipo de bebidas: de refrigerantes a bebidas
lácteas, chás, bebidas energéticas, etc...
Os programas de televisão que
envolvem gastronomia fazem muito sucesso e alguns alimentos triplicam de preço
quando acompanhados do nome “gourmet”. Por exemplo, brigadeiro gourmet, pipoca
gourmet e até tapioca gourmet...
A grande pergunta é: Por que o
mercado de comida e bebida evoluiu tanto? A resposta não é difícil. Alguém já
disse que quando uma sociedade se afasta dos prazeres do espírito, o que restam
são os prazeres da carne... Desde a época do profeta Isaías (Is 22.13),
passando pelo tempo do apóstolo Paulo (1Co 15.32) e chegando aos nossos dias, o
lema prático da maioria das pessoas é “comamos e bebamos porque amanhã
morreremos” ou, em outras palavras, aproveitemos os prazeres da mesa e da cama
enquanto há tempo. Neste sentido, o pensamento existencialista de Kierkegaard,
Sartre, Camus e outros continua vivo. Embora as pesquisas apontem um brasileiro
que crê em Deus, na prática, a situação é bem outra. A maioria das pessoas usa
a ideia de Deus apenas para satisfazer ao verdadeiro ídolo, o próprio ego, com
todos os seus prazeres materiais.
Aos que se identificam como
discípulos de Cristo vai o alerta: Não viva como aqueles que não temem a Deus.
Não coloque a mesa e a cama antes do Reino de Deus. Busque os prazeres do
espírito antes que os prazeres da carne.
Em dias comemorativos, de festas, infelizes são aqueles que estão correndo para preparar as comidas e
as sobremesas especiais, mas não estão preocupados com o alimento espiritual.
Nestas épocas os shoppings, os restaurantes e as casas ficam cheios, mas, as igrejas,
vazias... Volta ao primeiro amor, povo de Deus, antes que seja tarde.
Que sigamos o nosso Mestre Jesus ao ponto de
dizer com ele: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou...”
(Jo 4.34).
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