"Muitas
igrejas mudaram a natureza de elementos tradicionais do culto. Os dirigentes
leem textos muito mais curtos da Bíblia e passam muito menos tempo em oração. É
mais provável os sermões serem psicológicos em lugar de teológicos ou
expositivos. Como cuidar do estresse ou do tempo ou do dinheiro parece estar
entre as questões espirituais mais prementes da época. A Ceia do Senhor pode
ficar ou eliminada ou enfeitada de novidades cerimoniais e simbolismo.
Muitas igrejas
viram mudanças grandes na área da música. Dão muito mais tempo à música e fazem
uso de maior variedade de instrumentos e mais música especial, notadamente de
solistas e corais. O estilo da música também mudou em muitas igrejas. Música
clássica e os hinos tradicionais deram lugar a cânticos de louvor em estilos
que variam do rock ou pop ao country e sertanejo. Mais importante ainda, o
papel da música mudou para muitos. Enquanto que a música tradicional era parte
importante do diálogo entre Deus e seu povo, para muitos a música tornou-se a
alma do culto, até sendo chamada da parte de “Louvor e Adoração” do culto. A
música para alguns parece ter-se tornado um novo sacramento, transmitindo como
intermediário a presença e experiência de Deus, estabelecendo um elo místico
entre Deus e o adorador. Com os olhos fechados e as mãos no ar, os
participantes repetem frases simples que se tornam mantras cristãos.
Muitas
igrejas abandonaram a prática histórica de um ministro ordenado dirigir o
culto. Várias partes da liturgia são agora dirigidas por profissionais ou
membros da igreja. Em alguns lugares nenhuma parte do culto—nem sermão,
sacramentos, bênção—parece estar reservada para o ministro.
Há
igrejas que têm feito mudanças quanto ao horário do culto. Em muitos lugares o
culto de domingo à noite morreu. Mas sábado à noite apareceu como novo horário
de culto para os ocupados, que guardam o domingo para trabalho ou recreação. Algumas
igrejas dão muito maior atenção aos dias “santos” do ano eclesiástico. O Natal
recebe pelo menos um mês de preparação em muitas igrejas (bem como no
comércio). Mas, estranhamente, muitas vezes não se fazem cultos no próprio Dia
de Natal."
W.
Robert Godfrey, no livro “Reforma Hoje”, da Editora Cultura Cristã, p. 159
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