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January 19, 2016

Sobre o Ensino Referente à Adoração Regular no Domingo - Thomas Miersma



Jesus disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado” (Marcos 2:27- 28)


Assim como vimos em “Sobre o Ensino Referente ao Sábado Eterno” (25), Jesus ensinou por essas palavras que ele é o Senhor do verdadeiro sábado de descanso que viria com a Sua obra, morte e ressurreição, e ao qual o seu povo teria acesso por meio da fé. Nós vimos que “sábado” significa descanso, e que está escrito “Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso” (Hebreus 4:3). O crente tem em princípio o descanso de Deus agora em Cristo e de fato vive agora no descanso do sábado eterno de Deus, pois a lei do sábado foi cumprida em Cristo.

Jesus também reivindicou autoridade sobre o descanso e sobre o sábado como um dia de adoração. Ele é Senhor. Ele declara o propósito de Deus no dia do Sábado, que ele “foi feito por causa do homem” (Marcos 2:27). Quando Deus entregou ao seu povo o mandamento “Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo” (Êxodo 20:8) e designou a eles um dia regular para adoração, Ele estava transmitindo ao seu povo Sua bênção: um dia de consagração santa em comunhão com o seu Deus. Por meio desse dia, expresso na lei, eles foram conduzidos pela fé a Cristo e para a promessa da consumação da Sua obra. Uma vez que essa obra consumada veio agora em Cristo, para o cristão, todo dia é o início do descanso do sábado eterno no serviço de Deus em Cristo. A forma do sábado do sétimo dia do Antigo Testamento cessou. Guardá-lo é uma rejeição da obra consumada da cruz e do verdadeiro descanso sabático em Cristo.

Isso significa que o princípio da adoração pública regular a Deus ensinada  na lei cessou? Existem agora nove mandamentos ao invés de dez? A resposta é não. Quando Cristo cumpriu a lei, não aboliu os seus princípios morais nem seus limites. Jesus expôs um exemplo de obediência pelo fato de antes da Sua morte Ele ter sido encontrado na sinagoga em adoração nos termos do sábado do Antigo Testamento. Após a Sua ressurreição Jesus definiu um padrão para a comunhão com os seus discípulos na igreja do Novo Testamento sobre o primeiro dia da semana, através da Sua ressurreição, através dos aparecimentos pós-ressurreição, e pelo derramar do Seu Espírito no Dia do Senhor (Atos 2; Apocalipse 1:10). Por estar em comunhão com Deus em Cristo na adoração regular do domingo, Cristo possibilita ao seu povo viver toda a semana a partir da fé nas bênçãos do sábado eterno.

Portanto a Palavra de Deus diz com respeito a “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos”, que isso deve ocorrer de forma tal que “Não deixemos de reunir-nos como  igreja,  segundo  o  costume  de  alguns,  mas  procuremos  encorajar-nos  uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10:23,25). Negligenciar intencionalmente a adoração pública regular, a assembléia da igreja tal como instituída por Cristo pela pregação da Sua Palavra, é pecado. É o caminho daqueles que andam na incredulidade. É evidência de que é falsa a alegação de uma pessoa que reivindica ser cristã. Não querer estar na igreja é não querer estar em Cristo! Pela mesma razão, o princípio moral de que nós não devemos seguir o nosso prazer pessoal no dia da adoração (Isaías 58:13) permanece.

O primeiro dia da semana, domingo, como um dia de adoração segundo o padrão estabelecido por Cristo, está vinculado à igreja do Novo Testamento, como nos mostra o depoimento, a prática e o testemunho dos apóstolos em obediência a Cristo. Nós lemos acerca da igreja de Trôade “No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo” (Atos 20:7). O primeiro dia da semana era o dia de adoração regular em Trôade. Tal como a dádiva cristã, um ato de adoração pública, nós lemos “No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda” (1 Coríntios 16:2). A igreja não decidiu o dia da adoração. O Senhor do sábado é que o fez. Você professa a Cristo, o Senhor do sábado? Você procede a adoração pública regular no domingo, em obediência àquilo que Cristo mostrou?
   
Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 26.
Tradução: Marcelo Herberts
Fonte: Monergismo

O Domingo Puritano é assim tão estrito? - Brian Schwertley


Muitas pessoas argumentam que a visão do domingo cristão apresentada na Confissão de Fé e nos Catecismos de Westminster é demasiadamente estrita. O ensino de que todas as nossas atividades, conversas e pensamentos durante todo o dia (exceto em casos de misericórdia e necessidade) devem ser focadas em Deus, Sua Palavra e obras é considerado uma perversão puritana do domingo. A idéia de que o dia inteiro deve ser gasto em exercícios espirituais e devoção é considerada irreal, impossível, extremada e por demais estrita. Assim, muitos nas comunidades reformadas estão amenizando os padrões do quarto mandamento a fim de torná-lo mais fácil de ser observado pelos cristãos professos. Esse pensamento e rebaixamento do sabbath cristão estão errados por uma série de razões.

Primeiro, os altos padrões para santificação do domingo expostos pelos Puritanos e presbiterianos até antes do século XX são simplesmente reflexões sobre o que a Bíblia ensina a respeito do quarto mandamento. Um estudo das obras Puritanas e presbiterianas sobre o dia de descanso (até antes da infiltração do modernismo e dispensacionalismo) revela uma incrível uniformidade de pensamento sobre o assunto. O ensino dos Padrões de Westminster sobre o domingo foi obtido através de cuidadosa exegese da Escritura; tal exegese é sã e ainda não foi refutada.

Segundo, a idéia (comum em nossos dias) de que a visão Puritana do domingo deve estar errada porque é muito difícil de ser cumprida poderia ser facilmente aplicada a qualquer dos mandamentos de Deus. Por exemplo, o sétimo mandamento requer pureza sexual em pensamento, palavra e ação. Alguém que alimente pensamento impuro — ainda que brevemente — é culpado de quebrar este mandamento. O fato de que é impossível guardar completamente o sétimo mandamento exceto no céu (por causa da nossa velha natureza) não torna nenhum homem livre para redefinir as exigências do mandamento a fim de tornar fácil sua obediência perfeita. Não era exatamente isto que faziam os fariseus? Eles não externavam os mandamentos em razão da impossibilidade de perfeita obediência interior. O melhor caminho para os cristãos que almejam santificar o domingo não é rebaixar os padrões do dia de descanso para atender a nossos desejos pecaminosos e egocêntricos, mas, ao invés disto, melhorar nosso comportamento e continuamente examinar a nós mesmos à luz da perfeita lei de Deus.

Em muitas igrejas reformadas há uma rejeição proposital da idéia de se considerar de forma específica as exigências do quarto mandamento. Isto é geralmente o resultado de dois sérios problemas dentro da liderança da igreja. O primeiro é a hipocrisia: estão sendo ordenados ao ministério homens que não sustentam o ensino estrito do domingo expresso nos Padrões de Westminster. O segundo é a covardia: os pastores evitam as especificidades e deixam cada membro da igreja decidir por si o que significa a guarda do domingo. Como seriam a igreja e a sociedade se cada um pudesse definir por si o que significam fornicação, roubo, assassinato ou cobiça? É de espantar que vivamos um tempo de grande profanação do dia do Senhor?

Tradução: Márcio Santana Sobrinho
The Christian Sabbath: Examined, Proved, Applied
Fonte: Monergismo

O Quarto Mandamento - Solano Portela


O dia de descanso foi instituído por Deus e não pelo homem. O mandamento tem grande importância na Palavra de Deus. Bênçãos ocorreram, por sua guarda, e castigos severos, por sua quebra. Isso deveria provocar a nossa reflexão sobre a aplicação dos princípios bíblicos relacionados com o quarto mandamento nos dias atuais, discernindo, em paralelo, a mudança para o domingo, na era cristã. O povo de Deus sempre foi muito rebelde e desobediente com relação a essa determinação, e necessita convencimento da importância do mandamento, bem como entendimento da visão neo-testamentária, para a conseqüente modificação do seu comportamento atual.

O quarto mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Dt 5.12-15). Os israelitas foram levados em cativeiro (Jr 17.19-27) por haver repetidamente desrespeitado este mandamento.

Gostaríamos de examinar as bases desse conceito de descanso e santificação e de ir até o Novo Testamento verificar como os cristãos primitivos guardavam o dia do Senhor.

Não podemos, simplesmente, ignorar esse mandamento. Como povo resgatado por Deus, temos a responsabilidade de discernir como aplicar essa diretriz divina nas nossas vidas e nas de nossas famílias. Por outro lado, nessa procura, não devemos buscar tais diretrizes nos detalhamentos das leis religiosas ou civis de Israel, que dizem respeito ao sábado. Essas leis eram temporais. Ao estudar o sábado, muitos têm se confundido com os preceitos da lei cerimonial e judicial e terminado com uma série de preceitos contemporâneos que se constituem apenas em um legalismo anacrônico, destrutivo e ditatorial. Devemos estudar este mandamento procurando discernir os princípios da lei moral de Deus. Com esse objetivo em mente, vamos realizar nosso estudo com a oração de que Deus seja glorificado em nossa vida e por nosso testemunho.

1. Um dia de descanso
Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – "Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida "sábado", é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso para o santificar".

Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). A igreja fiel tem entendido a questão da mesma maneira, ou seja: não é a especificação "do sétimo", que está envolvida no mandamento, mas o princípio do descanso e santificação.

Já enfatizamos que essa questão de um dia especial de descanso, de parada de nossas atividades diárias, de santificação ao Senhor, foi considerada tão importante por Deus que ele decidiu registrar esse requerimento em sua lei moral, nos dez mandamentos. Com certeza já ouvimos alguém dizer: "...não existe um dia especial, pois todo o dia é dia do Senhor...". Essa afirmação é, num certo sentido, verdadeira – tudo é do Senhor. Mas sempre tudo foi do Senhor, desde a criação e mesmo tudo sendo dele, ele definiu designar um dia separado e santificado. Dizer que todos os dias são do Senhor, como argumento para não separar um dia especial e específico, pode parecer um argumento piedoso e religioso, mas não esclarece a questão nem auxilia a Igreja de Cristo na aplicação contemporânea do mandamento. Na realidade, isso confunde bastante os crentes e transforma o quarto mandamento, que é uma proposição clara e objetiva e que integra a Lei Moral de Deus, em um conceito nebuloso e subjetivo, dependente da interpretação individual de cada pessoa.

Não devemos procurar modificar e "melhorar" aquilo que o próprio Deus especifica para o nosso benefício e crescimento. Deus coloca objetivamente – da mesma forma que ele nos indica a sua pessoa como o objeto correto de adoração; da mesma forma que ele nos leva a honrar os nossos pais; da mesma forma que ele nos ensina o erro de roubar, o erro de matar, o erro de adulterar – que é seu desejo que venhamos a separar para ele um dia específico, dos demais (Is 58.3).

2. Um dia santificado

Devemos notar que o requerimento é que nós nos lembremos do dia de descanso, para o santificarmos. Santificar significa separar para um fim específico. Isso quer dizer que além do descanso e parada de nossa rotina diária, Deus quer a dedicação desse dia para si. Nessa separação, o envolvimento de nossas pessoas em atividades de adoração, ensino e aprendizado da Palavra de Deus, é legítimo e desejável. A freqüência aos trabalhos da igreja e às atividades de culto, nesse dia, não é uma questão opcional, mas obrigatória aos servos de Deus. O Salmo 92, que é de adoração a Deus, tem o título em hebraico – "para o dia de descanso".

3. Uma instituição permanente

Uma expressão, do quarto mandamento, nos chama a atenção. É que ele inicia com "Lembra-te...". Isso significa que a questão do dia de descanso transcende a lei mosaica, isto é: a instituição estava em evidência antes da lei de Moisés. Semelhantemente, estando enraizado na lei moral, permanece, como princípio, na Nova Aliança. Vemos isso, por exemplo, no incidente bíblico da dádiva do Maná. Deus requerendo o descanso e cessação de trabalho durante a peregrinação no deserto, quando ele alimentava o seu povo com o Maná, antes da dádiva dos dez mandamentos. Estes seriam recebidos somente por Moisés no monte Sinai (veja, especificamente, Ex 16.29, 30).

4. Paulo faz um culto de louvor e adoração, no domingo, em Trôade
Paulo nos deixou, além das prescrições de suas cartas, um exemplo pessoal – reuniu-se com os crentes no domingo (At 20.6-12), na cidade de Trôade, na Ásia Menor. O versículo 6 diz que a permanência, naquele lugar, foi de apenas uma semana. Lucas, o narrador que estava com Paulo, registra, no v. 7: "... no primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão...". Ele nos deixa a nítida impressão de que aquela reunião não era esporádica, aleatória, mas sim a prática sistemática dos cristãos – reunião periódica no primeiro dia da semana, conjugada com a observância da santa ceia do Senhor. Estamos há apenas 15 a 20 anos da morte de Cristo, mas a guarda do domingo já estava enraizada no cristianismo.

Paulo pronunciou um longo discurso, naquela noite. À meia noite, um jovem, vencido pelo cansaço, adormece e cai de uma janela do terceiro andar, vindo a falecer (v. 9). Deus opera um milagre através de Paulo e o jovem volta à vida (v. 10). Paulo continuou pregando, naquele local até o alvorecer (v. 11).

5. O entendimento da Reforma sobre o dia de descanso

A Confissão de Fé de Westminster captura o entendimento da teologia reformada sobre o dia de descanso ordenado por Deus. Nela não encontramos desprezo pelas diretrizes divinas, nem uma visão diluída da lei de Deus, mas um intenso desejo de aplicar as diretrizes divinas às nossas situações. O quarto mandamento tem uma consideração semelhante aos demais registrados em Ex 20, todos aplicáveis aos nossos dias. Nas seções VII e VIII, do capítulo 21, sob o título – "Do Culto Religioso e do Domingo" lemos o seguinte:

"Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também, em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último dia da semana; e desde a ressurreição de Cristo já foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado de domingo, ou Dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.

Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia."

6. O Quarto Mandamento Hoje – Qual o nosso conceito do domingo?

É necessário que tenhamos a convicção de que o chamado à adoração, o desejo de estar cultuando ao Senhor, e o descansar de nossas atividades diárias, por intermédio de um envolvimento com as atividades da igreja, encontra base e respaldo bíblico. É mais do que uma questão de costumes, do que uma posição opcional. É algo tão importante que faz parte da lei moral de Deus.

Normalmente nos perdemos em discussões inúteis sobre detalhes, procurando prescrever a outros uma postura de guarda do quarto mandamento conforme nossas convicções, ou falta delas. Assumimos uma atitude condenatória, procurando impor regras detalhadas e, muitas vezes, seguindo restrições da lei cerimonial, em vez do espírito da lei moral. Antes de nos perdermos no debate dos detalhes, estamos nos aprofundando no princípio? Temos a postura de tornar realmente o domingo um dia diferente, santificado, dedicado ao Senhor e à nossa restauração física?



Apêndice: Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?

Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:

1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.

2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:
• Jesus ressuscitou (Jo 20.1)
• Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)
• Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)
• O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.
• Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).
• Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).
• Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).

3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.

4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro.

Para um estudo mais detalhado do assunto, sugerimos o livro de J. K. VanBaalen, O Caos das Seitas. 

Fonte: Monergismo

January 14, 2016

Podemos usar imagens de Jesus?



Muito embora esta questão tenha sido amplamente discutida na história da Igreja Cristã e registrada em Confissões de Fé reformadas, ela ainda gera polêmica em nossos dias. Pensando nisso, posto abaixo uma série de citações de autores reformados que, creio, ajudarão o leitor a entender a questão e firmar posição sobre o assunto (devo algumas destas citações ao Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima)

Catecismo Maior de Westminster, pergunta 109
“Quais são os pecados proibidos no segundo mandamento? Resposta: Os pecados proibidos no segundo mandamento são: o estabelecer, aconselhar, mandar, usar e aprovar de qualquer maneira qualquer culto religioso não instituído por Deus; fazer qualquer imagem de Deus, de todas ou de qualquer das três Pessoas, quer interiormente no espírito, quer exteriormente em qualquer forma de imagem ou semelhança de alguma criatura...”

Catecismo de Heidelberg, perguntas 96, 97 e 98.

96. O que Deus exige no segundo mandamento?

R. Não podemos, de maneira alguma, representar Deus por imagem ou figura. Devemos adorá-Lo somente da maneira que Ele ordenou em sua palavra.

97. Não se pode fazer imagem alguma?

R. Não se pode nem deve fazer nenhuma imagem de Deus. As criaturas podem ser representadas, mas Deus nos proíbe fazer ou ter imagens delas para adorá-las ou para servir a Deus por meio delas.

98. Mas não podem ser toleradas as imagens nas igrejas como ‘livros para ignorantes’?

R. Não, porque não devemos ser mais sábios do que Deus. Ele não quer ensinar a seu povo por meio de ídolos mudos, mas pela pregação viva de sua Palavra.

Thomas Watson
"Uma vez que não é legal fazer uma imagem de Deus, o Pai, podemos, então, fazer uma imagem de Cristo, visto que ele tomou sobre si a natureza do homem? Não! Epiphanius, vendo uma imagem de Cristo na igreja, quebrou-a em pedaços! É a divindade de Cristo unida à sua humanidade, que faz com que ele seja o Cristo. Portanto, retratar a sua humanidade quando não conseguimos retratar sua divindade é pecado, pois o reduzimos a meio-Cristo – separamos o que Deus uniu, deixamos de fora a principal coisa que o faz ser Cristo". (The Ten Commandments. Carlisle, PA: The Banner of Truth Trust, 2009. p. 62.)

Albert Mohler
"Assim, Cristo está no segundo mandamento; então, o Cristo cumpre o segundo mandamento, pois ele, a imagem do invisível Deus, é o ícone sobre quem ponderamos. No entanto, mesmo como ícone, Jesus Cristo não é uma imagem visual para nós - ele é muito mais que isso. Desse modo, o mandamento é também para nós, para que não transformemos nossa adoração a Cristo em outra forma de idolatria. Pregamos o Cristo crucificado. Apontamos para o Cristo em sua glória. Pregamos a cruz. Ensinamos e pregamos todas as coisas referentes a Cristo. E usamos PALAVRAS". (R. Albert Mohler, Jr. Palavras do Fogo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p. 49)

Edmund Clowney
"O culto cristão é celestial, e, embora Jesus tenha um corpo real, com um rosto real e características físicas distintas, as representações de seu corpo físico não devem ser o foco da nossa adoração. Nós oramos ao Jesus real, onde ele está agora. Nós alcançamos o coração das crianças não por oferecer-lhes lápis de cor para que desenhem Jesus, mas por mostrar-lhes como falar com ele. Ele é real, e não é uma imagem". (How Jesus Transforms the Ten Commandments. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2007. p. 32.)

Wilhelmus à Brakel
"Ao contrário, declaramos que fazer imagens da Trindade é expressamente proibido. Não conhecemos a natureza espiritual dos anjos nem a verdadeira aparência física de Cristo e dos apóstolos. Assim, as imagens feitas deles são sem semelhança, e é vaidade fazer uma imagem e dizer: Isso é Cristo, isso é Maria, isso é Pedro, e etc. E mesmo que tivéssemos suas imagens verdadeiras, não poderíamos adorar, honrar, nem nos envolvermos em qualquer atividade religiosa em relação a elas". (The Christian's Reasonable Service. Vol. 3. Grand Rapids, MI: Reformation Heritage Books, 2007. p. 109.)

Johannes Geerhardus Vos

"2. É errado fazer pinturas ou quadros de nosso Salvador Jesus Cristo?

De acordo com o Catecismo Maior isso, com certeza, é errado, pois ele interpreta que o segundo mandamento proíbe a feitura de qualquer representação de qualquer uma das três pessoas da Trindade, o que certamente inclui Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade, Deus Filho. Como as figuras de Jesus são extremamente comuns nos dias de hoje, devemos entender que nos círculos calvinistas esse é um desenvolvimento relativamente moderno. Nossos ancestrais dos dias da Reforma, e nos 300 anos após ela, abstiveram-se com extremo cuidado e precisão, de sancionar ou de utilizar quadros de Jesus Cristo. Tais figuras são tão comuns hoje, e tão poucos fazem conscienciosa objeção a elas que é praticamente impossível se obter quaisquer recursos de ajuda para a Escola Dominical ou material de histórias bíblicas para crianças que estejam livres dessas figuras. A Sociedade Bíblica Americana (The American Bible Society) merece ser elogiada pela decisão de não deixar mostrar a figura do Salvador nos filmes produzidos por ela" (Catecismo Maior de Westminster Comentado. São Paulo: Os Puritanos, 2007. p. 344.)

"4. Desde que não sejam adoradas nem utilizadas como 'auxílio à adoração', não seriam legítimas as representações de Jesus? Conforme a interpretação da Assembleia de Westminster, o segundo mandamento certamente proíbe toda a representação de qualquer uma das Pessoas da Trindade, em consonância coerente com a verdade ensinada nos Padrões de Westminster de que Cristo é uma Pessoa Divina com uma natureza humana trazida à união com Ele mesmo, e não uma pessoa humana; isso implica que seria errado fazer representações de Jesus Cristo sob qualquer pretexto. É claro que há uma diferença entre utilizar figuras de Jesus para ilustrar lições ou livros de histórias bíblicas para crianças e usar figuras de Jesus na adoração, como fazem os Católicos Romanos. É óbvio que a primeira situação não é um mal da mesma classe dessa última, entretanto, apesar dessa diferença, há bons motivos para se afirmar que os nossos ancestrais da Reforma estavam certos ao se oporem a toda representação pictórica do Salvador. Deveríamos compreender que a popularidade de uma certa prática - até mesmo daquelas quase impossíveis de serem contestadas - não prova que ela seja correta. Para se provar que uma prática é certa temos de demonstrar que ela se harmoniza com os mandamentos e os princípios revelados na Palavra de Deus; a mera demonstração de que uma prática é comum, é útil ou parece dar bons resultados não prova que seja certa" (Catecismo Maior de Westminster Comentado. pp. 345-346.)

Marcellus Kik
"Sem dúvida, se eu afirmar que o uso de imagens de Cristo não é bíblico, que não conta com a aprovação de Deus, que é pecaminoso, e que é uma quebra do segundo mandamento - serei considerado como um fanático, um reacionário, e talvez não muito normal. Mas, por favor, antes que você tenha tais pensamentos desagradáveis, ouça-me. Se nós somos cristãos o nosso serviço e culto são regulados pela Palavra de Deus. A Bíblia é o nosso infalível guia na fé e no culto". (Pictures of Christ. p. 1)

João Calvino
“Patrístico era quem afirmou ser horrenda abominação ver-se pintada em templos de cristãos a imagem, seja de Cristo, seja de qualquer santo. Tampouco foi isto pronunciado pela voz de um único homem, mas até decretado por um concílio eclesiástico: que não se pinte em paredes o que se adora. Muito longe está de que se contenham dentro destes limites, quando não deixam  sequer um canto vazio de imagens.” (Institutas, Livro I, carta ao rei).

“E assim na lei, após haver arrogado unicamente para si a glória da Deidade, quando visa a ensinar que gênero de adoração aprova, ou repudia, Deus acrescenta de imediato: ‘Não farás para ti imagem esculpida, nem qualquer semelhança” [Ex 20.4], palavras com as quais nos coíbe o desenfreamento, para que não tentemos representá-lo por meio de qualquer figura visível. E enumera, de maneira sucinta, todas as formas mediante as quais, já desde outrora, a superstição começara a converter sua verdade em mentira.” (Institutas, I.11.1)

“Isso pode ser facilmente inferido das razões que ele anexa à sua proibição. Primeiramente, através de Moisés [Dt 4.15]: “Lembra-te do que o Senhor te falou no vale do Horebe: ouviste uma voz, porém corpo não viste; guarda-te, portanto, a ti mesmo, para que não aconteça que, se fores enganado, para ti faças qualquer representação” etc. Vemos como Deus opõe abertamente sua voz a todas as representações, para que saibamos que, todos quantos buscam para ele formas visíveis, dele se apartam.” (Institutas I.11.2)

“Deve-se notar, porém, que não se proíbe menos uma gravura do que uma imagem escupida, com o quê se refuta a improcedente ressalva dos gregos. Pois pensam que se portam esplendidamente, se não fazem representações esculturais de Deus, enquanto se esbaldam em gravuras mais desabridamente que quaisquer outros povos. O Senhor, entretanto, proíbe não apenas que lhe seja talhada imagem por estatuário, mas ainda que lhe seja modelada representação por qualquer sorte de artífice, porquanto é, com isso, afeiçoado em moldes inteiramente falsos e com grave insulto de sua majestade.” (Institutas I.11.4)

“Certamente conheço muito bem este popular e vulgar refrão: As imagens são os livros dos iletrados. Isso foi dito por Gregório. Entretanto, de maneira muito diferente fala o Espírito de Deus, em cuja escola, se Gregório houvesse sido instruído nesta matéria, jamais haveria de ter assim falado.” (Institutas I.11.5)

“Se alguém objeta, dizendo que aqueles que abusavam das imagens para ímpia superstição eram repreendidos pelos profetas, sem dúvida o admito. Acrescento, porém, o que é notório a todos, que eles condenam plenamente o que os papistas assumem como infalível axioma: que as imagens fazem as vezes de livros. Pois os profetas opõem as imagens ao Deus verdadeiro, como coisas contrárias e que jamais podem ser conciliadas.” (Institutas I.11.5)

“Nestas porções que há pouco citei, afirmo-o, infere-se esta conclusão: uma vez que o Deus verdadeiro a quem os judeus adoravam é um e único, pervertida e enganosamente se inventam figuras visíveis para que representem a Deus e miseravelmente iludidos se quedam todos os que daí buscam conhecimento.” (Institutas I.11.5)

“Leia-se, ademais, o que acerca desta matéria escreveram Lactâncio e Eusébio, que não hesitaram em tomar axiomaticamente que todos esses de quem se vêem imagens foram seres mortais. O que Agostinho expressou não foi outra coisa, o qual declara taxativamente que é abominável não só adorar imagens, mas também o erigi-las a Deus. Contudo, tampouco ele está dizendo outra coisa senão o que havia sido decretado, muitos anos antes, no Concílio de Elvira, do qual este é o cânon trinta e seis: “Resolveu-se que não se tenham nos templos representações pictoriais, como também não se pinte em suas paredes o que se cultua ou adora.”” (Institutas I.11.6)

“Se Varrão dissesse apenas isso, talvez pouco tivesse de autoridade; contudo, com razão nos deveria causar vergonha que um pagão, como que a tatear nas trevas, tenha chegado a esta luz, isto é, que as imagens corpóreas são indignas da majestade de Deus porque diminuem nos homens o temor e aumentam o erro.” (Institutas I.11.6)

“Portanto, quem quer que deseje ser corretamente ensinado, aprenda de outra fonte, a saber, o que de Deus se pode conhecer não deve ser através de imagens.” (Institutas I.11.6)

“Portanto, se os papistas possuem algo de pejo, que doravante não façam uso deste subterfúgio: que as imagens são os livros dos iletrados, o que está refutado tão escancaradamente por numerosos testemunhos da Escritura.” (Institutas I.11.7)

J.I. Packer
“Essa afirmação categórica proíbe não apenas o uso de figuras e estátuas representando Deus como animal, mas também o uso de figuras e imagens que o representam como a mais elevada criatura que conhecemos — o homem. Proíbe também o uso de figuras e imagens de Jesus Cristo como homem, embora o próprio Jesus tenha sido e permaneça homem. Toda figura ou imagem é necessariamente produzida à "semelhança" do homem ideal, como o imaginamos, e portanto está sob a proibição imposta pelo mandamento.” (O Conhecimento de Deus, p. 38)

“Ao longo da história, os cristãos têm divergido a respeito da proibição do segundo mandamento, de vetar o uso de figuras de Jesus com propósitos didáticos e instrutivos (por exemplo, na escola dominical). Embora a questão não seja fácil de resolver, não há dúvida de que o segundo mandamento nos obriga a dissociar a adoração tanto pública como particular de qualquer figura ou estátua de Jesus, como de qualquer representação de seu Pai. Neste caso, que razão há afinal para essa proibição tão ampla? Pela ênfase dada ao próprio mandamento com as assustadoras sanções ligadas a ele (proclamando o zelo de Deus, punindo com severidade os transgressores), supõe-se que deve ser de importância crucial. Mas será realmente? A resposta é sim. A Bíblia mostra que a glória de Deus e o bem espiritual do homem estão diretamente ligados ao mandamento.” (O Conhecimento de Deus, p. 38)

“O ponto aqui não é apenas que a imagem representa Deus com corpo e membros, o que na realidade ele não tem. Se fosse apenas esta a base da objeção às imagens, as representações de Cristo não seriam erradas, mas a realidade é muito mais profunda. O cerne da objeção às figuras e imagens está no fato de ocultar inevitável e quase totalmente a verdade sobre a natureza pessoal e o caráter do Ser divino representado. Para ilustrar: Aarão fez um bezerro de ouro (isto é, a imagem de um boi). Com a intenção de manter um símbolo visível de Jeová, o Deus poderoso que havia tirado Israel do Egito. Não há dúvida de que a intenção era honrar a Deus, criando um símbolo de sua grande força. Entretanto não é difícil ver que esse símbolo é um insulto a Deus, pois que idéia de seu caráter moral, justiça, bondade e paciência poderia ser depreendida da observação de sua imagem retratada por um boi? A imagem de Aarão escondeu a glória de Jeová. De modo semelhante, as impressões exteriores geradas pelo crucifixo obscurecem a glória de Cristo, pois ofuscam sua divindade, a vitória na cruz e a realidade do Reino. Ele aponta apenas a fraqueza humana, porém esconde sua força divina; representa a exatidão da dor, mas não mostra a realidade de sua alegria e força. Em ambos os casos o símbolo perde valor pelo que deixa de transmitir. O mesmo acontece com as outras representações visuais da divindade.” (O Conhecimento de Deus, p. 39)

“A ideia é clara. Deus não lhes apresentou nenhum símbolo visível de si mesmo, mas falou com eles; portanto, agora eles não deveriam procurar símbolos visíveis de Deus, mas simplesmente obedecer a sua Palavra. Caso se diga que Moisés estava com medo de que os israelitas tomassem emprestados modelos de imagens das nações idólatras a sua volta, nossa resposta é sem dúvida positiva. Este é exatamente o ponto: todas as imagens de Deus feitas pelos homens, sejam esculpidas ou mentais, são realmente emprestadas do mundo ímpio e pecador, e com certeza não estão de acordo com a santa Palavra do próprio Deus. Fazer uma imagem dele é buscar inspiração em recursos humanos e não em Deus; este é realmente o erro da produção de imagens.”  (O Conhecimento de Deus, p. 42)

“A arte simbólica pode servir à adoração sob várias formas, mas o segundo mandamento proíbe todas as representações da imagem de Deus. Se pinturas, desenhos e estátuas de Jesus — o Filho encarnado — sempre foram considerados símbolos da perfeição humana pelas culturas que os produziram (pele branca para os anglo-saxões, pele negra para os africanos e pele amarela para os asiáticos ou o que quer que seja), em vez da aparência real de Jesus, não haveria problema. Entretanto, crianças e adultos mais simples podem considerá-los reais. Portanto, em minha opinião, seria prudente evitá-los.” (O Conhecimento de Deus, p. 43)

Zacharias Ursinus
"Nenhuma imagem de Cristo deve ser pintada ou esculpida, nem mesmo o que se refere à sua natureza humana, pois somente sua natureza humana teria como ser expressa pela arte, mas aqueles que fazem essas imagens restabelecem os erros de Nestório ou de Eutiques".

Thomas Vincent
"Não é lícito ter imagens de Jesus Cristo porque sua natureza divina não pode ser retratada de forma alguma, e porque seu corpo, como está glorificado, não pode ser retratado como é; e porque, se não desperta devoção, é vã; e se desperta devoção, é adoração a uma imagem ou figura, sendo assim uma violação concreta do segundo mandamento." (Trecho da Exposição do Breve Catecismo da Assembleia de Westminster)

R.C. Sproul
“Não posso afirmar com toda certeza que representar a natureza humana de Jesus seja uma violação do segundo mandamento. Mas não estou certo de que seja sábio, pois a representação poderia comunicar às pessoas uma imagem errônea. A cabeça de Cristo feita por Salomão, apesar de toda a sua beleza, tem comunicado a várias gerações de pessoas um Jesus efeminado que parece menos do que vigoroso. Eu preferiria não comunicar nada artisticamente sobre a aparência de Jesus do que colocar imagens erradas nas mentes das pessoas.” (Sproul, Boa Pergunta, p.. 234)

John Murray
“O que, então, podemos dizer das imagens de Cristo? Primeiro de tudo, é preciso dizer que não temos quaisquer dados como base para fazer uma representação pictórica de Jesus; não temos descrições das suas características físicas que permitiriam ao artista mais habilitado fazer um retrato aproximado. Em vista da profunda influência exercida por uma imagem, especialmente nas mentes das pessoas jovens, devemos perceber o perigo envolvido em uma representação para a qual não existe nenhuma garantia, uma representação que é a criação da pura imaginação. Ela pode ajudar a destacar a tolice de perguntar: qual seria a reação de um discípulo, que realmente viu o Senhor nos dias da sua carne, diante de um retrato que seria obra da imaginação de alguém que nunca viu o Salvador? Podemos detectar facilmente qual seria a sua repulsa. Nenhuma impressão que temos de Jesus deve ser criada sem os dados próprios da revelação, e cada impressão, cada pensamento, deve evocar o culto. Assim, visto que não possuímos dados revelacionais para uma imagem ou retrato no sentido próprio do termo, estamos impedidos de fazer uma ou de usar qualquer uma que tenha sido feita.” (Reformed Herald, Vol. XVI, nº 9. Fevereiro de 1961)

Loraine Boettner
“Muito semelhante ao uso das imagens é o uso das figuras de Cristo. E estas, sentimos ter de dizê-lo, encontraram-se frequentemente também nas igrejas protestantes além das católicas romanas. Mas em nenhum lugar da Bíblia, nem no Novo nem no Velho Testamento, há alguma descrição do aspecto físico de Cristo. Nenhum quadro dEle foi pintado durante o Seu ministério terreno. A igreja não tinha quadros dEle durante os quatro primeiros séculos. Os pretensos quadros de Cristo, como os de Maria e dos santos, são mero produto da imaginação do artista. Por isso é que são tantos, e tão diferentes. É simplesmente uma mentira dizer que qualquer um deles é um quadro genuíno de Cristo. Tudo o que sabemos sobre o seu aspecto físico é que Ele era de nacionalidade judaica. Mas com muita frequência Ele tem sido representado com traços arianos e até mesmo com cabelo dourado. Certamente Cristo deve repudiar todos esses quadros forjados de Sua pessoa. Ele foi a verdade e nós podemos ter certeza de que Ele não aprovaria qualquer forma de falsos ensinamentos. É impossível que algum quadro faça justiça à Sua personalidade, pois Ele não foi só humano mas também divino. A divindade não pode ser descrita “pela arte e imaginação do homem” (Atos 17.29). Portanto, todos os quadros são igualmente enganadores e ruins. Conservada em segredo, como foi a sepultura de Moisés e sem dúvida por motivos semelhante, o aspecto físico do Deus-Homem precisou ser mantido além do alcance da idolatria. Os assim chamados quadros de Cristo não são subsídios para o culto, mas , antes um impedimento, e para muitos representam uma tentação para essa mesma idolatria contra a qual as Escrituras advertem com tanta clareza.” (Catolicismo Romano, Imprensa Batista Regular, 1985, p. 228).

James Durham
“E se for dito que a alma do homem não pode ser pintada, mas seu corpo pode, e todavia essa figura representa um homem; eu respondo: isso acontece porque eles tem apenas uma natureza, e aquilo que o representa, representa a pessoa; mas não é assim com Cristo: sua divindade não é uma parte distinta da natureza humana, como a alma do homem é (o que é necessariamente suposto em todo homem vivo), mas uma natureza distinta, apenas unidade com a humanidade nessa única pessoa, Cristo, que não tem nenhum semelhante; por isso o que o representa não deve representar um homem somente, mas deve representar Cristo, Emanuel, Deus-homem, de outra forma não é sua imagem. Além do mais, não há nenhuma autorização para representá-lo em sua humanidade; nem nenhuma vívida possibilidade disso, mas como imaginação do homem; e deve isto ser chamado de retrato de Cristo? Seria chamado retrato de qualquer outro homem se fosse desenhado ao bel-prazer dos homens, sem considerar o modelo? De novo, não serve para nada; pois essa imagem ou deveria ter opiniões comuns com outras imagens, e isso ofenderia Cristo, ou ter um respeito peculiar de reverência, e isso é pecar contra o mandamento que proíbe toda reverência religiosa a imagens, mas sendo Ele Deus e, portanto, o objeto da adoração, nós temos que ou dividir suas naturezas, ou dizer que essa imagem ou figura não representa a Cristo". (The Law Unsealed: or, A Practical Exposition of the Ten Commandments).

Leonard T. Van Horn
"É lícito termos figuras de Jesus Cristo? Não, não é legítimo fazermos isso. É verdade que ele foi tanto homem como Deus, mas a Bíblia ensina que ele é mais belo do que os filhos dos homens (Sl 45.2). É impossível sabermos como ele era, e portanto, qualquer representação dele seria adivinhação. Se ele tivesse desejado que soubéssemos, ele o teria deixado claro na Bíblia." (Estudos no Breve Catecismo de Westminster, p. 101).

Chad Van Dixhoorn
"Uma das maneiras pela qual não devemos adorar a Deus é por meio do uso de figuras visuais criativas (Ex 20.4-6). Aos israelitas foi dito que fossem muito cuidadosos a esse respeito. Uma das razões por que se disse a eles que não fizessem imagens de Deus para ajudá-los na adoração foi que quanto Deus se revelou no Sinai, ele não o fez em uma forma visível. Deus não se ofereceu aos artistas. Os israelitas não deveriam fazer uma suposição instruída a respeito da aparência dele. Eles foram especialmente advertidos a não tomar algo na criação - fossem os peixes do mar ou as estrelas do céu - e usar isso como um modelo para o Criador (Dt 4.15-20). Havia muitos problemas com ídolos. Basicamente, as pessoas elaboravam ídolos a fim de ajudá-las a ter acesso ao deus que elas queriam adorar e controle sobre ele. Isso é ofensivo para Deus. Além disso, a adoração a ídolos era também ofensiva porque envolvia uma adoração a Deus que não fora ordenada pela Palavra dele. A única religião que é sadia para nós e aceitável a Deus é a religião de acordo com a prescrição dele." (Guia de Estudos da Confissão de Fé de Westminster, p. 287).

Kenneth L. Gentry, Jr.  
"O Segundo Mandamento diz: 'Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem'(Êx 20: 4-5). Aqui Deus proíbe expressamente a criação de imagens. Mas o que exatamente é sendo proibido?

Os Amish estão fundamentalmente enganados quando proíbem todas as representações visíveis baseando-se em sua compreensão do Segundo Mandamento. Por exemplo, eles proíbem o uso de espelhos porque refletem suas próprias imagens. Eles também proíbem a arte porque ela cria 'imagens'. No entanto, a Bíblia não proíbe todas as imagens. Em Números 21:8, Moisés é ordenado a fazer uma serpente ardente e colocá-la em um poste. Em Êxodo 25:18, o Senhor instrui Israel a fazer dois querubins de ouro e colocá-los no propiciatório do tabernáculo. Então, a própria Escritura justifica a criação de imagens, embora não para fins de adoração e louvor (que é o foco do segundo mandamento).

O que, então, o Segundo Mandamento proíbe? João Calvino explica corretamente nas Institutas (2:8:17) que proíbe 'ousar sujeitar a Deus, que é incompreensível ao nosso senso, percepções ou para representá-lo de qualquer forma', e que 'nos proíbe adorar quaisquer imagens em nome da religião'. Mas por que Deus proíbe fazer imagens dele? Calvino continua: 'Formas visíveis são diametralmente opostas à sua natureza. Toda representação figurativa de Deus contradiz seu ser.' Deus é invisível (Cl 1:15; 1Tm. 1:17), não localizado (isto é, onipresente, Jr 23:24), e sumamente glorioso. Consequentemente, lemos em Deuteronômio 4:12 que 'o Senhor vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma.' Mesmo no céu, os serafins cobrem o rosto da majestade de Deus (Isaías 6:2). Assim, lemos em Deuteronômio 4:15-19: 'Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, coisas que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.'

Calvino certamente está correto quando observa que 'cada estátua que o homem ergue ou cada imagem que ele pinta para representar a Deus, simplesmente desagrada a Deus como algo desonroso à sua majestade.' Claramente, então, não devemos produzir figuras de Deus ou usar imagens como ferramentas para adoração." (Christ, Art, and the Second Commandment, p. 1)

William Ames
"O ensino religioso por IMAGENS é condenado, primeiro: porque não são santificadas por Deus para esse fim. Segundo: porque não podem representar Deus, nem as as suas perfeições para nós. Terceiro: porque degradam a alma e desviam a atenção da contemplação espiritual da vontade divina. Quarto: porque uma vez admitidas nos exercícios de adoração, o próprio culto, pela perversidade da mente do homem (pelo menos em parte) será transferido para elas – é declarado nas palavras do Segundo Mandamento: “Não as adorarás, nem lhes darás culto"" (A Essência da Teologia Sagrada, Livro II, cap. XIII, tese 33).


Leia também: Imagens de Jesus - John Murray

Imagens de Cristo - John Murray



A questão da propriedade das representações pictóricas do Salvador merece ser examinada. Deve ser concedido que o culto de Cristo é central em nossa santa fé, e o pensamento do Salvador deve, em toda instância, ser acompanhado com aquela reverência que pertence ao seu culto. Não podemos pensar nele sem a apreensão da majestade que é sua. Se nós não acolhemos o senso da sua majestade, então, somos culpados de impiedade e de desonrar o seu nome.
Deve também ser lembrado que o único propósito que pode ser servido por uma representação pictórica de maneira apropriada é que ela deve trazer a nós algum pensamento ou lição representada, consoante com a verdade e visando promover o culto. Desde já a questão é inescapável: a representação pictórica é um meio legítimo de conduzir a verdade e de contribuir para o culto que essa verdade deve evocar?
Estamos todos alertas quanto à influência exercida sobre a mente e o coração pelas imagens. Imagens são poderosos meios de comunicação. Quão sugestivas elas são ou para o bem ou para o mal e tudo o mais quando acompanhadas pelo comentário da palavra escrita ou falada! É fútil, entretanto, negar a influência exercida sobre a mente e o coração por uma imagem de Cristo. E se tal é legítimo, a influência exercida deve ser constrangedora para o culto e adoração. Afirmar qualquer desígnio mais baixo como que servido por uma imagem do Salvador seria uma contradição do lugar que ele deve ocupar no pensamento, afeição e honra.
O argumento para a propriedade das imagens de Cristo é baseado sobre o fato de que ele era verdadeiramente homem, que tinha um corpo humano, que era visível em sua natureza humana para os sentidos físicos, e que uma imagem nos ajuda a tomar uma estupenda realidade da sua encarnação, em uma palavra, que ele foi feito semelhança de homens e foi encontrado em forma humana.
Nosso Senhor teve um verdadeiro corpo. Ele poderia ter sido fotografado. Um retrato poderia ter sido feito dele e, um bom retrato, reproduziria a sua semelhança.
Sem dúvida os discípulos nos dias da sua carne tinham uma vívida imagem mental da aparência de Jesus e eles não poderiam deixar de ter retido esta recordação até o fim de seus dias. Eles nunca poderiam reter o pensamento nEle, pensar em como Ele peregrinou ao seu lado sem algo daquela imagem mental e não poderiam tê-la sem adoração e culto. As verdadeiras características que eles lembravam seriam parcela integrante da sua concepção acerca dEle, as reminiscências do que Ele foi para eles em sua humilhação e na glória da aparência da sua ressurreição. Muito mais pode ser dito a respeito do significado das características físicas de Jesus para os discípulos.
Jesus também está glorificado no corpo e esse corpo é visível. E também se tornará visível a nós em seu glorioso aparecimento: “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.28– ARA). O que, então, podemos dizer das imagens de Cristo? Primeiro de tudo, é preciso dizer que não temos quaisquer dados como base para fazer uma representação pictórica de Jesus; não temos descrições das suas características físicas que permitiriam ao artista mais habilitado fazer um retrato aproximado. Em vista da profunda influência exercida por uma imagem, especialmente nas mentes das pessoas jovens, devemos perceber o perigo envolvido em uma representação para a qual não existe nenhuma garantia, uma representação que é a criação da pura imaginação. Ela pode ajudar a destacar a tolice de perguntar: qual seria a reação de um discípulo, que realmente viu o Senhor nos dias da sua carne, diante de um retrato que seria obra da imaginação de alguém que nunca viu o Salvador? Podemos detectar facilmente qual seria a sua repulsa.
Nenhuma impressão que temos de Jesus deve ser criada sem os dados próprios da revelação, e cada impressão, cada pensamento, deve evocar o culto. Assim, visto que não possuímos dados revelacionais para uma imagem ou retrato no sentido próprio do termo, estamos impedidos de fazer uma ou de usar qualquer uma que tenha sido feita.
Em segundo lugar, as imagens de Cristo são, em princípio, uma violação do segundo mandamento. Uma imagem de Cristo, se serve a algum propósito útil, deve evocar algum pensamento ou sentimento a respeito dEle, e em vista do que Ele é, esse pensamento ou sentimento será de adoração. Não podemos evitar fazer da imagem um meio de culto. Porém, desde que os materiais para esse meio de culto não são derivados da única revelação que possuímos a respeito de Jesus, ou seja, as Escrituras, o culto é coagido por uma criação da mente humana que não tem garantia revelacional. Esse é o culto de si mesmo [i]. Pois o princípio do segundo mandamento é que adoramos a Deus apenas pelos meios prescritos e autorizados por Ele. É um grave pecado cultuar coagido por uma invenção humana, e isso é o que uma imagem do Salvador envolve.
Em terceiro lugar, o segundo mandamento proíbe curvar-se a uma imagem ou semelhança de qualquer coisa em cima no céu, ou embaixo na terra, ou na água debaixo da terra. Uma imagem do Salvador pretende ser uma representação ou semelhança dEle que agora está no céu, ou, pelo menos, dEle quando peregrinou na terra. É claramente proibido, portanto, prostrar-se diante de tal representação ou semelhança. Isso expõe a iniquidade envolvida na prática de exibir representações pictóricas do Salvador em locais de culto. Quando cultuamos diante de uma imagem do nosso Senhor, quer seja na forma de um mural, ou em tela, ou em vitrais, estamos fazendo o que o segundo mandamento expressamente proíbe. Isso se torna ainda mais evidente se tivermos em mente que a única razão pela qual uma imagem dEle deveria ser exibida em um lugar é a suposição de que ela contribuiria para o culto daquele que é o nosso Senhor. A prática apenas demonstra como quão insensíveis prontamente nos tornamos aos mandamentos de Deus e às incursões da idolatria. Possam as igrejas de Cristo estarem despertas quanto aos expedientes enganosos pelos quais o arqui-inimigo sempre procura corromper o culto do Salvador.
Resumindo, o que está em jogo nessa questão é o único lugar que Jesus Cristo como o Deus-homem ocupa em nossa fé e culto e o único lugar que a Escritura ocupa como a única revelação, o único meio de comunicação, a respeito daquele a quem cultuamos como Senhor e Salvador. A Palavra encarnada e a Palavra escrita são correlativas. Não ousemos usar outros meios de impressão ou de sentimento, mas aqueles da sua instituição e prescrição. Cada pensamento e impressão dEle devem evocar culto. Nós O adoramos com o Pai e o Espírito Santo, único Deus. Usar uma semelhança de Cristo como um auxílio ao culto é proibido pelo segundo mandamento tanto quando é proibido em relação ao Pai e ao Espírito.
(Reimpresso do Reformed Herald, Vol. XVI, nº 9. Fevereiro de 1961).
TRADUÇÃO LIVRE: Alan Rennê Alexandrino Lima


[i] NOTA DO TRADUTOR: Em Colossenses 2.23, o apóstolo Paulo usa essa expressão para falar do culto baseado apenas na vontade humana. Trata-se de uma adoração originada do coração, não das Escrituras.

January 13, 2016

10 Conselhos a Pais de Crianças Pequenas


1. Ore com o seu filho e por seu filho todos os dias. Como diz o ditado, pais de joelhos, filhos em pé.

2. Ensine-os as histórias da Bíblia. Tenha um momento durante o dia, ou antes de dormir, para isso.

3. Leve sua criança todos os domingos à Escola Dominical. Mas lembre-se que o ensino que ele receberá ali é apenas complemento do seu ensino, que será mais constante.

4. Cumpra Deuteronômio 6 interpretando cada fato do dia-a-dia da criança dentro da visão bíblica.

5. Quanto à disciplina, não use os métodos de recompensa ou privação populares em programas de TV. Eles passam a ideia de que, para obedecer, você tem que ganhar algo. E assim, vamos criando egoístas que só obedecerão se ganharem algo em troca...

6. Use o método bíblico da disciplina: exortação e, se não der resultado, a vara (palmada). Lembre-se, porém, que a disciplina física não pode ser abusiva.

7. O pai deve assumir o papel de disciplinador e não deixar esta responsabilidade sobre a mãe apenas.

8. Ensine às suas crianças que virtudes são mais preciosas que objetos. Mostre, por exemplo, que contar uma mentira é mais grave do que quebrar um vaso.

9. Ensine seus filhos a se comportarem em locais públicos e, especialmente, no culto ao Senhor.

10. Dependa de Deus na educação dos seus filhos. Ore continuamente neste sentido. E se eles crescerem bem educados, e nos caminhos do Senhor, não se glorie, mas dê os créditos a Deus por isso.

January 8, 2016

30 Conselhos para Esposas Melhorarem seus Casamentos


Deus criou a mulher para ser Auxiliadora, Esposa, Mãe e Mestra do Bem. Que tal trabalhar neste ano para melhorar seu casamento embaixo destes princípios? Veja abaixo...

30 CONSELHOS PARA ESPOSAS MELHORAREM SEUS CASAMENTOS
1. Deixe pai e mãe (Gn. 2.24). Isso significa deixar física e emocionalmente. Agora você não depende mais deles, mas depende do seu marido. Continue amando e cuidando de seus pais. Mas cuide para que eles não interfiram em seu casamento.
2. Quando ele chegar em casa, receba-o com um sorriso, um abraço e um beijo. Dê uns 30 minutos para ele descansar. Só depois disso fale sobre os problemas que você teve no dia.
3. Cuide-se. Arrume-se e fique bonita para ele, sempre que possível.
4. Sente perto dele e faça uma massagem em suas costas.
5. Brinque e flerte com ele.
6. Mantenha a casa limpa e arrumada.
7. Olhe para ele com ar de admiração.
8. Reconheça a liderança do seu marido sobre o lar. Se o seu temperamento é mais agitado que o dele, não tome a frente da casa. Anime-o e espere a atitude dele.
9. Peça conselhos ao seu marido e siga a sua orientação. Ele é o seu melhor amigo.
10. Quando preciso, discorde de seu marido, com amor. Mas não o faça na presença de outras pessoas.
11. Quanto à intimidade, cuide para que ele fique plenamente satisfeito, sem qualquer possibilidade de ser tentado a buscar algo fora de casa.
12. Não elogie outros homens, por beleza ou outro motivo. Tenha olhos apenas para o seu marido.
13. Auxilie-o na liderança espiritual da casa, motivando os filhos ao culto doméstico e aos trabalhos da igreja.
14. Auxilie seu marido no cuidado e disciplina dos filhos.
15. Mantenha as regras disciplinares, mesmo quando ele não estiver presente.
16. Leia a Bíblia e ore todos os dias, buscando ser cada vez mais consagrada a Deus.
17. Prepare-se a tempo para sair com ele. Seja pontual.
18. Nas discussões, depois de os ânimos estarem mais calmos, analise se você foi a parte errada. Se foi, peça perdão.
19. Leia os livros que ele pedir para você ler e passe a ele suas impressões.
20. Cozinhe de maneira criativa e com regularidade.
21. Seja honesta, sincera e direta com ele. Não lance indiretas, não fale nas entrelinhas, não minta e nem esconda a verdade dele.
22. Mostre-se feliz ao lado dele.
23. Compartilhe com ele suas tristezas, necessidades e alegrias.
24. Abrace-o e anime-o quando perceber que ele está abatido, triste ou preocupado.
25. Não fale mal dele diante de outras pessoas. Aliás, elogie-o em público, sempre que possível.
26. Ajude seu marido a fazer o orçamento da casa e economize ao máximo nas compras. Não compre nada fora do combinado sem antes falar com ele.
27. Mostre-se satisfeita e feliz com o padrão de vida que vocês vivem. Não faça comparações com seu pai ou com outro marido.
28. Cuide da roupa dele para que ele esteja sempre bem vestido.
29. Seja uma mãe amável e fale bem do seu marido aos filhos. Faça com que eles amem e admirem o pai.
30. Leia a Bíblia observando o comportamento das mulheres piedosas. Busque como alvo ser uma mulher virtuosa.

January 6, 2016

20 Conselhos para Maridos Melhorarem seus Casamentos


Deus criou o homem para ser Cabeça, Protetor e Provedor. Que tal trabalhar neste ano para melhorar seu casamento embaixo destes princípios? Veja abaixo...
20 CONSELHOS PARA MARIDOS MELHORAREM SEUS CASAMENTOS
1. Assuma a liderança da sua casa. Se você se sente incapacitado, leia a Bíblia observando o comportamento dos homens de Deus em situações de liderança.
2. Responsabilize-se pela educação e disciplina dos seus filhos. Embora a mulher seja importantíssima no auxílio deste papel, a responsabilidade maior é do homem. Não é bíblico (nem justo) deixar tudo nas costas da esposa.
3.  Desligue-se física e emocionalmente dos seus pais. Continue amando e cuidando deles. Mas cuide para que eles não interfiram no seu casamento. Agora você é o cabeça de uma família.
4. Trabalhe com dedicação e seja o melhor profissional da sua área. Faça cursos e invista em sua carreira a fim de conseguir, como provedor, sustentar sua família.
5. Seja responsável com suas obrigações. Pague o que deve, honre a sua palavra.
6. Proteja a reputação de sua esposa. Nunca fale mal dela a outras pessoas. Aliás, quando tiver oportunidade, elogie-a em público.
7. Preserve a intimidade do seu casamento. Não fale de coisas reservadas a amigos ou a colegas de serviço.
8. Cuide da fidelidade do seu casamento. Tenha olhos apenas para a sua esposa. Seja mais sóbrio com relação a amizades femininas, abraços e beijos na face.
9. Defenda sua esposa e filhos de perigos ou ameaças. Cuide de sua casa para que seja um local seguro.
10. Nas discussões com a esposa, seja respeitoso. Quando os ânimos estiverem mais calmos, tome a iniciativa de conversar sobre o que aconteceu e, verificado que o erro foi seu, não hesite em pedir perdão. Se o erro foi dela, perdoe.
11. Assuma a posição, dada por Deus, de líder espiritual da família. Dirija o culto doméstico ou devocional da família e acorde mais cedo que todos no domingo para incentivá-los à Escola Dominical, culto e demais trabalhos na igreja.
12. Dê flores, de vez em quando, para a sua esposa.
13. Aprenda a descobrir as virtudes de sua esposa e elogie-a, semanalmente.
14. Quando sua esposa cortar o cabelo ou vestir uma roupa nova, assobie ou faça um elogio.
15. Quando chegar em casa, sorria e mostre-se animado em ver sua esposa.
16. Ajude-a lavando e secando a louça, tirando o lixo, e nas demais tarefas da casa.
17. Saia com sua esposa para jantar, ir ao cinema ou outro passeio mais barato, com regularidade.
18. Faça os reparos da casa que precisam ser feitos.
19. Quando ela falar com você, pare o que está fazendo e dê atenção, olhando nos olhos.
20. Converse com ela sobre seu trabalho e sobre decisões que tomou ou que terá de tomar. Ela é sua melhor amiga.
Na próxima postagem, conselhos para as esposas...

O “cultinho infantil”- por um jovem criado sentado ao lado dos pais!


por Davi Quaresma

Um assunto polêmico dentro de nossas igrejas é em relação ao Dia do Senhor. A Bíblia, regra de fé e prática do crente, é clara quando nos ordena guardar o Domingo, mas muitos pais têm negligenciado este dia e, mesmo sem saber, têm feito seus filhos profanarem o Dia do Senhor. A grande dificuldade dos pais é olhar seus filhos como iguais diante de Deus, como irmãos em Cristo, o que significa dizer que as leis dadas por Deus para os pais são as mesmas para os filhos. Pela falta de entendimento deste conceito, muitas igrejas adotam o tão conhecido “cultinho das crianças”: as crianças saem do templo no momento da pregação e, apenas, os adultos ficam presentes para ouvir o que Deus tem a dizer para o seu povo. O que mais me impressiona é que não há respaldo bíblico para esta atitude, nem sequer um texto mal interpretado na Bíblia. Lugar de crente, no dia do Senhor, é dentro da igreja.

Você pode pensar que levar seus filhos ao culto domingo após domingo, pode não surtir efeito algum, afinal, ele é tão pequenino, dá trabalho para ficar quieto e não te deixa prestar atenção à mensagem, mas precisamos ensinar às nossas crianças o caminho que elas devem seguir desde cedo, para que, quando forem adultas, elas não se desviem dele (Provérbios 22.6). Como ensinaremos nossos filhos que eles devem guardar este dia e dar a devida importância ao culto público se as retiramos do templo? A melhor maneira de ensinar à sua criança a não profanar o Dia do Senhor é vivendo-o à luz da Palavra, guardando-o e auxiliando sua criança a fazê-lo.

Eu e meus três irmãos tivemos o privilégio de crescer dentro da igreja e estarmos sempre presentes no momento da exposição da Palavra. Isto nos ajudou muito a crescer espiritualmente e a olhar para as coisas relacionadas ao reino de Deus de maneira respeitosa desde cedo. Claro que não é nada simples, até porque, quando criança, eu achava tudo aquilo monótono. O que uma criança mais deseja é agitação, brincadeiras e muito barulho, mas por muito ouvir falar de Deus dentro da minha casa, por  ter ciência de quem Ele era (não tão claramente) e, talvez  principalmente, por medo da bronca que eu poderia levar de meus pais, procurava ficar em silêncio. Quando aprendi a escrever, meus pais me deram um pequeno bloco de notas para que eu anotasse as palavras que julgava complexas para minha pobre cabecinha. O mais interessante era que depois do culto, já voltando para casa, nós líamos as palavras que não entendíamos, meus pais se lembravam do contexto em que as palavras foram usadas e, a partir daí, me explicavam o que foi pregado. E conforme os Domingos foram passando, eu já não precisava mais daquele bloco de notas. Ele foi usado por pouco tempo para falar a verdade, mas me foi muito útil para que aos poucos começasse a querer fazer parte integrante daquele momento. Não foi num piscar de olhos que eu larguei aquele bloco de notas e passei a entender o que estava sendo dito pelo meu pastor, muito pelo contrário, foi um processo. Como eu era criança, qualquer coisa tirava a minha atenção, mas, mesmo assim, nas frases em que eu prestava atenção, logo depois de levar um cutucão de minha mãe por estar olhando para o nada, eu conseguia tirar algo de valioso. E é por isso que quando eu vejo aquele monte de criancinhas sendo retiradas do templo no momento da exposição da Palavra, dói por dentro, porque sei que a parte mais importante deste processo está sendo deixada de lado pelos pais.

Deixar os filhos crescerem distantes do culto é um verdadeiro crime cometido pelos pais, é a vida eterna de seus filhos que está em jogo, e é essa ideia que tem de ser passada dos pais para os filhos. Distanciá-los do templo, da presença de Deus, não é uma boa ideia. O seu filho cresce ouvindo que a pregação da Palavra é essencial para o crente, que sem ela ninguém poderá se achegar a Deus, que esse é um momento maravilhoso na vida do crente, mas quando chega esta hora tão esperada, você o tira do templo? Quanto mais perto nossos filhos estiverem de Deus melhor para eles, para o crescimento espiritual deles, para que eles possam conhecer desde cedo quem os criou.

O que há de tão ameaçador no momento da pregação da Palavra a ponto de as crianças terem de ser retiradas do templo? Se Jesus Cristo estivesse ainda na terra e fosse falar ao seu povo, tenho a certeza absoluta de que pai algum retiraria o filho do local onde Jesus estaria pregando. Na verdade, os pregadores fiéis à Palavra foram escolhidos a dedo por nosso Deus para trazerem suas ovelhas para perto dEle. “Deixai vir a mim os pequeninos…” (Lucas18.16). Por isso, não parece ser muito sensata a ideia de tirarmos de nossos filhos aquilo que Deus nos deu misericordiosamente para que tivéssemos conhecimento dEle. Lembrando, mais uma vez, que os seus filhos não são seus, mas de Deus. Você é um instrumento do TODO-PODEROSO na vida destas crianças para prepará-las para viverem de conformidade com a Lei de Deus, desviá-las deste caminho de luz é descumprir uma lei Divina, ainda mais quando se trata do Dia do Senhor.

Não deixe de lado a oportunidade de ter seu filho sentado com você no culto público, de ouvir a seu lado a Palavra de Deus e compartilhar com ele o que você aprendeu no Dia do Senhor. Conte a ele sobre suas lutas, ele é seu irmão em Cristo! Não retire dele o instrumento mais precioso que Deus deixou para o seu povo: a pregação do Evangelho!

Davi Quaresma é membro da Igreja Presbiteriana de Icaraí, em Niterói, Rio de Janeiro, mas serve na Congregação Presbiteriana de Ponta D’Areia, onde seu pai é pastor.

Fonte: Reforma 21

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